Valvoplastia mitral percutânea com balao de Inoue versus Comissurótomo metálico : resultados imediatos e seguimento de 6 meses e 3 anos de um estudo randomizado.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guerios, Enio Eduardo
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/37190
Resumo: Orientador : Ronaldo da Rocha Loures Bueno
id UFPR_c5080cce2be34a856a8dd0282e8df3a2
oai_identifier_str oai:acervodigital.ufpr.br:1884/37190
network_acronym_str UFPR
network_name_str Repositório Institucional da UFPR
repository_id_str 308
spelling Guerios, Enio EduardoBueno, Ronaldo da Rocha Loures, 1955-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde2020-03-10T20:37:10Z2020-03-10T20:37:10Z2003https://hdl.handle.net/1884/37190Orientador : Ronaldo da Rocha Loures BuenoTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias da SaúdeResumo: Valvoplastia mitral percutânea (VMP) é a segunda intervenção mais comum realizada em laboratórios de hemodinâmica a nível mundial. Os resultados imediatos e tardios do procedimento utilizando o balão de Inoue (BI) estão bem estabelecidos, e este dispositivo se tornou o padrão-ouro para este tipo de intervenção. O comissurótomo metálico (CM) é uma técnica alternativa para realização de VMP. Sendo metálico, este dispositivo pode ser reesterilizado e reutilizado com segurança, diminuindo os custos do procedimento. Os resultados imediatos e a evolução a curto prazo após VMP com esta técnica estão também bem definidos, mas não há trabalhos randomizados que comparem a evolução dos pacientes a médio prazo com ambas as técnicas. Este estudo foi desenhado no intuito de comparar os resultados imediatos e de seguimento clínico e ecocardiográfico a curto (6 meses) e médio prazos (3 anos) após VMP utilizando a técnica do BI ou do CM. Cinqüenta pacientes consecutivos com estenose mitral reumática moderada ou severa (área valvar mitral - AVM < 1.5 cm2) e classe funcional > II (New York Heart Associatiorí) foram randomizados para a realização de VMP utilizando a técnica do BI (n=27, idade média = 37,3±11,9 anos) ou do CM (n=23, idade média = 39,9±11,1 anos). Não houve diferenças significativas entre os grupos no tocante às características clínicas, ecoescore de Wilkins ou AVM préintervenção. O índice de sucesso, definido pela obtenção de uma AVM >1,5 cm2, na ausência de insuficiência mitral (IM) > 2/4 (classificação de Sellers) foi de 100% no grupo do BI e 91,3% no grupo do CM - 2 pacientes deste grupo desenvolveram IM grau 3/4, requerendo intervenção cirúrgica eletiva. A AVM final média foi maior no grupo do CM (2,17±0,13 cm2 x 2,00±0,36 cm2, p=0,04), mas no seguimento de 6 meses e 3 anos esta diferença não foi mais estatisticamente significativa (respectivamente, 2,06±0,27 cm x 1,98±0,38 cm2, p=0,22, e 1,86+0,32 cm2 x 1,87±0,34 cm2, p=0.89). Este achado sugere que o estiramento do anel valvar seja um importante mecanismo de dilatação com o CM. Completou-se o seguimento tardio em 83,3% dos 48 pacientes elegíveis. A exceção de 1, todos estavam em CF I ou II. A deterioração funcional do único paciente em CF III se devia a um quadro de miocardite, porém estavam mantidos os bons resultados iniciais da intervenção. Não houve óbitos ou eventos embólicos. Um paciente do grupo do BI foi submetido tardiamente a troca valvar mitral devido a IM progressiva. Três pacientes do grupo do CM e 2 do grupo do BI (p=0,65) evoluíram com reestenose da valva mitral - um deles, em CF II, foi submetido a nova VMP, e os outros 4, em CF I, mantiveram tratamento clínico. Em conclusão, a realização de VMP tanto pela técnica do BI como do CM é segura, eficaz e possibilita excelente evolução a curto e médio prazos. Em comparação com o BI, obtém-se após VMP com o CM uma maior AVM inicial, mas após 6 meses e após 3 anos de seguimento não há mais diferença significativa. A taxa de reestenose com ambas as técnicas é igualmente baixa após 3 anos.Abstract: Percutaneous mitral valvuloplasty (PMV) is the second most common intervention performed in catheterization laboratories worldwide. The immediate and long-term results of the procedure using the Inoue balloon (IB) are well established, and this device has become the gold standard in this kind of intervention. The metallic commissurotome (MC) is an alternative technique for PMV. Being metallic, this device can be safely resterilized and reused, lowering the costs of the procedure. The immediate and short-term results after PMV using this technique are also well defined, but there are no randomized trials with a longer outcome of both techniques. This study was designed to compare the immediate results and short- (6 months) and medium-term (3 years) clinical and echocardiographic follow-up (FU) of PMV using either the IB or the MC techniques. Fifty consecutive patients with moderate or severe rheumatic mitral stenosis (mitral valve area - MVA<1.5 cm2) and in functional class (FC) > II (New York Hesrt Association) were randomly assigned to PMV using the IB (n=27, mean age=37.3±l 1.9 years) or the MC (n=23, mean age=39.9±l 1.1 years) technique. There were no significant differences between the groups regarding baseline clinical characteristics, Wilkins' score or MVA pre-intervention. The oy success rate, defined as obtaining a MVA >1.5 cm with no mitral regurgitation (MR) >2/4 (Sellers' classification) was 100% in the IB group and 91.3% in the MC group (p=0.15)- 2 patients in this group developed MR grade 3/4, requiring elective surgery. The mean final MVA was bigger in the MC group (2.17±0.13 cm2 x 2.00±0.36 cm2, p=0.04), but after 6- month and after 3-year FU this difference was not statistically significant anymore (respectively, 2.06±0.27 cm2 x 1.98±0.38 cm2, p=0.22, and 1.86±0.32 cm2 x 1.87±0.34 cm2, p=0.89). This finding suggests valve stretching as an important mechanism of valve dilation with the MC. From the 48 eligible patients, complete FU was obtained in 83,3%. All except one were in FC I or II. The functional deterioration of the only patient in FC III was due to myocarditis, but she mantained the initial good results from the intervention. There were no deaths or embolic events. One patient in the IB group underwent late valve replacement because of progressive MR. Three patients in the MC group and 2 patients in the IB group (p=0.65) developed mitral valve restenosis - one of them, in FC II, underwent repeat PMV and the other 4, in FC I, were clinically followed. In conclusion, PMV performed either with the IB or the MC technique is safe, effective and provides excellent short- and medium-term outcomes. The MC provides greater immediate MVA than the IB after PMV, but after 6 months and after 3 years of FU the difference was no longer significant. The restenosis rate with both techniques are similarly low after 3-year FU.xv, 100f. : il. color., grafs., tabs.application/pdfEstenose da valvula mitralDilatação com balãoValvoplastia mitral percutânea com balao de Inoue versus Comissurótomo metálico : resultados imediatos e seguimento de 6 meses e 3 anos de um estudo randomizado.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALT - ENIO EDUARDO GUERIOS.pdfapplication/pdf2718934https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/37190/1/T%20-%20ENIO%20EDUARDO%20GUERIOS.pdfe28612d250d736df420af524ebc080d3MD51open accessTEXTT - ENIO EDUARDO GUERIOS.pdf.txtExtracted Texttext/plain222466https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/37190/2/T%20-%20ENIO%20EDUARDO%20GUERIOS.pdf.txt4f531e1182aefee23cf8e78f88a020fcMD52open accessTHUMBNAILT - ENIO EDUARDO GUERIOS.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1239https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/37190/3/T%20-%20ENIO%20EDUARDO%20GUERIOS.pdf.jpg616ae47ed0195efc63c7d30fc3f48697MD53open access1884/371902020-03-10 17:37:10.559open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/37190Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082020-03-10T20:37:10Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Valvoplastia mitral percutânea com balao de Inoue versus Comissurótomo metálico : resultados imediatos e seguimento de 6 meses e 3 anos de um estudo randomizado.
title Valvoplastia mitral percutânea com balao de Inoue versus Comissurótomo metálico : resultados imediatos e seguimento de 6 meses e 3 anos de um estudo randomizado.
spellingShingle Valvoplastia mitral percutânea com balao de Inoue versus Comissurótomo metálico : resultados imediatos e seguimento de 6 meses e 3 anos de um estudo randomizado.
Guerios, Enio Eduardo
Estenose da valvula mitral
Dilatação com balão
title_short Valvoplastia mitral percutânea com balao de Inoue versus Comissurótomo metálico : resultados imediatos e seguimento de 6 meses e 3 anos de um estudo randomizado.
title_full Valvoplastia mitral percutânea com balao de Inoue versus Comissurótomo metálico : resultados imediatos e seguimento de 6 meses e 3 anos de um estudo randomizado.
title_fullStr Valvoplastia mitral percutânea com balao de Inoue versus Comissurótomo metálico : resultados imediatos e seguimento de 6 meses e 3 anos de um estudo randomizado.
title_full_unstemmed Valvoplastia mitral percutânea com balao de Inoue versus Comissurótomo metálico : resultados imediatos e seguimento de 6 meses e 3 anos de um estudo randomizado.
title_sort Valvoplastia mitral percutânea com balao de Inoue versus Comissurótomo metálico : resultados imediatos e seguimento de 6 meses e 3 anos de um estudo randomizado.
author Guerios, Enio Eduardo
author_facet Guerios, Enio Eduardo
author_role author
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv Bueno, Ronaldo da Rocha Loures, 1955-
Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde
dc.contributor.author.fl_str_mv Guerios, Enio Eduardo
dc.subject.por.fl_str_mv Estenose da valvula mitral
Dilatação com balão
topic Estenose da valvula mitral
Dilatação com balão
description Orientador : Ronaldo da Rocha Loures Bueno
publishDate 2003
dc.date.issued.fl_str_mv 2003
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-03-10T20:37:10Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-03-10T20:37:10Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/1884/37190
url https://hdl.handle.net/1884/37190
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv xv, 100f. : il. color., grafs., tabs.
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPR
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Repositório Institucional da UFPR
collection Repositório Institucional da UFPR
bitstream.url.fl_str_mv https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/37190/1/T%20-%20ENIO%20EDUARDO%20GUERIOS.pdf
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/37190/2/T%20-%20ENIO%20EDUARDO%20GUERIOS.pdf.txt
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/37190/3/T%20-%20ENIO%20EDUARDO%20GUERIOS.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e28612d250d736df420af524ebc080d3
4f531e1182aefee23cf8e78f88a020fc
616ae47ed0195efc63c7d30fc3f48697
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1813898910868963328