Estudos comportamentais de flebotomíneos (Diptera : Psychodidae : Phlebotominae) em área endêmica de Leishmaniose Tegumentar Americana no estado do Paraná, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, André Luiz
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/41264
Resumo: Orientadora : Profª Drª Edilene Alcântara de Castro
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spelling Gonçalves, André LuizSouza, Nataly Araujo de, 1957-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Microbiologia, Parasitologia e Patologia BásicaCastro, Edilene Alcântara de2016-01-26T17:10:22Z2016-01-26T17:10:22Z2014http://hdl.handle.net/1884/41264Orientadora : Profª Drª Edilene Alcântara de CastroCo-orientadora : Drª Nataly Araújo de SouzaTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ciencias Biológicas (Microbiologia, Parasitologia e Patologia Básica). Defesa: Curitiba, 29/11/2014Inclui referências : f. 75-108Resumo: Algumas espécies de protozoários do gênero Leishmania Ross, 1903 são causadores da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) no Novo Mundo, incluindo o Brasil, e são transmitidos por flebotomíneos do gênero Lutzomyia França, 1924 (Psychodidae: Phlebotominae). A LTA, endêmica no Paraná, tem o Vale do Rio Ribeira de Iguape como uma das suas principais áreas de transmissão neste estado. No município de Adrianópolis, a ocorrência da doença apresenta uma média de 11 casos em humanos por ano desde 2007, e a espécie patogênica é Leishmania (Viannia) braziliensis. Em Epitácio Pessoa, localidade da área rural de Adrianópolis, ocorreram casos de LTA, constituindose portanto na área de estudo do presente trabalho. Com o objetivo de verificar a diversidade, a variação populacional por ecótopo, frequência horária e abundância dos flebotomíneos de acordo com as estações climáticas, procederam-se coletas destes vetores na área mencionada. Para tanto, armadilhas do tipo CDC foram instaladas no peridomicílio, domicílio e mata, entre outubro de 2010 e janeiro de 2011, e a armadilha de Shannon foi utilizada entre a Primavera de 2012 e o Inverno de 2013. Uma parte dos flebotomíneos coletados foram dissecados para a pesquisa de infecção natural por Leishmania. Os flebotomíneos coletados foram identificados conforme as suas características morfológicas, e analisados estatisticamente por meio do Teste de qui-quadrado, Teste Z para duas proporções e foram calculados os índices de abundância ISA (Índice de Abundância Específico) e SISA (Índice de Abundância Específico Padronizado). Lutzomyia (Nyssomyia) intermedia foi a espécie mais abundante, representando 99,11% dos flebotomíneos coletados com as armadilhas CDC e 99,34% dos coletados com armadilha de Shannon. Esteve presente em todos os ecótopos, com maior prevalência no peridomicílio, que por constituir um ambiente modificado pela ação humana é um ecótopo que permite a seleção desta espécie. Os flebotomíneos prevaleceram nas épocas quentes (Verão e Primavera), o que denota para estes períodos maior risco de transmissão de L. (V.) braziliensis. Lutzomyia (N.) intermedia apresentou um padrão de aumento da sua densidade até a metade da noite, para em seguida entrar em declínio. Lutzomyia (Pintomyia) fischeri foi coletada praticando hematofagia na segunda metade da noite, quando esta espécie foi capturada em maior número. Apesar de nenhum dos flebotomíneos dissecados ter apresentado infecção pelo protozoário, é possível afirmar que L. (N.) intermedia e L. (P.) fischeri possam estar atuando como vetores na área estudada. A primeira, por apresentar densidade crescente no início da noite, no peridomicílio, e no domicílio na segunda metade, quando passaria a frequentar este ecótopo na busca de abrigo. A segunda, suspeita-se que possa ser a vetora secundária de L. (V.) braziliensis, pela baixa densidade mas com ocorrência no período final da noite e início da manhã, quando os trabalhadores rurais estão expostos no peridomicílio. Estes resultados são importantes para conhecimento do perfil epidemiológico da LTA na região e estabelecimento de medidas de controle. Palavras-chave: Leishmaniose tegumentar americana. Adrianópolis. Lutzomyia (Nyssomyia) intermedia. Frequência horária.Abstract: Protozoa of the genus Leishmania Ross, 1903 causes American Cutaneous Leishmaniosis (ACL) in the New World, including Brazil, and are transmitted by sand flies of the genus Lutzomyia França, 1924 (Psychodidae: Phlebotominae). The ACL, endemic in the State of Paraná, has the Ribeira River Valley as one of its main areas of transmission. In the municipality of Adrianópolis, the occurrence of the disease has an average of 11 human cases per year, since 2007, caused specifically by Leishmania (Viannia) braziliensis. Epitácio Pessoa is a rural town nearby Adrianópolis where occurred ACL cases and corresponds to the study area of this work. Aiming to verify the diversity, population variation for ecotype, hourly frequency and population density of the sand flies according to climate stations, it were preceded up collection of these vectors in aforementioned area. For this study, CDC traps were installed in places outside the home, peridomicile and in wild areas, from October 2010 to January 2011, and the Shannon trap was used in the period between spring 2012 and winter 2013. Part of the sand flies were dissected for research of natural Leishmania infection. Sand flies collected were identified according to their morphological characteristics, and statistically analyzed using the chi-square test, Z test for two proportions and the abundance index ISA (Index of Species Abundance) and SISA (Standardized Index of Species Abundance). A Lutzomyia (Nyssomyia) intermedia was the most prevalent species, with 99.11% of the sandflies collected with CDC traps and 99.34% with the Shannon trap. Lutzomyia (N.) intermedia was present in all ecotypes, with the highest prevalence in the peridomicile, which is an environment modified by human action and, for that, is an ecotype that allows the selection of this species. The sand flies prevailed in the warm seasons (spring and summer), denoting for these periods greater risk of transmission of L. (V.) braziliensis. Lutzomyia (N.) intermedia showed a pattern of increased population density until the middle of the night, going into decline afterwards. Lutzomyia (Pintomyia) fischeri was collected practicing hematophagy in the second half of the night, when this species was captured in highest number. Although none of the sandflies dissected presented protozoan infection, it is possible to assert that L. (N.) intermedia and L. (P.) fischeri may be acting as vectors in the studied area. The first one, by presenting an increasing density in the early evening, in the peridomicile, and in the domicile in the second half of evening, when it would start at tending this ecotype in search for shelter. The latter, is suspected as secondary vector of L. (V.) braziliensis, due to the low density, but occurring at the end of the night and early morning, when farm workers are exposed in the peridomicile. These results are important for understanding the epidemiologic profile of ACL in the region and the establishment of control measures. Key Words: American cutaneous leishmaniosis. Adrianópolis. Lutzomyia (Nyssomyia) intermedia. Hourly frequency.108 f. : il. algumas color., tabs.application/pdfDisponível também em formato digitalFlebotomineoLeishmanioseMicrobiologiaParasitologiaEstudos comportamentais de flebotomíneos (Diptera : Psychodidae : Phlebotominae) em área endêmica de Leishmaniose Tegumentar Americana no estado do Paraná, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - ANDRE LUIZ GONCALVES.pdfapplication/pdf2336114https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/41264/1/R%20-%20T%20-%20ANDRE%20LUIZ%20GONCALVES.pdf52c8bbc2d2ed06ec4c5c77f18f490d72MD51open accessTEXTR - T - ANDRE LUIZ GONCALVES.pdf.txtR - T - ANDRE LUIZ GONCALVES.pdf.txtExtracted Texttext/plain194415https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/41264/2/R%20-%20T%20-%20ANDRE%20LUIZ%20GONCALVES.pdf.txte494755dbecc91dc808bc86da7310a2bMD52open accessTHUMBNAILR - T - ANDRE LUIZ GONCALVES.pdf.jpgR - T - ANDRE LUIZ GONCALVES.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1233https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/41264/3/R%20-%20T%20-%20ANDRE%20LUIZ%20GONCALVES.pdf.jpg290f4f9194e1e89bec3b9e27b15cdbe0MD53open access1884/412642016-04-07 11:41:03.897open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/41264Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-04-07T14:41:03Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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