Por que aprendemos línguas estrangeiras? : com a palavra, as crianças

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rubbo, Gabriella Fraletti Souza
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/45947
Resumo: Orientadora: Profª. Drª. Deise Cristina de Lima Picanço
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spelling Rubbo, Gabriella Fraletti SouzaPicanço, Deise Cristina de Lima, 1969-Universidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação2020-12-15T19:46:23Z2020-12-15T19:46:23Z2016https://hdl.handle.net/1884/45947Orientadora: Profª. Drª. Deise Cristina de Lima PicançoDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa: Curitiba, 25/04/2016Inclui referências : f. 139-144Resumo: As discussões mais recentes sobre a maneira como os sujeitos concebem o ensino de línguas estrangeiras para o público infantil, não somente no meio acadêmico, mas também em esferas mais amplas da sociedade, demonstram a importância que esta disciplina assumiu nos últimos anos. Surgem, assim, diversas questões a respeito de como efetivamente ensinar línguas estrangeiras às nossas crianças. O que reúne, contudo, esses questionamentos é o fato de eles se colocarem usualmente sob um ponto de vista comum: o dos adultos. Na teoria desenvolvida pelos autores do Círculo de Bakhtin, a subjetividade constitui-se na experiência e no diálogo com outros sujeitos, gerando a teia complexa de vozes presentes nos enunciados que compõem o discurso de cada indivíduo. No que se refere ao aprendizado de línguas estrangeiras, os discursos mais frequentemente veiculados no mundo adulto dizem respeito aos benefícios profissionais de se aprender outras línguas, deixando de lado todo o aspecto formativo que este aprendizado pode proporcionar. Mas e a criança? O que tem ela a dizer sobre isso? Na busca por pistas de reflexão para tentar responder a esta questão, este trabalho realiza uma análise do discurso infantil sobre o aprendizado de línguas estrangeiras dentro de uma perspectiva bakhtiniana. O intuito é de contribuir para uma revisão das metodologias e dos materiais produzidos para o ensino desta disciplina, bem como subsidiar uma reflexão acerca das políticas públicas brasileiras neste âmbito. O corpus de análise que constitui o material empírico da pesquisa é formado pelos enunciados de aproximadamente 80 crianças, na faixa etária de 8 a 9 anos, regularmente matriculadas em quatro escolas localizadas no município de Curitiba que ofertam em seu currículo um dos seguintes idiomas: inglês, francês, alemão e espanhol. Os enunciados analisados foram extraídos da transcrição de rodas de conversa conduzidas junto a estes grupos de crianças após a realização de observações de aula, aplicação de questionários e realização de desenhos. As análises revelam que as crianças não só têm o que dizer a respeito do tema que lhes foi proposto, como têm muito a dizer. A fundamentação da análise enunciativa na teoria bakhtiniana permitiu perceber que as concepções infantis sobre o aprendizado de línguas estrangeiras parecem estar bastante marcadas pela presença de uma palavra autoritária que as faz com frequência reiterar ideias relacionadas à função meramente utilitária do aprendizado desta disciplina. No entanto, conforme o diálogo se desenvolve, as crianças começam progressivamente a relatar experiências individuais em relação às línguas estrangeiras e, então, algumas de suas palavras passam a demonstrar um reconhecimento do valor deste aprendizado para aspectos mais amplos de sua formação. Palavras-chave: Crianças. Língua estrangeira. Análise do discurso. Bakhtin.Résumé: Les discussions les plus récentes sur la façon dont les individus conçoivent l'enseignement des langues étrangères pour les enfants, non seulement dans le domaine académique mais aussi dans d'autres sphères de la société, démontrent l'importance que cette discipline a acquise au cours des dernières années. Plusieurs questions ont surgi ainsi à propos de comment enseigner effectivement les langues étrangères aux enfants. Toutefois, ces questions ont une caractéristique commune: elles se posent du point de vue des adultes. D'après la théorie développée par les auteurs du Cercle de Bakhtine, la subjectivité se constitue à travers l'expérience par le biais des dialogues entre les sujets, faisant naître le réseau complexe de voix présentes dans les énoncés qui composent les discours de chaque individu. En ce qui concerne l'apprentissage des langues étrangères, les discours les plus souvent diffusés parmi les adultes mettent en relief les avantages de ces connaissances pour les activités professionnelles, laissant de côté leur aspect essentiellement formatif. Mais et l'enfant ? Que pense-t-il de cela ? A la recherche de pistes de réflexion pour essayer de répondre à cette question, ce travail présente une analyse du discours des enfants sur l'apprentissage des langues étrangères, selon une perspective bakhtinienne. Le but est, à la fois, de contribuer à la révision des méthodologies et des matériels actuellement produits pour l'enseignement de cette discipline et de permettre une réflexion à propos des politiques publiques brésiliennes dans ce domaine. Le corpus d'analyse qui compose le matériel empirique de cette recherche est formé par les énoncés d'environ 80 enfants, ayant entre 8 et 9 ans, inscrits dans quatre écoles situées dans la ville de Curitiba, Brésil, qui proposent dans leur offre de disciplines une des langues étrangères suivantes : anglais, français, allemand et espagnol. Les énoncés analysés ont été prélevés de la transcription des rondes de conversation réalisées avec ces groupes d'enfants après l'observation de leurs classes de langue étrangère. Avant ce moment de discussion, les participants ont aussi répondu à des questionnaires et ont fait des dessins sur le thème. Les analyses révèlent que les enfants ont beaucoup à dire à propos de l'apprentissage des langues étrangères à l'école. Cette analyse énonciative, fondée sur la théorie bakhtinienne du langage, a permis de relever que les représentations des enfants sur l'apprentissage des langues semblent être très marquées par la présence d'une parole autoritaire qui les fait souvent réitérer des conceptions liées à une fonction essentiellement utilitaire de l'apprentissage de cette discipline. Pourtant, au fur et à mesure que le dialogue évolue, les enfants commencent progressivement à rapporter des expériences individuelles concernant les langues étrangères et, alors, quelques-uns de ces énoncés révèlent une reconnaissance de la valeur de cet apprentissage pour des aspects plus vastes de leur formation. Mots-clés: Enfants. Langue étrangère. Analyse du discours. Bakhtine.178 f. : il., algumas color.application/pdfDisponível em formato digitalEducaçãoLíngua estrangeira - Estudo e ensinoAnálise do discursoCrianças - Conhecimentos e aprendizagemPor que aprendemos línguas estrangeiras? : com a palavra, as criançasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - GABRIELLA FRALETTI DE SOUZA RUBBO.pdfapplication/pdf6419046https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/45947/1/R%20-%20D%20-%20GABRIELLA%20FRALETTI%20DE%20SOUZA%20RUBBO.pdf6b09ab68ae5a0ee72c3032fc72db67a7MD51open access1884/459472020-12-15 16:46:23.592open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/45947Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082020-12-15T19:46:23Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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