Estrutura e dinâmica de estágios sucessionais de uma floresta ombrófila densa em Blumenau, Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schorn, Lauri Amandio
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/2214
Resumo: O presente trabalho foi realizado no Parque Natural Nascentes do Garcia, no município de Blumenau – SC, com o objetivo de avaliar a estrutura e a dinâmica de comunidades da Floresta Ombrófila Densa Submontana, caracterizar as espécies típicas e suas alterações populacionais e dimensionais, nos estágios da vegetação secundária inicial, secundária intermediário e floresta primária alterada. Em 2001 foram instaladas 60 unidades amostrais permanentes de 10 x 20 m e 60 sub-unidades amostrais de 3 x 10 m, 20 em cada estágio de sucessão. Em 2003 foi realizada nova mensuração nessas unidades, quando foram avaliados as alterações na estrutura horizontal, na distribuição e no incremento em DAP, a mortalidade e o ingresso de todas as árvores com CAP >= 15 cm, bem como o crescimento em altura, ingresso e mortalidade de todos os indivíduos com altura > 0,10 m e CAP < 15 cm nas subunidades amostrais. A composição e estrutura nos três estágios em estudo foi diferente, evidenciando uma hierarquia de substituição e alteração na importância das espécies, do estágio sucessional inicial para a floresta primária. As categorias sucessionais de espécies estão presentes nas três fases, mas são gradativamente alteradas, predominando espécies pioneiras no estágio inicial e espécies clímax tolerantes à sombra na floresta primária; a diversidade de espécies é crescente nessa seqüência de fases, tanto no estrato da regeneração natural, quanto no estrato arbóreo superior. Os processos dinâmicos da vegetação ocorrem com intensidades diferentes, de acordo com a fase de desenvolvimento. A mortalidade, o ingresso, bem como a relação ingresso/mortalidade são maiores nos estágios iniciais e diminuem gradualmente com o desenvolvimento da vegetação. As alterações na porcentagem de importância das espécies variaram de 0,82% a –3,51% no estágio inicial, 0,93% a –0,84% no estágio intermediário e 0,48% a –0,97% na floresta primária, e foram mais expressivas nas espécies de maiores populações. As espécies pioneiras, de forma geral, se apresentaram com as maiores taxas de mortalidade em relação aos ingressos. As espécies clímax mostraram maior equilíbrio, tanto na porcentagem de importância, quanto nos valores de ingressos e mortalidade. As espécies clímax tolerantes à sombra mostraram um dinamismo progressivo do estágio inicial para a floresta primária alterada. Os incrementos em altura da regeneração natural, tiveram uma diminuição com o progresso das fases sucessionais. As espécies de maior densidade nos estágios iniciais apresentaram crescimento rápido, enquanto que as espécies mais densas nos estágios avançados, apresentaram crescimento lento e contínuo. Nos três estágios a vegetação apresentou distribuição diamétrica na forma exponencial negativa, enquanto que a proporção de espécies com distribuição exponencial negativa decresce com o nível de desenvolvimento da vegetação, passando de 42% no estágio inicial para 20% na floresta primária. O incremento médio em diâmetro, no estrato arbóreo superior, apresentou variação de zero a 0,96 cm.ano-1 e foi decrescente com as fases de desenvolvimento da vegetação. As espécies clímax exigentes em luz apresentaram os maiores incrementos médios em diâmetro, nas três fases estudadas
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