Propagação vegetativa de Passiflora actinia Hooker por meio da micropropagação e da estaquia semilenhosa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Koch, Regina Canestraro
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/28903
Resumo: Resumo: Este trabalho foi feito para estudar a propagação de Passiflora actinia Hooker, uma espécie frutífera comestível e nativa do Paraná, visando a sua preservação e valorização econômica da biodiversidade. Para os experimentos in vitro foram coletados frutos maduros, dos quais foram extraídas as sementes e armazenadas em frascos fechados sob refrigeração. Como fonte de explantes foram utilizadas plântulas obtidas a partir de sementes germinadas in vitro. A assepsia das sementes foi realizada pela imersão em etanol 10% por 1 minuto seguida pela imersão em solução de hipoclorito de sódio 2,5% por 30 minutos. As plântulas com 4 a 5 folhas foram segmentadas e colocadas no meio de cultura básico MS, suplementado com BAP (Benzilaminopurina) (1 mg.L'1), AIB (Ácido indol butírico) (0,01 mg.L"1) ou ambos os reguladores. O delineamento foi inteiramente casualizado com 36 repetições e 3 a 4 explantes por frasco, sendo considerado cada frasco como uma parcela. O material foi avaliado até a segunda repicagem. No meio MS com BAP ocorreu intensa multiplicação dos segmentos utilizados, sendo normal a formação de tufos, e eventual formação de raízes. No meio MS com AIB ocorreu a formação de raízes na base das brotações e o alongamento das plântulas, que apresentavam ótimo aspecto de desenvolvimento. No meio MS com BAP e AIB ocorreu a multiplicação de quase todos os segmentos, mas com menor proporção do que os cultivados no meio MS com AIB. Neste meio as brotações ocorreram em forma de tufos com pouca formação de raízes. Na estaquia semilenhosa foram conduzidos dois experimentos para verificar o efeito de diferentes concentrações de AIB e de etanol. No experimento com AIB foram testadas as seguintes concentrações: 0, 250, 500 e 1000 mg.L"1. No experimento com etanol os tratamentos foram: testemunha, água, e etanol 10%, 30%, 50% e 70%. Todos os tratamentos foram aplicados por imersão da base das estacas (2 cm) durante 1 minuto. Em ambos os experimentos o delineamento foi em blocos ao acaso com 5 repetições e 20 estacas por parcela. A avaliação foi feita sete semanas após a instalação. Não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos, em ambos os experimentos, para todas as variáveis analisadas, com exceção do número de raízes emitidas por estaca para as concentrações de AIB, que apresentou uma regressão linear significativa. A porcentagem de enraizamento foi elevada, sendo em média 90% no experimento com AIB e 70% no experimento com etanol. Portanto, a Passiflora actinia pode ser propagada por meio de estacas semilenhosas sem a necessidade de utilização de reguladores de crescimento. Logo, conclui-se que estas formas de propagação de Passiflora actinia são viáveis para a produção clonal de mudas.
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