Avaliação da fitorremediação como alternativa de pós-tratamento de lixiviado de aterro sanitário utilizando macrófitas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/31740 |
Resumo: | Resumo: A técnica de fitorremediação (uso de plantas para remoção de poluentes) vem sendo estudada por diversos pesquisadores, principalmente no tratamento do lixiviado de aterros sanitários, problemática mundial. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a eficiência, em escala piloto, do pós-tratamento de lixiviado de aterro sanitário utilizando macrófitas. O lixiviado foi proveniente da lagoa facultativa do Aterro Sanitário de Curitiba, que operou por 21 anos e foi encerrado em novembro de 2010. Dividido em duas etapas, a pesquisa primeiramente avaliou a tolerância das macrófitas flutuantes (Pistia stratiotes e Eichhornia crassipes) em 15 aquários de vidros, denominado Bioensaio 1. Um estudo preliminar foi realizado para identificação do fator de diluição (FD) ideal, além do levantamento da biomassa (macrófitas estudadas). Posteriormente, foram realizadas duas bateladas 30 dias (com diluição de 50%) e 15 dias (sem diluição) no sistema piloto, constituído de três unidades (caixas d'água) com 500 L, 250 L e 250 L, respectivamente, denominado Bioensaio 2. A sequência das macrófitas nestas unidades foram: Echinochloa polystachya, Pistia stratiotes e Eichhornia crassipes, selecionadas para o presente estudo porque apresentam a maior área de cobertura relativa nas áreas alagadas naturais do aterro. A eficiência foi analisada pela remoção dos contaminantes físico-químico e elementos-traço. Este último foi realizado no efluente e na biomassa seca. A P. stratiotes apresentou maior sensibilidade, menor tolerância frente ao lixiviado, principalmente nos maiores FD se comparada a Eichhornia crassipes. A eficiência, no sistema piloto, foi maior na batelada de 15 dias (sem diluição) com redução principalmente de DQO, DBO5, N-amoniacal e nitrito alcançando 25%, 80%, 95% e 95%, respectivamente. Os elementos-traços Ni, Mn, Fe e Cr no efluente, em ambas as bateladas, ultrapassaram os limites permissíveis na legislação para lançamento em corpos d'água. Já na biomassa seca, foram o Co, Fe e Pb que ultrapassaram os valores esperados na literatura apresentados por Larcher (2000), em todos os sistemas. Quanto à produtividade primária (biomassa), a Echinochloa polystachya teve um aumento 30 vezes maior que as macrófitas flutuantes. A pesquisa demonstrou que o uso da técnica de fitorremediação para a remoção de poluentes derivado de lixiviados de aterro sanitário é eficiente. |
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Kurscheidt, Elãine Cristina de SouzaAisse, Miguel MansurMaranho, Leila TeresinhaUniversidade Federal do Paraná. Setor de Tecnologia. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Recursos Hídricos e Ambiental2013-08-07T15:35:22Z2013-08-07T15:35:22Z2013-08-07http://hdl.handle.net/1884/31740Resumo: A técnica de fitorremediação (uso de plantas para remoção de poluentes) vem sendo estudada por diversos pesquisadores, principalmente no tratamento do lixiviado de aterros sanitários, problemática mundial. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a eficiência, em escala piloto, do pós-tratamento de lixiviado de aterro sanitário utilizando macrófitas. O lixiviado foi proveniente da lagoa facultativa do Aterro Sanitário de Curitiba, que operou por 21 anos e foi encerrado em novembro de 2010. Dividido em duas etapas, a pesquisa primeiramente avaliou a tolerância das macrófitas flutuantes (Pistia stratiotes e Eichhornia crassipes) em 15 aquários de vidros, denominado Bioensaio 1. Um estudo preliminar foi realizado para identificação do fator de diluição (FD) ideal, além do levantamento da biomassa (macrófitas estudadas). Posteriormente, foram realizadas duas bateladas 30 dias (com diluição de 50%) e 15 dias (sem diluição) no sistema piloto, constituído de três unidades (caixas d'água) com 500 L, 250 L e 250 L, respectivamente, denominado Bioensaio 2. A sequência das macrófitas nestas unidades foram: Echinochloa polystachya, Pistia stratiotes e Eichhornia crassipes, selecionadas para o presente estudo porque apresentam a maior área de cobertura relativa nas áreas alagadas naturais do aterro. A eficiência foi analisada pela remoção dos contaminantes físico-químico e elementos-traço. Este último foi realizado no efluente e na biomassa seca. A P. stratiotes apresentou maior sensibilidade, menor tolerância frente ao lixiviado, principalmente nos maiores FD se comparada a Eichhornia crassipes. A eficiência, no sistema piloto, foi maior na batelada de 15 dias (sem diluição) com redução principalmente de DQO, DBO5, N-amoniacal e nitrito alcançando 25%, 80%, 95% e 95%, respectivamente. Os elementos-traços Ni, Mn, Fe e Cr no efluente, em ambas as bateladas, ultrapassaram os limites permissíveis na legislação para lançamento em corpos d'água. Já na biomassa seca, foram o Co, Fe e Pb que ultrapassaram os valores esperados na literatura apresentados por Larcher (2000), em todos os sistemas. Quanto à produtividade primária (biomassa), a Echinochloa polystachya teve um aumento 30 vezes maior que as macrófitas flutuantes. A pesquisa demonstrou que o uso da técnica de fitorremediação para a remoção de poluentes derivado de lixiviados de aterro sanitário é eficiente.application/pdfDissertaçõesAterro sanitárioResíduos sólidosLodoLixiviaçãoAvaliação da fitorremediação como alternativa de pós-tratamento de lixiviado de aterro sanitário utilizando macrófitasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - ELAINE CRISTINA DE SOUZA KURSCHEIDT.pdfapplication/pdf5504080https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/31740/1/R%20-%20D%20-%20ELAINE%20CRISTINA%20DE%20SOUZA%20KURSCHEIDT.pdfd8c94d9c488fd52560df9922147552faMD51open accessTEXTR - D - ELAINE CRISTINA DE SOUZA KURSCHEIDT.pdf.txtR - D - ELAINE CRISTINA DE SOUZA KURSCHEIDT.pdf.txtExtracted Texttext/plain277293https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/31740/2/R%20-%20D%20-%20ELAINE%20CRISTINA%20DE%20SOUZA%20KURSCHEIDT.pdf.txt23191d1b4587347c72cacaa3033df97bMD52open accessTHUMBNAILR - D - ELAINE CRISTINA DE SOUZA KURSCHEIDT.pdf.jpgR - D - ELAINE CRISTINA DE SOUZA KURSCHEIDT.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1421https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/31740/3/R%20-%20D%20-%20ELAINE%20CRISTINA%20DE%20SOUZA%20KURSCHEIDT.pdf.jpg8e544b650d93cf5b382cf36e23720460MD53open access1884/317402016-04-07 03:00:26.765open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/31740Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-07T06:00:26Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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