Estudo sorológico da infeccção por Leptospira spp. em uma área de ocupação irregular e de alto risco para a doença em cães em Curitiba, PR.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPR |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1884/26048 |
Resumo: | Resumo: A leptospirose é uma importante zoonose reemergente, de ocorrência mundial, causada por bactérias do gênero Leptospira spp. É uma doença infecto-contagiosa de caráter agudo, que acomete o homem, animais domésticos e silvestres. O principal reservatório da leptospira é a ratazana, Rattus norvegicus, porém, entre os animais domésticos o cão desempenha um importante papel no ciclo epidemiológico da doença, devido à sua capacidade em eliminar o agente pela urina por vários meses, assumindo então a condição de reservatório. A leptospirose tornou-se uma das causas de epidemias em comunidades carentes dos países em desenvolvimento, assumindo grande importância como problema de saúde pública. O controle e a prevenção baseiam-se em ações de educação em saúde da população, melhorias nas suas condições sanitárias e monitoramento dos reservatórios envolvidos no ciclo da doença. Inicialmente, apresenta-se um capítulo de revisão bibliográfica sobre a soroprevalência da infecção em cães, ressaltando os aspectos epidemiológicos nos diferentes estados brasileiros e países do mundo, evidenciando-se a sua condição de endemicidade. Posteriormente, relatam-se dois trabalhos realizados na Vila Pantanal, localizada no município de Curitiba, Paraná, área de ocupação irregular, com carência em saneamento básico, sujeita a ocorrência de enchentes e com histórico importante de leptospirose humana nos últimos anos. O primeiro estudo estabeleceu a soroprevalência de anticorpos para Leptospira spp. na espécie canina, no qual foram coletadas 379 amostras de sangue para realização do Teste de Soroaglutinação Microscópica (SAM). Obteve-se uma soroprevalência de 9,2% e os sorovares predominantes foram o Canicola (27,7%), Bratislava (21,3%) e Icterohaemorrhagiae (15,0%). Os dados foram georreferenciados e com base nas análises efetuadas, foi possível observar a distribuição aleatória da infecção por Leptospira spp. em cães na Vila Pantanal. No segundo estudo realizado em janeiro de 2010, foram coletadas amostras de sangue do mesmo grupo de cães utilizado em outubro de 2009. Das 287 amostras, 16,0% foram soropositivas e os sorovares predominantes foram o Canicola com 55,4%, Icterohaemorrhagiae e Grippotyphosa, com 8,9% cada um. A relação entre as soroprevalências obtidas e a variação da precipitação mensal foi avaliada durante o período do estudo. Verificou-se que o aumento da soroprevalência acompanhou o aumento da precipitação. Embora tenha se observado uma maior soroprevalência da doença nos meses de verão, fortemente influenciada pelo regime pluviométrico, a ocorrência da infecção em cães envolve uma multiplicidade de fatores, destacando-se os de ordem sócio-econômica e ambiental. |
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