Puberdade e estatura final de pacientes com hipotireoidismo congênito detectado por triagem neonatal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira, Rodrigo Bruel da
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/35410
Resumo: Resumo: Os hormônios tireoidianos são essenciais para o crescimento normal. Baixa estatura e atraso puberal são consequências do hipotireoidismo sem tratamento adequado. No Estado do Paraná, a triagem neonatal (TN) para hipotireoidismo congênito (HC) é realizada pela Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional desde 1990, e todas as crianças detectadas eram encaminhadas à Unidade de Endocrinologia Pediátrica do Departamento de Pediatria da Universidade Federal do Paraná e acompanhadas sob o mesmo protocolo. Este trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento e o desenvolvimento puberal de pacientes com HC diagnosticado por TN. A população do estudo originou-se de 758 crianças com TN positiva e constituiu-se de 174 pacientes (123 do sexo feminino). A mediana da idade cronológica (IC) no início do tratamento foi 24 dias e a dose média inicial de levotiroxina (l-T4) 11,7 ± 1,9 ?g/kg/dia. Quanto à etiologia, 76% tinham disgenesia e 24% disormonogênese. O controle laboratorial de acordo com os valores de T4 foi considerado adequado em todas as idades, porém a proporção de pacientes com TSH acima dos valores de referência aumentou com o avançar da puberdade, chegando a 44,6% nas meninas no período da menarca. A média da IC no início da puberdade (IP) dos meninos foi 11,5 ± 1,3 anos. A média da estatura (E) no IP dos meninos foi 144,2 ± 6,2 cm. Quinze meninos alcançaram a E final. A média da E final dos meninos foi 172,3 ± 7,0 cm (escore Z: -0,01) e acima da estatura alvo (EA) (p<0,01). A média da IC no IP das meninas foi 9,7 ± 1,2 anos. A média da E no IP das meninas foi 136,9 ± 6,8 cm. A média da IC de 81 meninas na menarca foi 12,1 ± 1,1 anos e a IO foi 12,9 ± 0,9 anos, com diferença significativa (p = 0,01). A média da E na menarca foi 153,7 ± 6,5 cm. A média da E final de 66 meninas foi 160,1 ± 5,9 cm (escore Z: -0,09), acima da EA (p < 0,001). A porcentagem de obesidade e sobrepeso foi menor que o relatado em Curitiba. Os meninos com valor de TSH < 4,67mU/L no IP apresentaram escore Z da E final maior que os meninos com TSH > 4,67mU/L (p= 0,04). Não houve correlação do escore Z de estatura no IP e na última avaliação com a idade de início de tratamento, dose da l-T4, T4 e TSH pré-tratamento, etiologia do HC e escore Z da EA. Os escores Z de estatura no IP e da E final dos meninos e das meninas e, destas na menarca, foram maiores do que os escores Z da EA. O crescimento e a evolução puberal dos pacientes deste estudo não diferem dos estudos de crianças brasileiras normais e de grupos de crianças com HC publicados na literatura.
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