Fasciola hepatica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dutra, Leonardo Hermes
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/25489
Resumo: Resumo: A fasciolose é uma doença parasitária que acomete principalmente ruminantes, equinos, suínos, animais silvestres e o homem. É causada pelo parasita Trematódeo, Fasciola hepatica, que ocorre em regiões temperadas de todo o mundo, onde há condições favoráveis para o desenvolvimento de seu hospedeiro intermediário, o caramujo do gênero Lymnaea. A F. hepatica adulta mede entre 20 a 50mm de comprimento e de 6 a 12 mm de largura, localizando-se nos ductos biliares de seus hospedeiros, desencadeando, principalmente, diminuição de peso, de produção leiteira, de fertilidade, fraqueza, anemia, hipoproteinemia e edema subcutâneo. É uma doença que acarreta perdas econômicas em vários países, que podem chegar a U$ 3 Bilhões. No Brasil, a fasciolose é uma preocupação crescente, nos rebanhos bovinos e ovinos e como zoonose. Em virtude das escassas informações sobre a epidemiologia da fasciolose bovina no Brasil, a crescente preocupação na sanidade do rebanho e a necessidade de novos estudos, este trabalho foi realizado com o objetivo de elucidar a incidência da fasciola correlacionado com fatores de clima e altitude no sul do Brasil, estimando os impactos econômicos e confeccionar, de forma inédita, mapas epidemiológicos sanitários com o uso da ferramenta de Geoprocessamento (SIG). Dados de abates bovinos sob Inspeção Federal foram coletados junto ao Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura para formar um banco de dados para inclusão no programa de SIG. Na experimentação com animais, nove bovinos positivos e outros nove negativos para fasciolose foram acompanhados durante nove meses para comparar a influência do parasito nos pesos dos mesmos, com o uso da análise de Monte Carlo. Ao final, foram coletados seis fígados destes animais que variavam de infecção leve a severa com o intuito de analisar os danos por meio da histopatologia. As incidências no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná foram de 18,6%, 10,1% e 0,7% respectivamente. Houve correlação entre infecção por F. hepatica e baixas altitudes. Os pesos dos animais tiveram diferença significativa e tenderam ao crescimento em infecções crônicas, sendo o prejuízo estimado em R$ 158,60. Os danos hepáticos foram típicos de lesões causadas em infecções crônicas, evidenciadas pelos marcadores de tecido conjuntivo de Tricrômico de Masson. Portanto o estudo da epidemiologia da F. hepatica com Geoprocessamento se torna uma ferramenta útil para sistemas de saúde e como tal, traz benéficos para o controle, prevenção e planejamento em áreas endêmicas. A evidência dos prejuízos e danos causados sua vasta epidemiologia em todo o mundo, a torna um importante agente nas doenças parasitárias.
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