As representações sociais sobre a doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Caroline dos Santos
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/29754
Resumo: Resumo: Trata-se de pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo descritiva que teve por objetivo descrever as representações sociais dos doentes renais sobre o processo de adoecimento. Os dados foram coletados em uma instituição hospitalar, no setor de Terapia Renal Substitutiva (TRS) do município de Ponta Grossa - PR, no período de janeiro e fevereiro de 2012. Fizeram parte da pesquisa 23 doentes renais crônicos, com idade entre 18 e 60 anos, que realizam hemodiálise no mínimo um ano. Os dados foram obtidos mediante entrevista semiestruturada, gravada e após os depoimentos foram transcritos e analisados pelo método de Análise de Conteúdo, que permitiu identificar quatro categorias temáticas: Constatação da finitude e ruptura da normalidade, Inimiga oculta que seca o rim, Máquina como garantia de vida, Rim novo: Esperança de cura. A representação social do processo de adoecimento está ancorada na constatação da finitude da vida, representa a aproximação da morte, que surge como possibilidade na vida desses indivíduos, que provoca medo, insegurança e mudança de comportamento, quando percebem a introdução uma nova realidade, ser doente crônico. A doença surge silenciosa e seca os rins entendida pelos doentes renais, também como a representação de fracasso em consequência da perda do emprego, mudança no papel social. Por outro lado, alguns entrevistados revelaram abertura de um nível de sensibilidade para aquilo que está no cotidiano, permitiram criar novas opções de vida diante do sofrimento. O tratamento para a doença representa a dependência da máquina da hemodiálise que traz a garantia da vida, mesmo sendo ela a causadora da perda da liberdade. A fístula necessária para a sobrevivência na máquina gera marcas pelo corpo, alterando a autoestima do doente renal. Com todo esse sofrimento, a esperança nasce quando percebe que o transplante renal possibilita uma nova chance de vida sem a dependência da máquina. A espera do rim novo representa a cura, e a fé é essencial para manter viva a esperança, além do apoio familiar que influência no processo de adoecimento. Compreende-se que a representação social é individual, e pode ser influenciada por outras pessoas e pela realidade em que vive. Na prática profissional, essas representações influenciam o modo de gerir os cuidados prestados aos doentes renais crônicos submetidos à hemodiálise.
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