Práticas educativas em grupos de apoio à adoção de crianças e adolescentes no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gagno, Adriana Pellanda
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/58881
Resumo: Orientadora: Lidia Natalia Dobrianskyj Weber
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spelling Gagno, Adriana PellandaWeber, Lidia Natalia DobrianskyjUniversidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação2019-05-28T19:39:14Z2019-05-28T19:39:14Z2018https://hdl.handle.net/1884/58881Orientadora: Lidia Natalia Dobrianskyj WeberTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa : Curitiba, 27/03/2018Inclui referências: p. 205-219Resumo: Esta pesquisa busca mapear as práticas educativas promovidas pelos grupos de apoio à adoção (GAAs) no Brasil, sob a perspectiva de seus integrantes (coordenadores e lideranças). Participaram 90 coordenadoras de GAAs distribuídos por todas as regiões do país, que responderam a um questionário online, e seis lideranças nacionais deste movimento de apoio à adoção, que foram entrevistadas. Os materiais obtidos foram descritos, categorizados e analisados conforme a proposta de análise de conteúdo de Bardin (1977). Entrevistas e respostas abertas ao questionário foram categorizadas a posteriori. O referencial teórico principal está ancorado nos trabalhos de Vasconcelos (2013) e Ornelas (1994, 1997, 2008) sobre grupos de ajuda e de suporte mútuos como espaços de participação coletiva com a finalidade de compartilhamento de saberes e experiências, e como estratégia de fortalecimento de grupos sociais - constituindo uma prática educativa não-formal. Quanto ao perfil das participantes, em sua maioria absoluta são mulheres, mães adotivas, casadas, com alta escolaridade, que atuam voluntariamente nestes grupos. A maioria dos GAAs desta amostra (55,6%) tem até cinco anos de existência, mas 26,7% já existem há mais de 10 anos, sendo financiados pelo voluntariado (85,6%). As principais dificuldades apontadas pelos grupos são: recursos financeiros insuficientes (35,6%); carência de voluntários (33,3%) e falta de apoio do Judiciário ao GAA (25,6%) - apesar de 95,6% possuírem convênio com o mesmo, seja oficial (40,0%) ou informalmente (55,6%). As atividades realizadas com maior frequência pelos GAAs são: encontros mensais com rodas de conversa e depoimentos de adotantes (57,8%); orientação e apoio a famílias adotivas e/ou acompanhamento pós-adoção (43,3%); palestras e participação em eventos sobre adoção (36,7%); cursos de preparação para adoção (32,2%); ações diversas em parceria com os Poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário (27,8%); campanhas de divulgação do tema na mídia e nas redes sociais (24,4%); celebrações públicas da adoção (20,0%). O maior objetivo dos GAAs, na opinião das participantes, é apoiar famílias adotivas e trocar experiências (53,3%), sendo que 72,2% consideram que acolhimento e suporte social são o que os GAAs fazem de melhor e 58,9% indicam a troca de experiências entre adotantes e pretendentes como o melhor método de preparação para adoção. O tema avaliado como mais difícil de ser trabalhado junto a pretendentes à adoção é a idealização da criança a ser adotada (56,7%). Constata-se que as práticas educativas promovidas pelos GAAs visam ao fortalecimento psicossocial das famílias adotivas e à desconstrução de preconceitos relativos à adoção. Um limite verificado na ação dos GAAs se refere à ausência de ações preventivas às causas do acolhimento infantojuvenil, considerando que estes grupos destacam como um dos seus objetivos básicos defender a garantia do direito à convivência familiar e comunitária (45,6%). O conjunto de resultados produzidos nesta pesquisa permite defender a tese de que o movimento dos grupos de apoio à adoção se percebe como protagonista no processo de mudança de sentidos e práticas sobre a adoção de crianças e adolescentes no Brasil. Palavras-chave: Grupos de apoio à adoção. Adoção. Ajuda mútua. Suporte social. Educação não-formal.Abstract: This research intends to map the educational practices promoted by adoption support groups (ASGs) in Brazil, seen from the perspective of its members (coordinators and leaders). The participants were 90 ASGs coordinators distributed in all regions of the country, who answered an online questionnaire, and six national leaders of this adoption support movement, who were interviewed. The collected data was described, categorized and analyzed according to Bardin content analysis proposal (1977). Interviews and replies to the questionnaire were categorized retrospectively. The main theoretical framework is anchored in Vasconcelos (2013) and Ornelas (1994, 1997, 2008) works on mutual aid and support groups. These authors see support groups as collective participation spaces with a sharing knowledge and experiences purpose and as a social group strengthening strategy - constituting a non-formal educational practice. Regarding the participants profile, the absolute majority are highly educated married women, adoptive mothers, who volunteer in these groups. Most AGSs in this sample (55,6%) have existed for five years, but 26,7% have existed for more than 10 years and are funded by volunteering (85,6%). The main difficulties identified by the groups are: insufficient financial resources (35,6%); lack of volunteers (33,3%) and lack of support from the Judiciary to the AGSs (25,6%) - although 95,6% had an agreement with it, either official (40,0%) or informal (55,6%). The AGSs most frequently performed activities are: monthly meetings where members talk and adopters share their experience (57,8%); orientation and support for adoptive families and / or post-adoption follow-up (43,3%); lectures and participation in adoption events (36,7%); adoption preparation courses (32,2%); several actions in partnership with the executive, legislative or judicial branches (27,8%); campaigns to bring awareness for the theme in the media and in social networks (24,4%); adoption public celebrations (20,0%). The main ASGs goal in the members opinion is to support adoptive families and to exchange experiences (53,3%), with 72,2% considering that being received and social support are what the AGSs do best and 58,9% indicating the experience exchange between adopters and suitors as the best adoption preparation method. The adopted child idealization is considered the most difficult theme to be worked with future adoptive parents (56,7%). The educational practices promoted by the ASGs aim the adoptive families psychosocial strengthening and the deconstruction of adoption related biases. A confirmed limitation in the ASGs action refers to the absence of preventive actions regarding the causes of the need for child and youth shelters, considering that these groups highlight as one of their basic objectives the defense of the right to family and community coexistence (45,6%). The results in this research support the thesis that the adoption support groups movement sees itself as a protagonist in the process of transforming the meaning and the practices regarding the adoption of children and adolescents in Brazil. Key words: Adoption support groups. Adoption. Mutual aid. Social support. Nonformal education.228 p. : il. (algumas color.).application/pdfAdoção - BrasilEducaçãoEducaçãoPráticas educativas em grupos de apoio à adoção de crianças e adolescentes no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - T - ADRIANA PELLANDA GAGNO.pdfapplication/pdf22281655https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/58881/1/R%20-%20T%20-%20ADRIANA%20PELLANDA%20GAGNO.pdf70b05ab9cf74c21f1582ef854267d7c3MD51open access1884/588812019-05-28 16:39:14.497open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/58881Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082019-05-28T19:39:14Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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