Determinação do sexo em araras (Ara ararauna, A. macao e A. chloropterus) por enzimoimunoensaio de metabólitos de esteróides sexuais a partir de excretas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Bruna Todeschini, 1989-
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/62361
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Nei Moreira
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spelling Vieira, Bruna Todeschini, 1989-Brown, Janine L., 1954-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em ZoologiaMoreira, Nei, 1966-2022-06-20T13:00:17Z2022-06-20T13:00:17Z2019https://hdl.handle.net/1884/62361Orientador: Prof. Dr. Nei MoreiraCoorientadora: Dra. Janine BrownDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Defesa : Curitiba, 22/02/2019Inclui referênciasResumo: As araras, como todos os psitacídeos, chamam atenção pela beleza, cores, carisma e pela habilidade de repetir palavras e canções. Com a evolução das pesquisas em espécies silvestres, surgem vários dados e novas informações sobre aspectos como comportamento, reprodução, fisiologia. Nessas espécies, a coleta de amostras para monitoramento hormonal sempre foi um desafio. Coletas de sangue são difíceis de serem realizadas, pois muitas vezes exigem a contenção física do animal, que causa estresse, ou até uma sedação ou anestesia, o que acaba dificultando ou impossibilitando coletas frequentes. As técnicas de dosagem hormonal não invasivas vieram como uma boa opção, realizando a análise destes hormônios ou seus metabólitos. Estes são excretados nas fezes, urina, excretas, pelos ou saliva, permitindo o acompanhamento por longos períodos, pois em muitos casos, não exigem manipular o animal. As amostras mais utilizadas são fezes e urina e, no caso das aves, excretas. A maioria das espécies de psitacídeos não apresenta dimorfismo sexual, dificultando a diferenciação entre machos e fêmeas. As técnicas de sexagem foram desenvolvidas para facilitar e simplificar, mas as amostras de sangue comumente usadas exigem uma coleta que pode ser perigosa e estressante tanto para o animal quanto para o manipulador. Podem ser utilizadas pequenas amostras de sangue coletadas pela retirada de uma pena viável, o que exige contenção e causa dor e desconforto ao animal. A dosagem hormonal pode ser usada com sucesso para a sexagem. Neste trabalho, foram coletadas excretas de 17 araras (13 Ara ararauna, 3 A. macao e 1 A. chloropterus), sendo 10 machos e 7 fêmeas, do Zoológico Municipal de Cascavel (Parque Municipal Danilo Galafassi), três amostras de cada animal, durante o mês de fevereiro de 2018. Todos os animais tiveram seus sexos previamente definidos pela Reação de Cadeia da Polimerase (PCR). A técnica de enzimoimunoensaio foi validada para progestágenos e andrógenos para essas três espécies de araras brasileiras e, a partir disso, utilizou-se uma razão entre progestágenos/andrógenos para a sexagem. Foi utilizada a razão entre os dois esteroides, pois ambos são encontrados tanto em fêmeas quanto em machos e, o que se esperava, era uma concentração de progestágenos maior em fêmeas, e de andrógenos maior em machos. Os resultados estão expressos na forma de média ± erro padrão da média (SEM). A concentração de andrógenos não diferiu significativamente (p=0,378) entre machos (74,2 ± 5,6 pg/g) e fêmeas (66,0 ± 7,3 pg/g), mas a concentração de progestágenos teve uma diferença significativa entre os sexos (fêmeas = 204,7 ± 36,7 pg/g; machos = 90,8 ± 9,4 pg/g; p=0,0012). A razão de metabólitos progestágenos/andrógenos apresentou diferença significativa (p=0,002) entre as fêmeas (3,0 ± 0,3) e os machos (1,3 ± 0,2). Aves com razão maior que 2 foram consideradas fêmeas, quando apresentaram razão menor que 2 foram considerados machos, atingindo 90% de acerto. O método de enzimoimunoensaio aqui descrito foi validado técnica e biologicamente, podendo ser usado em araras. A sexagem de araras pode ser feita por análise não invasiva dos metabólitos de progestágenos de excretas, utilizando-se a técnica de enzimoimunoensaio. Palavras-chave: endocrinologia, aves, progesterona, testosterona, sexagem.Abstract: Macaws, like all Psittacids, catches the eye because of the beauty, color, charisma, and the ability to repeat words and songs. With the wild species research evolution, several data and new information on aspects such as behavior, reproduction, physiology start to appear. In these species, the collection of samples for hormonal monitoring has always been a challenge. Blood collections are difficult to perform because they often require physical restraint of the animal, which causes stress, or even sedation or anesthesia, which makes it difficult or impossible for frequent collections. Noninvasive hormonal dosage techniques came as a good option, performing the analysis of these hormones or their metabolites. These are excreted in the faeces, urine, excreta, hairs or saliva, allowing the accompaniment for long periods, since in many cases, do not require to manipulate the animal. The most commonly used samples are feces and urine, and in the case of birds, excreta. Most species of psittacids do not present sexual dimorphism, making it difficult to differentiate between males and females. Sexing techniques have been developed to facilitate and simplify, but commonly used blood samples require collection that can be dangerous and stressful for both the animal and the manipulator. Small blood samples collected by withdrawing a viable feather can be used, which requires restraint and causes pain and discomfort to the animal. The hormone dosage can be used successfully for sexing. In this work, excreta of 17 macaws (13 Ara ararauna, 3 A. macao and 1 A. chloropterus) were collected, with 10 males and 7 females, from the Municipal Zoo of Cascavel (Danilo Galafassi Municipal Park), three samples of each animal, during the month of February, 2018. All animals had their sexes previously defined by the Polymerase Chain Reaction. The enzyme-immunoassay technique was validated for progestogens and androgens for these three species of Brazilian macaws and, from this, a progestogen / androgen ratio was used for sexing. The ratio between the two steroids was used, as both are found in females and males and, the expected was a higher concentration of progestagens in females, and of higher androgens in males. Results are expressed as mean ± standard error of the mean (SEM). The androgen concentration did not differ significantly (p = 0.378) between males (74.2 ± 5.6 pg/g) and females (66.0 ± 7.3 pg/g), but the progestagens concentration had a significant difference between the sexes (females = 204.7 ± 36.7 pg/g, males = 90.8 ± 9.4 pg/g, p = 0.0012). The ratio of progestogen/androgen metabolites presented a significant difference (p = 0.002) between females (3.0 ± 0.3) and males (1.3 ± 0.2). Birds with a ratio greater than 2 were considered females, when presented a ratio lower than 2 were considered males, reaching 90% of correctness. The enzyme immunoassay method described has been technically and biologically validated and can be used in macaws. Macaw's sex determination can be done by noninvasive analysis of excreta progestogen metabolites using the enzyme immunoassay technique. Keywords: endocrinology, birds, progesteron, testosteron, sexing1 recurso online : PDF.application/pdfTexto em português e inglêsporengporAraraEndocrinologiaProgesteronaTestosteronaZoologiaDeterminação do sexo em araras (Ara ararauna, A. macao e A. chloropterus) por enzimoimunoensaio de metabólitos de esteróides sexuais a partir de excretasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - BRUNA TODESCHINI VIEIRA.pdfapplication/pdf2770766https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/62361/1/R%20-%20D%20-%20BRUNA%20TODESCHINI%20VIEIRA.pdfe740f28a1ec1e1e0419daa4e737f65a0MD51open access1884/623612022-06-20 10:00:17.322open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/62361Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-06-20T13:00:17Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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