A agroecologia e agricultura familiar da regiao Centro-Sul do Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Quadros, Karen Rodak de
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/34225
Resumo: Resumo: A presente pesquisa teve por objetivo verificar como a agroecologia pode ser utilizada na construção de um modelo sustentável para a agricultura familiar da região centro-sul do Paraná. A pesquisa se desenvolveu em três comunidades, Arroio Grande, Marmeleiro e Rio Vinagre. Foram avaliados os custos e as mudanças sociais ocorridas na vida dos agricultores que optaram pelo sistema de produção agroecológico, de milho e feijão, comparativamente à produção no sistema convencional (conforme recomendação do órgão de extensão rural). Foi avaliada também a eficiência energética, por meio da análise ecoenergética, dos sistemas de produção, em duas das três comunidades estudadas. A análise de custo foi baseada em dados coletados em experimento de campo, onde se implantou em cada comunidade dois tratamentos (convencional e agroecológico) com três repetições, cada uma numa área de 400 m2, totalizando 1200m2 por tratamento. Para a análise social foi utilizada uma abordagem qualitativa, os dados foram coletados por meio de entrevistas. A entrevista teve por objetivo captar as mudanças que ocorreram na vida dos agricultores ao optarem pelo sistema de produção agroecológico. A eficiência energética foi estimada por meio dos experimentos instalados nas comunidades estudadas. Foram contabilizadas as entradas de energia (insumos, maquinários, combustível, mão-de-obra) e a saída de energia (grão produzido). Com esses dados, calculou-se a eficiência energética, através da fórmula E = Saída/Entrada. Com relação aos resultados de custos de produção, o sistema agroecológico se apresentou como o de menor custo para o agricultor. Na comunidade de Marmeleiro, o sistema agroecológico propiciou um saldo final positivo para o agricultor em relação ao sistema convencional, que manteve o agricultor com uma renda final negativa. Nas demais comunidades os dois sistemas apresentaram uma renda final negativa, porém o sistema convencional gerou um prejuízo superior ao agricultor em relação ao sistema agroecológico. Quanto à análise social ficou evidente a melhor qualidade de vida obtida pelo agricultor ao optar pelo sistema de produção agroecológico. Os principais benefícios obtidos por meio da conversão do sistema de produção foram; seguindo uma ordem de importância: a saúde melhorou, aumentou o tempo, a vida comunitária e familiar melhoraram, entre outros. Um aspecto que se demonstrou importante foi a retomada de práticas como a troca de serviços e o mutirão, ou seja, a solidariedade e a união da comunidade foram fortalecidas e conseqüentemente obteve-se uma melhora geral na vida do agricultor. Quanto à análise ecoenergética ficou demonstrada uma superioridade da eficiência energética do sistema agroecológico em relação ao sistema convencional. A eficiência energética para a cultura do milho no sistema agroecológico foi de 5,43 e 9,33, já para o sistema convencional o resultado obtido foi de 2,42 e 3,65. Para a cultura do feijão os resultados foram os seguintes: sistema agroecológico 1,10 e 3,73 e sistema convencional 0,79 e 0,93.
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