Filogeografia de espécies de Euglossa (Hymenoptera, Apidae) da Mata Atlântica

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Autor(a) principal: Ferrari, Bruno Reganin
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/33900
Resumo: Resumo: A subtribo Euglossina engloba abelhas de distribuição neotropical, com integumento de coloração metálica, em especial as do gênero Euglossa Latreile, 1802, que apresentam grande variação na coloração, contudo, apresentando principalmente coloração esverdeada ou azulada, observada na maioria das espécies. Na Mata Atlântica, algumas espécies parecem apresentar uma variação na coloração ligada à sua distribuição, com cores mais quentes (verdes, com tons cúpreos e avermelhados) em latitudes menores e colorações mais frias (azuis, com tons arroxeados) em latitudes maiores. Interpretações taxonômicas discrepantes dessa variação têm levado ao reconhecimento de espécies distintas para as diferentes formas. Nos três casos estudados no presente trabalho (caso Euglossa iopoecila, caso E. stellfeldi e caso E. townsendi), amostras de todas as formas envolvidas em cada caso foram coletadas ao longo de toda sua distribuição. Ao todo, foram utilizadas 42 amostras de 18 localidades diferentes, que tiveram seu DNA extraído, amplificado e sequenciado para fragmentos dos genes mitocondriais citocromo B (CTB) e citrocromo oxidase C, subunidade 1 (CO1). Foram sequenciados respectivamente 433 e 658 pares de bases, os quais foram comparados a partir de uma matriz de dados concatenados de 1091 pares de bases. Foram realizadas análises de parcimônia e Bayesiana, resultando em árvores filogenéticas de topologia semelhante que, somadas às distâncias genéticas entre as amostras levaram às conclusões de que: no caso E. iopoecila, ambas as formas verde e azul constituem uma única unidade de distribuição por toda a faixa litorânea da Mata Atlântica, de nome Euglossa iopoecila; no caso E. stellfeldi, ambas as formas constituem também uma única unidade em toda a distribuição, com uma região de hibridação ocorrendo entre o nordeste de São Paulo e o sudoeste do Rio de Janeiro; no caso E. townsendi, as análises mostraram que tanto a forma verde de ampla distribuição, conhecida como E. townsendi, quanto à forma azul restrita ao sul da Mata Atlântica, conhecida como E. anodorhynchi, pertencem à mesma espécie, a despeito da pequena variação genética detectada entre elas.
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