Biologia de Aegla schmitti Hobbs III, 1979 (Crustacea, Anomura, Aeglidae) em reservatórios dos mananciais da serra, Piraquara, Estado do Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teodósio, Érico Augusto Ferri Maranezzi Oliveira
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/10270
Resumo: Orientadora : Setuko Masunari
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spelling Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em ZoologiaMasunari, Setuko, 1948-Teodósio, Érico Augusto Ferri Maranezzi Oliveira2023-09-11T18:44:16Z2023-09-11T18:44:16Z2007https://hdl.handle.net/1884/10270Orientadora : Setuko MasunariDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Defesa: Curitiba, 2007Inclui bibliografiaArea de concentração: ZoologiaResumo: Uma descrição da biologia de Aegla schmitti Hobbs III, 1979 (Crustacea, Anomura, Aeglidae) ocorrente em dois reservatórios dos Mananciais da Serra, Piraquara, PR (25°29’S; 48°58’W) foi realizada nos seguintes aspectos: estrutura populacional, crescimento relativo e morfologia dos primeiros dois estágios juvenis. A estrutura populacional foi tratada nos seguintes itens: variação temporal da abundância, proporção de sexos, período reprodutivo e distribuição do comprimento da carapaça (CC). As coletas foram realizadas mensalmente de novembro/2004 a janeiro/2006. Foram amostrados 1.230 indivíduos, sendo 819 machos, 411 fêmeas (30 ovígeras). A abundância variou de 23 (dezembro/04) a 122 (junho/05) com proporção de sexos de 1:0,5 (machos : fêmeas). A maior abundância de caranguejos observada no Reservatório Carvalho deve-se à presença de numerosas frestas nas paredes envelhecidas dos tanques que serviram de abrigo para estes animais. As fêmeas ovígeras ocorreram de abril/05 a novembro/05. Os machos mediram de 4,38 a 36,46mm CC e as fêmeas, de 4,28 a 32,56mm CC. A. schmitti reproduz durante os meses mais frios e os juvenis eclodem nos meses de primavera, como a maioria das espécies de Aegla das regiões Sul e Sudeste do Brasil. A longevidade da espécie foi estimada em 48 meses. A análise do crescimento relativo de A. schmitti foi baseada nas medidas de comprimento (CC) e largura da carapaça (LC), largura da quela (LQ) e comprimento do abdome (CAB). Usou-se o CC como dimensão referência. Regressões lineares foram feitas pelo método dos mínimos quadrados para testar o crescimento alométrico. Machos e fêmeas apresentaram crescimento isométrico na relação CC x LC. Em machos, a LQ apresentou mudança abrupta no crescimento em 17,53mm CC, um marco indicando o início da fase adulta. Ainda, nos machos, o abdome tem crescimento isométrico durante toda a ontogenia, enquanto nas fêmeas, um crescimento alométrico positivo até o ponto de inflexão (18,10 mm CC), após o qual, o crescimento foi isométrico. Estes parâmetros (LQ nos machos e LA nas fêmeas) estão relacionados com as atividades reprodutivas de cada sexo. O tamanho na primeira maturação é diretamente proporcional ao tamanho máximo que os animais de as espécies de Aegla atingem. Em A. schmitti, a heteroquelia é predominantemente sinistra a qual foi registrada em 77,9% dos machos e em 79,8% das fêmeas. A descrição do primeiro e segundo estágios juvenis de A. schmitti foi baseada em exemplares obtidos em laboratório. Fêmeas ovígeras coletadas nos Mananciais da Serra foram mantidas em laboratório até a eclosão dos juvenis I (JI); destes, apenas os juvenis II (JII) foram obtidos, os quais cresceram 21% no comprimento da carapaça em relação ao estágio anterior. Os juvenis foram dissecados e os apêndices desenhados e descritos. Os apêndices que apresentaram maiores diferenças entre JI e JII foram: antena, primeiro, segundo e terceiro maxilípodos, telso e urópodo. Diferente das outras espécies de aeglídeos estudadas, o JI de A. schmitti apresenta um telso com sutura longitudinal incompleta. Devido aos apêndices altamente desenvolvidos, os juvenis de aeglídeos devem ser totalmente capazes de obter alimento no ambiente natural e de realizar comportamentos de limpeza.A study of the biology of the freshwater anomuran crab Aegla schmitti Hobbs III, 1979 (Crustacea Anomura Aeglidae) living at Mananciais da Serra reservoirs, Piraquara city, Paraná State, Brazil (25°29’S; 48°58’W) was carried out in the following aspects: description of population structure, relative growth and morphological description of the newly hatched Juvenile I and Juvenile II that was obtained after the first ecdysis. In the study of population structure, the following items were treated: temporal fluctuation of the abundance, sexual proportion, reproductive period and size composition based on the carapace length (CC). Collections were performed, monthly, from November/2004 to January/2006. A total of 1,230 individuals were analyzed, among which, 819 males, 411 females (30 ovigerous). The abundance varied from 23 (December/04) to 122 (June/05) crabs, with sexual proportion of 1:0,5 (males : females). Higher crab abundance in the Carvalho Reservoir is related to the presence of numerous breaches on old tank walls that functioned as shelters for these animals. Ovigerous females occurred from April/05 to November/05. Males measured from 4.38 to 36.46mm CC and the females, from 4.28 to 32.56mm CC. A. schmitti reproduces during colder months and juveniles hatch mainly in spring, as majority of Aegla species occurring in southeastern and southern Brazil. The mean life span of the species was estimated in 48 months. The relative growth of A. schmitti was described based on the carapace length (CC) and carapace width (LC), cheliped width (LQ) and abdomen length (LA). The CC was the reference measure. Regressions were made by the minimum squares method in order to test the allometric growth. Males and females showed isometric carapace growth (CC x LC). Among males, the largest chela presented abrupt change in the width at 17,53mm CL, that indicates the size at which the adult stage has began. Furthermore, the abdomen presented isometric growth along the whole ontogeny. On the other hand, females’ abdomen had a positive allometric growth till 18,10mm LA, when it became isometric. The inflections in the relative growth curves are related to reproductive cycle, and the values for A. schmitti are highest among aeglid species, as this species attain greater size than those known in the literature. A. schmitti is left handed: this happens in 77,9% of males and 79,8% of females. The description of 1st and 2nd juvenile stages of A. schmitti was based on specimens obtained in laboratory. Ovigerous females coming from Mananciais da Serra were maintained in laboratory until the hatchling of juvenile I (JI). From these, only juvenile II stage (JII) was obtained that grew 21% in the carapace length in relation to the previous stage. Juveniles were dissected, appendages were drawn and described. The appendages that presented larger differences between JI and JII were: antenna, 1st, 2nd and 3rd maxillipeds, telson and uropods. Different from other aeglids, JI of A. schmitti presents a telson with incomplete longitudinal suture. Due to highly developed appendages, aeglid juveniles are totally able to take food from nature and to grooming themselves.xiv, 45f. : il. algumas color., grafs.application/pdfDisponível em formato digitalTesesZoologiaCaranguejos de agua doceZoologiaReservatorios - Piraquara (PR)Biologia de Aegla schmitti Hobbs III, 1979 (Crustacea, Anomura, Aeglidae) em reservatórios dos mananciais da serra, Piraquara, Estado do Paranáinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALBiologia de Aegla schmitti.pdfapplication/pdf1528909https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/10270/1/Biologia%20de%20Aegla%20schmitti.pdfc05c36256522691228cbdb2de3dadecdMD51open accessTEXTBiologia de Aegla schmitti.pdf.txtExtracted Texttext/plain118008https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/10270/2/Biologia%20de%20Aegla%20schmitti.pdf.txt23312c363a4a9b3a6222ae8855ebe974MD52open accessTHUMBNAILBiologia de Aegla schmitti.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1748https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/10270/3/Biologia%20de%20Aegla%20schmitti.pdf.jpgbabc6d6bf0f80abfd782635b627dc18dMD53open access1884/102702023-09-11 15:44:16.449open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/10270Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082023-09-11T18:44:16Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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