Taxonomia das espécies de Culex (Microculex) Theobald, 1907 (Diptera, Culicidae) e chave de identificação para os machos que ocorrem em bromélias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Assumpção, Isabel Cristina de
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/27859
Resumo: Resumo: Os imaturos da família Culicidae (Diptera) desenvolvem-se em coleções hídricas naturais ou artificiais. Os criadouros fitotélmicos são considerados naturais, entre eles as bromélias, com estruturas vegetais que permitem o acúmulo de água e possibilitam o desenvolvimento de fauna associada como larvas de culicídeos. As bromélias, incluídas na família Bromeliaceae distribuídas na região Neotropical apresentam 2900 espécies descritas, contribuem para o aumento da diversidade e quantidade de habitats disponíveis para o estabelecimento das espécies de Culicidae. Os grupos que ocorrem predominantemente em bromélias são Culex (Microculex) spp. e Wyeomyia spp., sendo também encontrados espécies dos gêneros Aedes e Anopheles. A determinação das espécies de Culicidae que ocorrem em bromélias é dificultada pela ausência de informações sobre a biologia e a morfologia dos estágios imaturos e adultos de muitas espécies. Diante dessa dificuldade foi realizado um estudo em uma área dentro da Floresta Estadual do Palmito no bioma Floresta Atlântica (Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas) localizada na planície litorânea do Estado do Paraná, no município de Paranaguá, apresentando 530 hectares de vegetação nativa inseridos sobre a planície costeira. O objetivo foi complementar e aperfeiçoar o quadro de informações sobre a morfologia dos estágios imaturos e adulto de espécies de Culicidae que se desenvolvem em bromélias no bioma Mata Atlântica e confeccionar uma chave de identificação para machos das espécies de Culex (Microculex) que ocorrem em bromélias. Foram realizadas quatro coletas de imaturos em 62 bromélias com o auxílio de uma bomba de sucção cujo conteúdo hídrico de cada bromélia foi transferido para um recipiente e transportado ao laboratório onde as amostras foram triadas. Os imaturos foram individualizados e mantidos em sala de criação sob condições controladas de temperatura e fotoperíodo até a emergência dos adultos. As exúvias das larvas de quarto ínstar, das pupas e as genitálias dos machos foram montadas em lâminas permanentes. Os espécimes adultos foram conservados a seco e montados em alfinetes entomológicos. As bromélias foram identificadas como pertencentes aos gêneros Vriesea e Nidularium e as espécies Vriesea philippocoburgii, Vriesea incurvata e Nidularium innocentii. Foram coletadas 434 larvas, identificadas as espécies Anopheles cruzii, Culex ocellatus, Culex neglectus, Culex fuscatus, Culex imitator, Culex retrosus, Culex daumasturus e, dentre os espécimes identificados, o taxa mais freqüente foi o gênero Culex, sendo a maioria pertencente ao subgênero Microculex. Foram redescritos os adultos macho e fêmea para a espécie Culex neglectus e descritos os adultos macho e fêmea para as espécies Culex daumasturus, Culex fuscatus, Culex retrosus, além de mais dois morfotipos Culex sp.1 e Culex sp.2 e confeccionada uma chave de identificação para os machos das espécies de Culex (Microculex) que ocorrem em bromélias.
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