Avaliação do quimerismo em pacientes com anemia aplástica severa adquirida, após 18 meses do transplante de células-tronco hematopoéticas, submetidos a diferentes regimes de condicionamento
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/36311 |
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Pereira, Noemi FarahUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna e Ciências da SaúdePasquini, Ricardo, 1938-Quiroga, Márcia Regina Silva2022-12-02T14:40:52Z2022-12-02T14:40:52Z2014https://hdl.handle.net/1884/36311Orientador: Prof. Dr. Ricardo PasquiniCo-orientadora: Drª. Noemi Farah PereiraDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna. Defesa : Curitiba, 01/08/2014Inclui referênciasResumo: O resultado do transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é avaliado por meio da recuperação hematológica e da análise do quimerismo. Este estudo tem como objetivo avaliar os níveis de quimerismo em pacientes com Anemia Aplástica Severa (AAS) Adquirida com mais de 18 meses de acompanhamento pós-TCTH, que apresentaram recuperação hematológica parcial ou completa no sangue periférico. Foram analisados 104 pacientes com AAS transplantados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e monitorados no período de 1987 a 2012. Os pacientes foram divididos em dois grupos, conforme o regime de condicionamento. Os pacientes do grupo I (n=55) receberam ciclofosfamida (CFA) isolada, 200 mg/Kg de peso corpóreo e os do grupo II (n=49) CFA, 120 mg/Kg de peso corpóreo, associada ao bussulfano (BUS), 12 mg/Kg de peso corpóreo. Cada grupo foi subdividido de acordo com os seguintes níveis de quimerismo em relação às células do doador: ?50%, entre 51 e 90% e >90%. A análise de quimerismo foi realizada pela amplificação de locos VNTRs/STRs com detecção dos fragmentos em gel de poliacrilamida e coloração com sais de prata (84 pacientes) até julho de 2009 e após esse período por eletroforese capilar em Analisador Genético de DNA (20 pacientes). Os níveis de quimerismo foram correlacionados com as variáveis pré-transplante (idade e sexo do paciente e intervalo entre o diagnóstico e o TCTH), variáveis do transplante (idade e sexo do doador e número de células infundidas) e variáveis pós-transplante (número de neutrófilos, plaquetas e dosagem de hemoglobina após 18 meses do transplante). A análise dos resultados mostrou associação entre os níveis de quimerismo e os tipos de condicionamento empregados (p<0,001). A recuperação autóloga (quimerismo ?50%) foi encontrada em 36,4% dos pacientes do grupo I e em nenhum dos pacientes do grupo II. Quimerismo entre 51 e 90% foi identificado em 11 pacientes (20,0%) do grupo I e em 5 pacientes (10,2%) do grupo II. Quimerismo >90% foi mais frequente no grupo II (89,8%) quando comparado ao grupo I (43,6%). As características pré-transplante (idade e sexo do paciente e intervalo entre o diagnóstico e o TCTH) e do transplante (idade e sexo do doador) não mostraram associação ao quimerismo em nenhum dos grupos. O maior número de células infundidas mostrou associação com níveis de quimerismo mais elevados nos pacientes do grupo I (p=0,013) e não apresentou associação nos do grupo II. A análise multivariada mostrou que o nível de quimerismo >90% está associado ao condicionamento com CFA+BUS (p<0,001) e ao maior número de células infundidas (p=0,009). A recuperação hematológica, avaliada com base no último hemograma disponível, mostrou associação entre o número mais elevado de neutrófilos (p=0,003) e de plaquetas (p<0,001) e maior grau de quimerismo nos pacientes do grupo I. A dosagem de hemoglobina não mostrou associação com o quimerismo nos dois regimes de condicionamento. Este estudo sugere que o condicionamento com CFA associada ao BUS e o maior número de células infundidas são fatores preditivos da evolução do enxerto alogênico de células-tronco hematopoéticas. Os resultados deste estudo reforçam que a recuperação autóloga da hematopoese depende da intensidade da imunossupressão exigida para cada caso e que a função imunossupressora da CFA isolada pode induzir a regeneração hematológica autóloga. Palavras-chave: Anemia Aplástica Severa. Transplante de células-tronco hematopoéticas. Condicionamento. Quimerismo.Abstract: The outcome of hematopoietic stem cell transplantation is evaluated (HSCT) by hematologic recovery and chimerism analysis. The aim of this study is to assess the levels of chimerism in Acquired Severe Aplastic Anemia (SAA) patients with post-transplant follow up of 18 months or more, and that have showed partial or complete hematologic recovery in peripheral blood. A total of 104 SAA patients transplanted at the Hospital de Clínicas of the Universidade Federal do Paraná and monitored from 1987 to 2012 were analyzed. Patients were divided into two groups on the basis of the conditioning regimen. Group I (n=55) received only cyclophosphamide (CY) at 200mg/kg of body weight, while those of group II (n=49) received CY at 120mg/kg of body weight associated with busulfan (BUS) at 12mg/kg of body weight. Each group was then subdivided according to the following levels of chimerism in relation to the donor's cells: ?50%, from 51 to 90%, and >90%. Chimerism analysis was performed by amplification of VNTR/STR loci followed by detection of fragments in polyacrylamide silver stained gels (84 patients) until July of 2009 and, from then on, by capillary electrophoresis in DNA Genetic Analyser (20 patients). Levels of chimerism were correlated to pre-transplant (patient's age, sex, and time elapsed from diagnosis to HSCT), transplant (donor's age, sex, and number of infused cells) and post-transplant (number of neutrophils and platelets, and hemoglobin levels from18 months on after transplant) variables. Data analysis showed an association between the levels of chimerism and the different conditioning regimens (p<0.001). Autologous recovery (chimerism ?50%) was achieved by 36.4% of patients from group I and by none of those from group II. Chimerism ranging from 51 to 90% was identified in 11 patients (20.0%) from group I and in 5 patients (10.2%) from group II. Levels of chimerism >90% were more frequent in group II (89.8%) than in group I (43.6%). Pre-transplant (patient's age, sex, and time elapsed from diagnosis to HSCT) and transplant (donor's age and sex) characteristics did not show association with chimerism in either one of the groups. The largest number of infused cells showed association with higher levels of chimerism in patients from group I (p=0.013), but not with those in group II. Multivariate analysis indicated that the chimerism level >90% is associated with the conditioning regimen CY+BUS (p<0.001) and with the highest number of infused cells (p=0.009). Hematologic recovery evaluated on the basis of the last available blood count indicated an association of the largest number of neutrophils (p=0.003) and platelets (p<0.001) with the highest level of chimerism in patients from group I. Hemoglobin levels did not show any association with chimerism in either one of the groups. This study suggests that the conditioning regimen with CY and BUS as well as the highest number of infused cells are predictive factors of the establishment of hematopoietic stem cell allogeneic graft. The results of this study corroborate that hematopoietic autologous recovery relies on the intensity of immunosuppression needed for each case, and that the immunosuppressive function of CY alone can induce autologous hematologic recovery. Keywords: Severe Aplastic Anemia. Hematopoietic stem cell transplantation. Conditioning regimen. Chimerism.89f. : il., color., tabs., grafs.application/pdfDisponível em formato digitalTesesClínica médicaAnemia aplasticaTransplante de células-tronco hematopoéticasQuimerismoAvaliação do quimerismo em pacientes com anemia aplástica severa adquirida, após 18 meses do transplante de células-tronco hematopoéticas, submetidos a diferentes regimes de condicionamentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - MARCIA REGINA SILVA QUIROGA.pdfapplication/pdf1379793https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/36311/1/R%20-%20D%20-%20MARCIA%20REGINA%20SILVA%20QUIROGA.pdfd5a64f4aa0fdbdc9ac7dbbd41d57e718MD51open accessTEXTR - D - MARCIA REGINA SILVA QUIROGA.pdf.txtExtracted Texttext/plain155375https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/36311/2/R%20-%20D%20-%20MARCIA%20REGINA%20SILVA%20QUIROGA.pdf.txt005a923733e376a7fbc9dc6c293fb96dMD52open accessTHUMBNAILR - D - MARCIA REGINA SILVA QUIROGA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1194https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/36311/3/R%20-%20D%20-%20MARCIA%20REGINA%20SILVA%20QUIROGA.pdf.jpgd41193cd206adf4b863cfa8b72069fc9MD53open access1884/363112022-12-02 11:40:52.333open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/36311Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-12-02T14:40:52Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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