O homem que joga : Schiller e a experiência da liberdade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Meinerz, Ana Carolina, 1988-
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/76767
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Paulo Vieira Neto
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spelling Meinerz, Ana Carolina, 1988-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em FilosofiaVieira Neto, Paulo, 1964-2022-08-04T17:54:00Z2022-08-04T17:54:00Z2021https://hdl.handle.net/1884/76767Orientador: Prof. Dr. Paulo Vieira NetoDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa : Curitiba, 19/07/2021Inclui referênciasResumo: Este trabalho é uma investigação imersiva na obra A educação estética do homem numa série de cartas de Friedrich Schiller. Pretendemos, ao longo dessa imersão, investigar como o impulso lúdico, através do jogo, o qual tem como objeto a beleza, engendra as condições de possibilidade da plenitude humana sob o estado estético, tendo, como consequência, a experiência da liberdade. Assim, nos perguntamos: o que Schiller quer dizer com jogo (Spiel) entre os impulsos formal e material? O que o termo jogo traz em seu conceito a ponto de fazer com que Schiller o tenha designado como a atividade que promove a plenitude do ser-humano e possibilita a experiência da liberdade? A partir desse recorte, procuramos compreender o significado do termo em seu sentido próprio e como se dão o fenômeno e o comportamento estéticamente lúdicos. Para tanto, lançamos mão da noção de jogo como a dinâmica cultural basilar dos processos de civilização, em Johann Huizinga; abordamos Roger Caillois e sua sociologia a partir dos jogos; o jogo a partir de uma perspectiva ontológica, em Hans-Georg Gadamer; a ideia de jogo enquanto atividade que contém um fim em si mesma, em Aristóteles; o jogo na filosofia estética de Immanuel Kant, de quem Schiller bebeu os princípios transcendentais fundamentais; um pouco de Sigmund Freud, que traça um paralelo entre o brincar infantil, o jogo, a atividade criadora do poeta e a fantasia; abordamos Herbert Marcuse em sua elaboração do impulso lúdico como um novo princípio de realidade; e, por fim, Jürgen Habermas em sua defesa da dimensão estética inserida na razão comunicativa. Isso tudo sem mencionar Frederick Beiser, que nos guiou ao longo de toda escrita. Nossa conclusão é que há duas metas diversas para a realização do conceito de ser-humano: a primeira meta é a perfeição; a segunda, a plenitude. O ser-humano perfeito está em equilíbrio entre suas faculdades sensível e racional. O ser-humano pleno está em estado de jogo entre essas faculdades fundamentais, e 'apenas' se aproxima do equilíbrio perfeito. É justamente por isso que o ser-humano perfeito é um ideal, mas o ser-humano pleno, em estado de jogo, é possível. É nessa abertura e harmonia que o fluxo do jogo instaura a plenitude, promovendo ao ser-humano a liberdade do estado estético.Abstract: This study is an immersive investigation into the work Aesthetic education of man in a series of letters by Friedrich Schiller. We intend, throughout this immersion, to investigate how the play-drive, through the play, which holds beauty as its object, engenders the conditions of possibility of human plenitude under the aesthetic condition, leading to the experience of freedom, as consequence. Therefore, we set the following questions: what does Schiller mean by the play (Spiel) between the form and sense drives? What does the term play bring in its concept to the point that Schiller has designated it as the activity that promotes the plenitude of the human being and enables the experience of freedom? Thus, we will try to understand the meaning of the term in its proper sense as well as how the aesthetically playful behavior and phenomenon take place. In order to achieve our purpose, we betake the notion of play as the basic cultural dynamics of civilization processes, in Johann Huizinga; we approach Roger Caillois and his sociology from play; the play from an ontological perspective, in Hans-Georg Gadamer; the idea of play as an activity that contains an end in itself, in Aristotle; the play in the aesthetic philosophy of Immanuel Kant, from whom Schiller took the fundamental transcendental principles; a little bit of Sigmund Freud, who draws a parallel between children's play, play and the creative activity of the poet; we approach Herbert Marcuse in his elaboration of the play-drive as a new principle of reality; and, finally, Jürgen Habermas in his defense of the aesthetic dimension inserted in the communicative rationality. All of this without mentioning Frederick Beiser, who guided us throughout the whole writing. Our conclusion is that there are two different aims for the realization of the concept of human being: the first aim is perfection; the second one, plenitude. The perfect human being is in balance between his sense and form drives. The plane human being is in a state of play among these fundamental drives, and ‘just’ approaches perfect balance. This is precisely why the perfect human being is an ideal, but the plane human being, in a state of play, is possible. It is within this openness and harmony that the flow of play establishes plenitude, endowing human being with the freedom of the aesthetic state.1 recurso online : PDF.application/pdfSchiller, Friedrich, 1759-1805 - Crítica e interpretaçãoEstéticaJogo (Filosofia)Cultura - FilosofiaLiberdade - FilosofiaFilosofiaO homem que joga : Schiller e a experiência da liberdadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - ANA CAROLINA MEINERZ.pdfapplication/pdf3535255https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/76767/1/R%20-%20D%20-%20ANA%20CAROLINA%20MEINERZ.pdfd547233ba3e154fa64bb47c1de3ac60cMD51open access1884/767672022-08-04 14:54:00.54open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/76767Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-08-04T17:54Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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