Impactos silviculturais, ambientais e econômicos do descarte de resíduos de madeira em plantios de Pinus Elliotii

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Posonski, Marcelo
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/3177
Resumo: O presente trabalho de pesquisa teve como principal objetivo analisar os impactos silviculturais, econômicos e ambientais do descarte de resíduos de madeira em plantios comerciais de Pinus elliottii. A pesquisa foi realizada em duas unidades de manejo florestal pertencentes a MOBASA – Modo Battistella Reflorestamento S.A., situada em Rio Negrinho – SC. Para a realização das análises foram instalados dois experimentos, sendo eles: (I) análise do descarte de resíduos (casca suja) em plantios adultos; (II) análise do descarte de resíduos (casca suja e cinza de caldeira) em plantios jovens. A análise dos aspectos silviculturais foi realizada com base na incorporação de nutrientes pelo solo, pelas plantas e no incremento em volume do plantio. Quando analisado o solo, os resultados indicaram que, aparentemente, a decomposição dos resíduos não provocou uma alteração significativa em sua composição química. Com relação à incorporação de nutrientes pela planta, houve aumento da concentração principalmente de fósforo e cálcio, tanto no alburno, quanto nas cascas e nas acículas. Os resultados também demonstraram que nos tratamentos onde existiam cascas o volume médio das árvores foi superior ao da testemunha e à média do talhão onde foi instalado o experimento, porém não ficou evidenciado que este resultado é conseqüência direta da decomposição das cascas. Os resultados do experimento em plantios jovens demonstraram que, em relação ao controle da matocompetição, o aumento do volume de cascas incide na redução progressiva do nível de infestação por plantas indesejáveis por hectare, em razão de formar uma camada de material sobre o solo, impedindo a passagem de luz e o livre desenvolvimento destas plantas. Considerando os mesmos resultados, a avaliação econômica mostrou que, em áreas sem cascas, os custos de controle da matocompetição (roçada e aplicação de herbicida em área total) para o primeiro ano de plantio são quatro vezes maiores em relação a áreas com cascas. Porém, quando computados os custos de transporte e distribuição de resíduos, o custo em áreas com cascas foi 71 vezes superior ao custo de áreas sem cascas. Quando realizada a simulação entre os custos em diferentes distâncias de transporte e o incremento ideal obtido pela floresta para que este seja, no mínimo, igual aos custos de transporte e distribuição, concluiu-se que, considerando a distância mínima de 10 Km (ida e volta), a floresta deverá apresentar um incremento médio 6% superior para se equiparar aos custos. A análise ambiental demonstrou que todos os impactos ambientais negativos são comuns em áreas com ou sem cascas (operações ligadas ao controle da matocompetição e ao descarte de resíduos). Porém, quando analisados os resultados dos experimentos I e II, a aplicação de resíduos apresenta impactos ambientais positivos, como a redução da quantidade de herbicida utilizada por hectare, redução da área a ser roçada e o aumento da concentração de nutrientes no solo e nas árvores
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