Efeitos da oclusão da aorta toracica e da drenagem do liquido cerebro-espinhal na pressão de perfusão arterial da medula espinhal, no estado neurologico e no grau de injuria histologica em cães : Trabalho experimental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendonça, Celio Teixeira
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/8276
Resumo: Orientador: Iseu de Santo Elias Affonso da Costa
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spelling Malafaia, Osvaldo, 1944-Universidade Federal do ParanáCosta, Iseu Affonso da, 1926-Mendonça, Celio Teixeira2022-11-18T18:23:12Z2022-11-18T18:23:12Z1997https://hdl.handle.net/1884/8276Orientador: Iseu de Santo Elias Affonso da CostaCo-orientador: Osvaldo MalafaiaDissertação(mestrado) - Universidade Federal do ParanaResumo: A paraplegia continua a ser a mais devastadora complicação após o tratamento cirúrgico de aneurismas da aorta torácica e toracoabdominal. Como a incidência dessa complicação pode variar de 6,5% a 40%, há um grande interesse em se desenvolverem métodos experimentais clinicamente relevantes para a proteção da medula espinhal nessa circunstância. Este estudo teve como objetivo: a) determinar a eficácia de um modelo canino em produzir lesão isquêmica na medula espinhal (com consequente paraplegia) após clampeamento da aorta torácica durante 60 minutos; b) determinar a pressão de perfusão arterial da medula espinhal (PPME) nos 3 grupos de cães estudados; c) determinar se a drenagem do líquido cérebro-espinhal (LCE) poderia aumentar a pressão de perfusão arterial da medula espinhal (PPME) e prevenir a ocorrência de paraplegia após o clampeamento da aorta torácica durante 60 minutos, e d) correlacionar a pressão de perfusão arterial da medula espinhal (PPME) ao estado neurológico dos animais e o grau de injúria histológica de suas medulas espinhais. Os animais do Grupo I (n=6) foram submetidos a uma toracotomia lateral esquerda, sem clampleamento da aorta torácica; os animais do Grupo II (n=6) foram submetidos a uma toracotomia lateral esquerda, com clampeamento da aorta torácica 1 centímetro distal à origem da artéria subclávia esquerda durante 60 minutos, e os animais do Grupo III (n=6) foram submetidos a uma toracotomia lateral esquerda + drenagem do LCE seguida de clampeamento da aorta torácica 1 centímetro distal à origem da artéria subclávia esquerda durante 60 minutos. Todos os animais do Grupo II mostraram evidência de injúria à medula espinhal com paraplegia (83,3%) ou paraparesia (16,7%). Em contraste, todos os animais dos Grupos I e III conservaram-se neurologicamente normais (p = 0,00108)*. A PPME dos animais neurologicamente normais (Grupo I = 95,07 ± 1,62 mmHg e Grupo III = 34,52 ± 1,52 mmHg) foi significativamente maior que a dos animais que apresentaram injúria à medula espinhal (Grupo II = 16,33 ± 2,1 mmHg) (p = 0,000)*. A microscopia óptica da medula espinhal dos animais do Grupo I mostrou que os neurônios motores localizados no corno anterior de suas medulas espinhais tinham aspecto normal. Nos animais do Grupo II, a microscopia óptica da medula espinhal dos animais paraplégicos mostrou infarto caracterizado por degeneração da substância cinzenta, hemorragia e morte dos neurônios motores do corno anterior da medula espinhal, em um dos animais do Grupo II que apresentou paraparesia, a microscopia óptica de sua medula espinhal mostrou lesão neuronal de menor extensão, quando comparada à dos animais que ficaram paraplégicos. Nos animais do Grupo III, a microscopia óptica mostrou que os neurônios motores localizados no corno anterior de suas medulas espinhais também tinham aspecto normal. Este estudo demonstrou que o modelo canino em questão foi eficiente em produzir injúria isquêmica à medula espinhal: 100% dos cães do Grupo II apresentaram lesão neurológica, enquanto a incidência de lesão neurológica nos cães dos Grupos I e III foi de 0%. Foi também demonstrado que a drenagem do líquido cérebro-espinhal foi eficiente em diminuir significativamente o índice de lesão neurológica (paraplegia) após oclusão da aorta torácica. Este efeito protetor foi devido à redução na pressão do líquido cérebro-espinhal nos animais do Grupo III com conseqüente aumento na pressão de perfusão arterial da medula espinhal. A drenagem do líquido cérebro-espinhal, realizada antes do clampeamento aórtico, aumentou a pressão média de perfusão arterial da medula espinhal de 16,33 ± 2,1 mmHg nos cães do Grupo II (com clampeamento aórtico e sem drenagem do LCE) para 34,52 ± 1,52 mmHg nos cães do grupo III (drenagem do LCE + clampeamento aórtico).Abstract: Paraplegia occurs in 6.5% to 40% of patients after repair of extensive thoracoabdominal aortic aneurysms requiring aortic clamping Therefore, there is a lot of interest in the development of clinically relevant methods to protect the spinal cord in this setting. The goal of this study was a) to determine the efficacy of a canine model to produce ischemic lesion to the spinal cord after 60 minutes of thoracic aorta cross-clamping, b) to determine the Spinal Cord Perfusion Pressure (SCPP) in the 3 groups of animals that were studied, c) to determine if the cerebrospinal fluid drainage (CSFD) could increase the SCPP and therefore decrease the incidence of paraplegia after 60 minutes of thoracic aorta crossclamping, and d) to study the correlation between the SCPP, the neurologic status of the animals and the degree of histologic injury to their spinal cords Group I animals (n=6) had a left thoracotomy without cross-clamping of the thoracic aorta; Group H animals (n=6) had a left thoracotomy with cross-clamping of the thoracic aorta 1 centimeter distal to the origin of the left subclavian artery during 60 minutes, and Group III animals (n=6) had a left thoracotomy + CSFD before the aortic clamping + cross-clamping of the thoracic aorta 1 centimeter distal to the origin of the left subclavian artery during 60 minutes. All Group II animals showed evidence of spinal cord injury with paraplegia (83.3%) or paraparesis (16.7%). In contrast, all animals in the Groups I and III were neurologically normal (p = 0.00108)*. The SCPP of the neurologically normal animals (Group I = 95.07± 1.62 mmHg and Group III = 34.52+ 1.52 mmHg) were significantly higher than the SCPP of the animals that showed injury to the spinal cord (Group II = 16.33 ±2. 1 mmHg) (p = 0.000)*. The histology of the spinal cords in Group I animals showed normal-appearing anterior horn motor neurons without evidence of injury from ischemia In Group II animals, the histology of the spinal cord of the paraplegic animals showed degeneration of the gray matter, hemorrhage, and anterior horn motor neuron death; in the Group II animal that had paraparesis, the histology of his spinal cord showed a less extensive damage to the anterior horn when compared to the spinal cord of the paraplegic dogs In Group III animals, the histology of the spinal cords also showed normal-appearing anterior horn motor neurons without evidence of injury from ischemia This study showed that the canine model studied here was efficient in producing ischemic injury' to the spinal cord 100% of Group II dogs had neurologic injury compared with 0% in the animals from Groups I and III. It was also shown that cerebrospinal fluid drainage (CSFD) significantly decreased the incidence of paraplegia after thoracic aorta cross-clamping in this model This protective effect was due to the reduction in the cerebrospinal fluid pressure in Group III animals that caused an increase in the spinal cord perfusion pressure (SCPP).The cerebrospinal fluid drainage (CSFD) done before the thoracic aorta cross-clamping increased the SCPP from 16.33 ± 2.1 mmHg in Group II animals (with thoracic aorta cross-clamping and without CSFD) to 34.52 ± 1.52 mm Hg in Group III animals (CSFD followed by thoracic aorta cross-clamping).55f. : il. color., tabs. ; 30cm.application/pdfDisponivel em formato digitalAorta toracica - Animais domésticosLiquido cefaloraquidiano - Drenagem - Animais domésticosTesesEfeitos da oclusão da aorta toracica e da drenagem do liquido cerebro-espinhal na pressão de perfusão arterial da medula espinhal, no estado neurologico e no grau de injuria histologica em cães : Trabalho experimentalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALCELIO TEIXEIRA MENDONCA_1997.pdfapplication/pdf16222582https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/8276/1/CELIO%20TEIXEIRA%20MENDONCA_1997.pdf807d4de3b57fc282d6639b6680c1ff85MD51open accessTEXTCELIO TEIXEIRA MENDONCA_1997.pdf.txtExtracted Texttext/plain107748https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/8276/2/CELIO%20TEIXEIRA%20MENDONCA_1997.pdf.txt2e8039743f61357b4cfa594f96107f09MD52open accessTHUMBNAILCELIO TEIXEIRA MENDONCA_1997.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1363https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/8276/3/CELIO%20TEIXEIRA%20MENDONCA_1997.pdf.jpg780b41a29a033bf19d391554d38bd0a6MD53open access1884/82762022-11-18 15:23:12.219open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/8276Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-11-18T18:23:12Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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