Morfodinâmica praial associada a sangradouros no município de Pontal do Paraná
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/31757 |
Resumo: | Resumo: Nas praias oceânicas do município de Pontal do Paraná encontram-se diversos corpos aquosos, denominados sangradouros, que drenam a água acumulada na planície de cordões litorâneos regressivos. Os sangradouros influem de forma direta na morfodinâmica dessas praias erodindo o pós-praia e transportando esses sedimentos ao longo do perfil. O objetivo desse trabalho foi analisar e caracterizar a morfodinâmica das praias oceânicas do município de Pontal do Paraná que se encontram sob influência de sangradouros, levando em consideração as forçantes oceanográficas e meteorológicas atuantes nesses locais, evidenciando seu papel na dinâmica praial do litoral do estado do Paraná. Para tanto foram efetuados perfis praias nos balneários Barrancos (PBA; 25º36'S/48º24'W) e Olho D?Água (POA; 25º38'S/48º25'W) com malhas regulares de 19.250 m² e 25.410 m², respectivamente, recobrindo toda a área de influência das desembocaduras dos sangradouros. Essa malha foi delimitada para observar as mudanças morfológicas e volumétricas ocorridas ao longo de seis meses de estudo. Além disso, foram amostrados sedimentos no interior e nas adjacências da calha ativa dos sangradouros a fim de se observar mudanças nos padrões granulométricos em relação à localização dos perfis e ao período de estudo. Foram feitas medições de fluxo e captura de sedimentos para o calculo de quantificação do transporte por carga de fundo (qt). Para um estudo integrado das forçantes oceanográficas e meteorológicas foram adquiridos dois conjuntos de dados que influem na morfodinâmica local. A análise dos dados morfológicos e os volumes dos perfis foram obtidos pela elaboração de modelos digitais de elevação (MDEs) através da interpolação por krigagem. As análises granulométricas foram feitas pelo método do peneiramento obtendo-se os parâmetros estatísticos granulométricos. A variabilidade dos estados morfodinâmicos foi calculada através dos métodos do parâmetro escalar de surfe (surf-scaling parameter; ?), do parâmetro adimensional de Dean (?) o e o número de Iribarren (?b). Os perfis PBA e POA tiveram comportamentos morfodinâmicos variando entre intermediário e dissipativo, onde observou-se uma tendência de perfis dissipativos na calha ativa dos sangradouros e de segmentos intermediários nas adjacências, sendo que não foi observado um padrão para os estágios ao longo do período de estudo. As modificações morfológicas nos perfis devem-se à ação conjunta das ondas e dos fluxos dos sangradouros. Ocorreu uma tendência à deposição de sedimentos na porção S das áreas amostradas, levando ao desenvolvimento de feições como uma berma no PBA e uma barra arenosa longitudinal no POA. Na porção N notou-se a erosão do sopé das dunas frontais e a migração da calha ativa dos sangradouros para esse quadrante em ambos os perfis. Com a incidência de 10 eventos seguidos de ressacas ocorreu o fechamento das desembocaduras dos sangradouros. No POA ocorreu a abertura artificial da desembocadura do sangradouro, devido à relatos de alagamento por parte de moradores e pescadores da comunidade local. Os sedimentos encontrados nas extremidades das áreas amostradas e nas calhas ativas dos sangradouro foram num geral areias finas e muito finas, bem e muito bem selecionadas. O transporte efetuado pelos sangradouros foi significativo atingindo valores médios de 2,39 X 10-6 m³.m-1.s-1 no PBA e 2,92 m³.m-1.s-1 no POA. Esse transporte levou à formação de "deltas" próximo à linha de água. No PBA no mês de julho foi observado um "delta" com cerca de 600 m³ de volume depositado. Durante os seis meses de estudo, não foi observado um padrão de períodos erosivos e deposicionais nas áreas estudas. Num geral ocorreu erosão no PBA de 7.877 m³ e deposição no POA de 4.912 m³. |
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Para tanto foram efetuados perfis praias nos balneários Barrancos (PBA; 25º36'S/48º24'W) e Olho D?Água (POA; 25º38'S/48º25'W) com malhas regulares de 19.250 m² e 25.410 m², respectivamente, recobrindo toda a área de influência das desembocaduras dos sangradouros. Essa malha foi delimitada para observar as mudanças morfológicas e volumétricas ocorridas ao longo de seis meses de estudo. Além disso, foram amostrados sedimentos no interior e nas adjacências da calha ativa dos sangradouros a fim de se observar mudanças nos padrões granulométricos em relação à localização dos perfis e ao período de estudo. Foram feitas medições de fluxo e captura de sedimentos para o calculo de quantificação do transporte por carga de fundo (qt). Para um estudo integrado das forçantes oceanográficas e meteorológicas foram adquiridos dois conjuntos de dados que influem na morfodinâmica local. A análise dos dados morfológicos e os volumes dos perfis foram obtidos pela elaboração de modelos digitais de elevação (MDEs) através da interpolação por krigagem. As análises granulométricas foram feitas pelo método do peneiramento obtendo-se os parâmetros estatísticos granulométricos. A variabilidade dos estados morfodinâmicos foi calculada através dos métodos do parâmetro escalar de surfe (surf-scaling parameter; ?), do parâmetro adimensional de Dean (?) o e o número de Iribarren (?b). Os perfis PBA e POA tiveram comportamentos morfodinâmicos variando entre intermediário e dissipativo, onde observou-se uma tendência de perfis dissipativos na calha ativa dos sangradouros e de segmentos intermediários nas adjacências, sendo que não foi observado um padrão para os estágios ao longo do período de estudo. As modificações morfológicas nos perfis devem-se à ação conjunta das ondas e dos fluxos dos sangradouros. Ocorreu uma tendência à deposição de sedimentos na porção S das áreas amostradas, levando ao desenvolvimento de feições como uma berma no PBA e uma barra arenosa longitudinal no POA. Na porção N notou-se a erosão do sopé das dunas frontais e a migração da calha ativa dos sangradouros para esse quadrante em ambos os perfis. Com a incidência de 10 eventos seguidos de ressacas ocorreu o fechamento das desembocaduras dos sangradouros. No POA ocorreu a abertura artificial da desembocadura do sangradouro, devido à relatos de alagamento por parte de moradores e pescadores da comunidade local. Os sedimentos encontrados nas extremidades das áreas amostradas e nas calhas ativas dos sangradouro foram num geral areias finas e muito finas, bem e muito bem selecionadas. O transporte efetuado pelos sangradouros foi significativo atingindo valores médios de 2,39 X 10-6 m³.m-1.s-1 no PBA e 2,92 m³.m-1.s-1 no POA. Esse transporte levou à formação de "deltas" próximo à linha de água. 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Resumo: Nas praias oceânicas do município de Pontal do Paraná encontram-se diversos corpos aquosos, denominados sangradouros, que drenam a água acumulada na planície de cordões litorâneos regressivos. Os sangradouros influem de forma direta na morfodinâmica dessas praias erodindo o pós-praia e transportando esses sedimentos ao longo do perfil. O objetivo desse trabalho foi analisar e caracterizar a morfodinâmica das praias oceânicas do município de Pontal do Paraná que se encontram sob influência de sangradouros, levando em consideração as forçantes oceanográficas e meteorológicas atuantes nesses locais, evidenciando seu papel na dinâmica praial do litoral do estado do Paraná. Para tanto foram efetuados perfis praias nos balneários Barrancos (PBA; 25º36'S/48º24'W) e Olho D?Água (POA; 25º38'S/48º25'W) com malhas regulares de 19.250 m² e 25.410 m², respectivamente, recobrindo toda a área de influência das desembocaduras dos sangradouros. Essa malha foi delimitada para observar as mudanças morfológicas e volumétricas ocorridas ao longo de seis meses de estudo. Além disso, foram amostrados sedimentos no interior e nas adjacências da calha ativa dos sangradouros a fim de se observar mudanças nos padrões granulométricos em relação à localização dos perfis e ao período de estudo. Foram feitas medições de fluxo e captura de sedimentos para o calculo de quantificação do transporte por carga de fundo (qt). Para um estudo integrado das forçantes oceanográficas e meteorológicas foram adquiridos dois conjuntos de dados que influem na morfodinâmica local. A análise dos dados morfológicos e os volumes dos perfis foram obtidos pela elaboração de modelos digitais de elevação (MDEs) através da interpolação por krigagem. As análises granulométricas foram feitas pelo método do peneiramento obtendo-se os parâmetros estatísticos granulométricos. A variabilidade dos estados morfodinâmicos foi calculada através dos métodos do parâmetro escalar de surfe (surf-scaling parameter; ?), do parâmetro adimensional de Dean (?) o e o número de Iribarren (?b). Os perfis PBA e POA tiveram comportamentos morfodinâmicos variando entre intermediário e dissipativo, onde observou-se uma tendência de perfis dissipativos na calha ativa dos sangradouros e de segmentos intermediários nas adjacências, sendo que não foi observado um padrão para os estágios ao longo do período de estudo. As modificações morfológicas nos perfis devem-se à ação conjunta das ondas e dos fluxos dos sangradouros. Ocorreu uma tendência à deposição de sedimentos na porção S das áreas amostradas, levando ao desenvolvimento de feições como uma berma no PBA e uma barra arenosa longitudinal no POA. Na porção N notou-se a erosão do sopé das dunas frontais e a migração da calha ativa dos sangradouros para esse quadrante em ambos os perfis. Com a incidência de 10 eventos seguidos de ressacas ocorreu o fechamento das desembocaduras dos sangradouros. No POA ocorreu a abertura artificial da desembocadura do sangradouro, devido à relatos de alagamento por parte de moradores e pescadores da comunidade local. Os sedimentos encontrados nas extremidades das áreas amostradas e nas calhas ativas dos sangradouro foram num geral areias finas e muito finas, bem e muito bem selecionadas. O transporte efetuado pelos sangradouros foi significativo atingindo valores médios de 2,39 X 10-6 m³.m-1.s-1 no PBA e 2,92 m³.m-1.s-1 no POA. Esse transporte levou à formação de "deltas" próximo à linha de água. No PBA no mês de julho foi observado um "delta" com cerca de 600 m³ de volume depositado. Durante os seis meses de estudo, não foi observado um padrão de períodos erosivos e deposicionais nas áreas estudas. Num geral ocorreu erosão no PBA de 7.877 m³ e deposição no POA de 4.912 m³. |
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