Ferramentas fisiológicas para avaliação do potencial invasor de peixes dulcícolas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gutierre, Silvia Maria Millan
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/25490
Resumo: Resumo: Para compreender a resposta dos animais frente a variações ambientais, estudos ecofisiológicos abordam as estratégias de sobrevivência dos organismos, suas tolerâncias a variações físico-químicas e suas adaptações a alterações no meio. Determinando o grau de eurihalinidade e a plasticidade fisiológica através da expressão de HSP70 muscular, da atividade da anidrase carbônica (AAC) branquial e renal, da medida da osmolalidade plasmática e do teor hídrico muscular, buscou-se responder como as espécies de os teleósteos dulcícolas nativos Rhamdia quelen e Geophagus brasiliensis e os invasores Clarias gariepinus, Ictalurus punctatus, Cyprinus carpio e Oreochromis niloticus respondem a aumentos de salinidade de 15‰ e 30‰. Após exposição de 6 horas a essas salinidades verificou-se o potencial invasor das espécies para utilizar os estuários como pontes de dispersão. A salinidade de 30‰ foi letal para as espécies entre 1,5 e 3 horas de exposição, com exceção de O. niloticus. As espécies nativas e a invasora C. gariepinus aumentaram a expressão de HSP70 com o aumento da salinidade. I. punctatus, O. niloticus e C. carpio mantiveram os níveis de HSP70 constantes. Não houve um padrão na resposta por HSP70, o que demonstra a ação espécie-específica da expressão dessa proteína. A AAC branquial aumentou apenas em 30‰ em R. quelen, C. gariepinus, G. brasiliensis e C. carpio, apresentou elevação em 15‰ e 30‰ em O. niloticus e se manteve constante em I. punctatus. A AAC renal foi elevada apenas em 30‰ para R. quelen e O. niloticus, em 15‰ e 30‰ para I. punctatus e se manteve constante em C. gariepinus e C. carpio. O aumento da AAC pode ser em função da manutenção osmorregulatória ou do equilíbrio ácido-base. A osmolalidade e o teor hídrico apresentaram um padrão de variação inversamente proporcional ente si na maioria das espécies, com exceção de G. brasiliensis e C. carpio, indicando uma perda na capacidade regulatória do meio intra e extracelular frente ao aumento na salinidade, acarretando na morte dos animais em salinidade 30‰. De acordo com os resultados, as espécies dulcícolas poderiam utilizar estuários como pontes de dispersão para outros corpos d’água continentais, desde que a salinidade nesses locais não excedesse 15‰. As espécies invasoras demonstraram resistência fisiológica similar ao das espécies nativas, todas apresentando certo grau de eurihalinidade.
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