O eletrocardiograma na avaliação do tratamento trombolitico do infarto agudo do miocardio : comparação com achados cineangiocardiograficos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Stier Junior, Arnaldo Laffitte
Data de Publicação: 1995
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/28080
Resumo: Orientador: Paulo Franco de Oliveira
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spelling Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da SaúdeOliveira, Paulo Franco deStier Junior, Arnaldo Laffitte2022-11-18T18:40:50Z2022-11-18T18:40:50Z1995https://hdl.handle.net/1884/28080Orientador: Paulo Franco de OliveiraDissertação (mestrado) - Setor de Ciencias da Saude, Universidade Federal do ParanaInclui bibliografiaResumo: O eletrocardiograma tem seu valor já bem estabelecido no diagnóstico do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Na última década, com a terapêutica trombolítica na fase aguda tem se reduzido as taxas de mortalidade do IAM . O eletrocardiograma além do diagnóstico, passou a ter aplicação também na seleção dos pacientes para receber este tratamento. A capacidade deste método em predizer o sucesso terapêutico quanto à perviabilidade arterial, tamanho do infarto e preservação miocárdica, tem sido controversa na literatura. Com o objetivo de avaliar esta aplicação questionável do método, desenvolveu-se o presente estudo. Foram comparados os achados eletrocardiográficos e cineangiocardiográficos em 61 pacientes (55 com definição da artéria "culpada" pelo infarto) submetidos ao tratamento trombolítico em até 6 horas de evolução do IAM. Cotejaram-se os infartos com ou sem ondas Q (IAM Q e IAM NQ) com a artéria relacionada ao infarto e seu estado de perviabilidade, presença de circulação colateral e alterações de contratilidade ventricular segmentar. Ainda se estudou a implicação da ocorrência de depressões recíprocas de segmento ST, observada em 54,5% dos pacientes. Identificou-se que a presença ou não de Q é dependente da artéria relacionada ao infarto (p=0.009): a Artéria Descendente Anterior, quando responsável pelo infarto, manifestou-se em 95% dos casos como IAM Q. A Circunflexa foi responsável por 53% dos IAM NQ. Não se observou significância estatística na relação do comprometimento ventricular (acinesia ou discinesia) com a perviabilidade arterial (patência/oclusão), nem com comportamento eletrocardiográfico (IAM Q/IAM NQ). A presença ou não de acinesia/discinesia, entretanto, dependeu da presença de circulação colateral (p=0.05). A circulação colateral, não obstante, teve sua identificação inadequada pelo ECG. O intervalo entre o início dos sintomas e infusão do trombolítico foi maior nos pacientes com IAM Q (143,37±84,54 min) em relação ao IAM NQ (92,00 ±57,56 min) (p=0,02). O intervalo entre o uso de trombolíticos e o cateterismo foi maior no grupo dos pacientes com patência arterial (3,49 ±2,34 dias) em relação aos com oclusão (2,40±1,67 dias) (p=0.04). A presença de depressão recíproca não apresentou dependência significante com comprometimento arterial significativo de outro vaso, nem com alteração da motilidade ventricular da região topográfica desta alteração eletrocardiográfica. Conclue-se que o eletrocardiograma realizado após a trombólise no IAM não prediz com precisão o resultado desta terapêutica em relação à perviabilidade do vaso "culpado", nem em relação ao comprometimento ventricular. O aparecimento de ondas Q é dependente da artéria afetada, tem sua ocorrência influenciada pelo retardo na aplicação do trombolítico, mas não implica obrigatoriamente no insucesso desta terapia.Abstract: The diagnostic value of the electrocardiogram in Acute Myocardial Infarction (AMI) is well established. During the last decade, thrombolytic therapy during acute phase has reduced mortality rates of AMI. Electrocardiogram has also been important in the selection of patients for this kind of treatment. However, the ability of this method in predicting the therapeutic sucess regarding arterial patency, infarction size and myocardial preservation has been controversial . This study was developed to assess the role of the ECG in predicting the results of thrombolytic therapy. Electrocardiographic and cineangiocardiographic findings were compared in 61 patients (55 with definition of the AMI culpable artery). All of them had thrombolytic therapy during the first six hours after AMI. Q wave and non-Q wave infarctions were studied regarding to the AMI related artery and its patency, the collateral circulation and regional myocardial contractility . ST segment reciprocal, observed in 54,5% of the patients, were also studied. The presence of Q wave was associated to the AMI related artery (p=0.009): 95% of AMI caused by Left Anterior Descending Artery were Q wave infarctions and Circumflex Artery caused 53% of non Q AMI. Abnormal ventricular contractility (akynesia / diskinesia) was not related to arterial patency nor to electrocardiographic Q wave (Q / non Q AMI), but it was associated to the collateral circulation (p=0.05). The time interval from initial symptoms to thrombolytic infusion was longer in Q AMI (143,37 ± 84,54 min) than in non-Q AMI (92,00 ± 57,56 min) (p=0.02). The time interval from thrombolytic therapy to the cardiac catheterization was longer in patients with arterial patency (3,49 ± 2,34 days) than in patients with occluded arteries (2,40 ± 1,67 days) (p=0.04). ST segment reciprocal depression was not related to significant lesion in another coronary artery, nor to abnormal ventricular contractility in the ST depression region. In conclusion, post-thrombolysis electrocardiogram does not predicts precisely the results of this therapy regarding the patency of the culpable artery nor the ventricular contractility abnormalities . The Q wave is dependent of the culpable artery, is related to the time of thrombolytic infusion, but is not necessarily indicative of unsuccessful therapy.89f. : il. ; 30 cm.application/pdfEletrocardiografiaTesesEnfarte do miocardioO eletrocardiograma na avaliação do tratamento trombolitico do infarto agudo do miocardio : comparação com achados cineangiocardiograficosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALD - ARNALDO LAFFITE STIER JUNIOR.pdfapplication/pdf1969617https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/28080/1/D%20-%20ARNALDO%20LAFFITE%20STIER%20JUNIOR.pdfdbe5e2d39bf8e93a072093bcdcd45332MD51open accessTEXTD - ARNALDO LAFFITE STIER JUNIOR.pdf.txtExtracted Texttext/plain119719https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/28080/2/D%20-%20ARNALDO%20LAFFITE%20STIER%20JUNIOR.pdf.txtcf990a1d0a981299878f4ad60d9fac8dMD52open accessTHUMBNAILD - ARNALDO LAFFITE STIER JUNIOR.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1353https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/28080/3/D%20-%20ARNALDO%20LAFFITE%20STIER%20JUNIOR.pdf.jpg608135c17f3b8132cfe7ee1884405d0cMD53open access1884/280802022-11-18 15:40:50.169open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/28080Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082022-11-18T18:40:50Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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