Efeitos da glutamina no sistema monomorfonuclear de fagocitos, na ictericia obstrutiva
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Data de Publicação: | 1995 |
Tipo de documento: | Tese |
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Texto Completo: | https://hdl.handle.net/1884/8268 |
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Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da SaúdeMalafaia, Osvaldo, 1944-Rohrig, Clovis Eurico2022-11-17T19:43:14Z2022-11-17T19:43:14Z1995https://hdl.handle.net/1884/8268Orientador: Osvaldo MalafaiaTese (doutorado) - Universidade Federal do Parana, Setor de Ciencias da SaudeResumo: Sabe-se que a icterícia obstrutiva produz depressão funcional no sistema reticulo-endotelial. A transmigração de endotoxinas para o sangue pode depender de alterações na barreira mucosa. A glutamina é nutriente essencial ao epitélio intestinal. Deseja-se testar se a glutamina complementar a dieta conserva a função de SRE e mantém a integridade da mucosa intestinal, na icterícia obstrutiva. Para tanto, estudaram-se 48 ratos Wistar, machos, com peso médio de 290,04±7,64 g, divididos em dois grupos de acordo com a dieta: ração e ração mais glutamina. Cada grupo foi subdividido em quatro subgrupos: controle, 7 dias, 14 dias e 21 dias de colestase. No dia dos testes, injetaram-se bactérias ( ATCC 25922 ) marcadas com 131I ( 0,8 a 1,0 x 10^9) em veia periférica. Obtiveram-se amostras de 0,2 ml de sangue da veia cava inferior, aos 30 seg., 1, 2, 4, 6, 8, 10, 12 e 15 min., destinadas à determinação das contagens por minuto ( cpm ), numa unidade de captação nuclear, acoplada a um poço de cintilação de 2 polegadas. Realizaram-se regressões exponenciais com os valores das amostras dos primeiros 6 minutos, ajustadas pelos mínimos quadrados, cujos coeficientes angulares representaram os indices de fagocitose. Demonstrou-se, pela análise desses índices, que houve deficiência funcional progressiva dos fagócitos, a medida em que progrediu a colestase. No grupo tratado com glutamina isto não ocorreu, pois os índices de fagocitose permaneceram idênticos aos dos controles Confirmaram-se os fatos acima através das medidas das cpm realizadas diretamente nos órgãos. Assim, houve captação decrescente, no conjunto de orgãos estudados, relacionada ao tempo de icterícia No grupo da glutamina, a captação total se manteve idêntica a dos controles. O orgão que mais captou as bactérias do inóculo foi o fígado, com 70% nos controles e 44 % após três semanas de icterícia. Nos animais tratados com glutamina, essa capacidade continuou em 70% após o mesmo tempo de evolução da icterícia. Em ambos os grupos os pulmões se comportaram como orgãos de compensação A participação do baço não apresentou variações, mas, o linfonodo mesentérico teve captação significativamente menor no grupo da glutamina. Neste grupo, também, as alterações da mucosa intestinal foram significativamente menores. Interpretaram-se esses fatos como indicativos de que a glutamina protegeu a mucosa intestinal, diminuindo, desta forma a ativação dos fagócitos dos linfonodos, ao mesmo tempo que conservou a função dos fagócitos do fígado e do pulmão O número de fagócitos desses órgãos, entretanto, aumentou. Por isso, mediram-se os cpm por grama de tecido desses orgãos. Notou-se, desta forma, diminuição progressiva na captação das bactérias inoculadas, no fígado e no baço, ainda que significativamente menos acentuada, no grupo da glutamina, do que no grupo da ração O pulmão, que por unidade do seu peso, não sofreu a influência da colestase, no grupo da ração, também não obteve benefícios da glutamina na segunda e terceira semanas de icterícia. Somente no final da terceira semana houve atenuação da capacidade de captação de bactérias, provavelmente por coincidirem a integridade da mucosa (semelhante a dos controles) e a preservação funcional do linfonodo. Esses resultados indicam que houve interdependência parcial dos fagócitos em relação à integridade da mucosa intestinal. Houve, provávelmente, uma ação direta da glutamina no sistema retículo endotelial capaz de proliferar o número de macrófagos pulmonares e, talvez, manter grande parte da função dos demais fagócitos, principalmente na primeira e na segunda semanas de evolução da colestase.Abstract: Forty eight Wistar male rats with 290,04± 7,64 g of average weight, divided in two groups according the diet; ration and ration plus glutamine were studied. Each group wrere divided in four sub-groups; control, 7 days, 14 days and 21 days of cholestasis. In the tests’ day I131 marked bacteria (ATCC 25922) (0,8 a 1,0 x 10 9) were injected in a peripheral vein, Blood samples (0,2 ml) were drawn from inferior vena cava at 30 seconds, 1, 2, 4, 6, 8, 10, 12 and 15 minutes, to determine the counts per minute (cpm), in a nuclear captation unit, coupled with a 2 inches scintillation well. Exponential regressions were achieved with the six first measures, adjusted by the minimum square, which angular coefficients represented the phagocytosis indexes The cpm were measured by readings realized directly from the tested organs, removed from the animals at the end of the tests. The phagocytosis indexes indicated progressive deficiency in the phagocytosis capacity, as the cholestasis progressed. In the glutamine treated group this did not occur and the phagocytosis indexes remained identical to the controls. The reflex of this picture was identified in the direct measures in the organs. So, there was decreased captation, in the pool of organs, related to the jaundice time. In the glutamine group the total captation remained identical to the controls. The liver was the organ that more captured the inoculum , with 70% in the controls and 44% after three weeks of jaundice. In the glutamine treated animals this capacity remained in 70% after the same time of evolution. In both groups the lungs functioned as compensation organs. The spleen participation did not present variations, but, the mesenteric lymphnode presented significantly less captation in the glutamine group. In this group, also, the intestinal mucosa alterations were significantly smaller. These facts seem to indicate that the glutamine in protecting the intestinal mucosa diminishes the activation of lymphnodes phagocytes, at the same time that conserved the liver’s and lung’s phagocytes function., although its number had increased as much in the liver as in the lung. Measuring the cpm per gram of tissue from these organs it was observed that there was progressive diminution from the liver’s and lung’s phagocytes activity , though significantly less pronounced in the glutamine group related to the ration group. The mesenteric lynphnode had similar behavior per gram of tissue as well as whole organ. The lung’s phagocytosis capacity per gram of tissue that remained similar during the jaundice observation, in the glutamine group, presented significantly reduction of its capacity only in the third week. These results indicate that there is partial interdependency of phagocytes in relation to the intestinal mucosa integrity. There is, also, probably, a glutamine direct action in the reticuloendothelial system apt to proliferate the number of pulmonary macrophages and, perhaps, to maintain great part of the others phagocytes function, mainly in the first and second weeks of jaundice’s evolution.90f. : il. color., grafs., tabs. ; 29cm.application/pdfDisponivel em formato digitalColestasiaGlutaminaEfeitos da glutamina no sistema monomorfonuclear de fagocitos, na ictericia obstrutivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALCLOVIS EURICO ROHRIG_1995.pdfapplication/pdf22399453https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/8268/1/CLOVIS%20EURICO%20ROHRIG_1995.pdf05fc3dadf1db6c2bf878e2c473b07fceMD51open accessTEXTCLOVIS EURICO ROHRIG_1995.pdf.txtExtracted Texttext/plain186022https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/8268/2/CLOVIS%20EURICO%20ROHRIG_1995.pdf.txt4f2af767f6a7a6cc887050471f370ab2MD52open accessTHUMBNAILCLOVIS EURICO ROHRIG_1995.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1143https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/8268/3/CLOVIS%20EURICO%20ROHRIG_1995.pdf.jpg9cc1a4f01ce9c33016cc5c0abc28a085MD53open access1884/82682022-11-17 16:43:14.293open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/8268Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-11-17T19:43:14Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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