Sistemas silvipastoris como apoio ao desenvolvimento rural para a região sudoeste do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribaski, Sonia Aparecida Guetten
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/18162
Resumo: Muito se tem escrito sobre a implantação de sistemas agroflorestais e silvipastoris como alternativas de produção rural. Entretanto, poucas iniciativas estabelecem avaliações econômicas dos sistemas de produção agrícolas vigentes e novas formas de produção. Este trabalho tem como objetivo avaliar economicamente a utilização de sistemas silvipastoris (SSP) como apoio a ação de desenvolvimento rural para a região sudoeste do Rio Grande do Sul. Foi realizada a análise da viabilidade econômica de diferentes sistemas de produção de madeira com eucalipto (Eucalyptus grandis Hill ex. Maiden) em uma propriedade rural, no município de Alegrete, RS. Nesta propriedade se pratica um sistema tradicional de pecuária, baseado na recria e terminação de bovinos utilizando exclusivamente pastagem nativa. A análise econômica considerou a comparação entre um sistema tradicional de pecuária da região e dois sistemas alternativos de conversão da área de pecuária para plantios homogêneos de eucalipto em duas densidades de plantio com 2.222 e 1.111 árvores/ha e dois sistemas silvipastoris com 1.000 e 500 árvores/ha. A análise foi realizada a partir da determinação da Taxa Interna de Retorno (TIR), sendo considerados todos os investimentos. Posteriormente, foram efetuadas análises de sensibilidade. As alternativas com e sem o valor da terra foram avaliadas considerando uma variação do preço (aumento e diminuição de 5%) e do volume (± aumento e diminuição de10%) da madeira. Considerando o valor da terra, todas as alternativas analisadas apresentaram TIR inferior a TMA (3,72%). Desconsiderando o valor da terra na análise, apenas a alternativas com plantio homogêneo (1.111 árv./ha) sem desbaste apresentou TIR de 4,34%, superior a TMA. Contudo, quando se realizou a análise das alternativas considerando o desbaste, somente a alternativa de um SSP com 500 árvores não atingiu a TMA. Desconsiderando ainda o valor da terra, a análise de sensibilidade mostrou que com o aumento do preço e do volume de madeira nas condições avaliadas, a maioria das alternativas com desbaste apresentou TIR superior a TMA, exceto a alternativa de SSP com 500 árvores/ha. Já nas alternativas sem desbaste somente as alternativas com plantio homogêneo atingiram TIR superior a TMA. Dessa forma, a implantação do componente florestal na propriedade rural, quando não se considerou o valor da terra, apresentou-se economicamente viável para o produtor rural. Porém, a tradição regional na utilização da terra para pecuária tende a ser uma barreira na introdução do componente arbóreo na propriedade, além da falta de conhecimento da rentabilidade da atividade florestal. Políticas públicas podem ser adotadas no sentido de facilitar o acesso ao crédito, à capacitação e às informações técnicas. Em conjunto com as políticas é importante que seja ampliada e dada continuidade nas pesquisas por instituições e universidades.
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