Perfil socioeconômico das comunidades de pescadores de Camará e Caratateua, nordeste do estado do Pará
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRA | Resumo: | A pesca na região amazônica apresenta enorme destaque por suas peculiaridades e é intensamente realizada nos municípios litorâneos do Estado do Pará. O presente trabalho visou caracterizar os aspectos socioeconômicos, a atividade pesqueira e a forma de comercialização do pescado nas comunidades de Camará no município de Marapanim, e Caratateua, no município de Curuçá, Estado do Pará. Foram realizadas 90 entrevistas em Caratateua e 106 em Camará, e serviram para constatar que a atividade pesqueira no município é realizada predominantemente por pessoas do sexo masculino, com intervalo de idade de 30 a 43 anos, em Camará, e 43 a 56 anos em Caratateua e baixo grau de escolaridade. Os pescadores entrevistados apresentaram renda mensal média de R$ 597,70, em Camará e R$ 451,90 em Caratateua, sendo uma renda familiar inferior a um salário mínimo, 90% em Camará e 77% em Caratateua declararam a atividade pesqueira como a principal fonte de renda das comunidades, no entanto 84% dos entrevistados em Camará e 76% em Caratateua observaram mudança no volume de peixe capturado nos últimos 5 anos. Grande parte dos pescadores não permanecem no mar durante a noite, ou seja, voltam da pescaria no mesmo dia. O deslocamento até os pesqueiros ainda é realizada com utilização do conhecimento tradicional, sendo a tecnologia pouco utilizada por grande parte dos entrevistados, e por embarcações de madeira, com motor a propulsão. 78% dos pescadores entrevistados em Camará e 50% em Caratateua comercializam o pescado In natura, e em geral este pescado é vendido para atravessadores. A pescada gó (Macrodon ancylodon), é a espécie mais capturada em ambas as comunidades e o apetrecho mais comum é rede espera (emalhar). |
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Perfil socioeconômico das comunidades de pescadores de Camará e Caratateua, nordeste do estado do ParáPesca artesanal - Estado do ParáCaracterização socioeconômica - Comunidades PesqueirasCamará - Município de MarapanimCaratateua - Município de CuruçáA pesca na região amazônica apresenta enorme destaque por suas peculiaridades e é intensamente realizada nos municípios litorâneos do Estado do Pará. O presente trabalho visou caracterizar os aspectos socioeconômicos, a atividade pesqueira e a forma de comercialização do pescado nas comunidades de Camará no município de Marapanim, e Caratateua, no município de Curuçá, Estado do Pará. Foram realizadas 90 entrevistas em Caratateua e 106 em Camará, e serviram para constatar que a atividade pesqueira no município é realizada predominantemente por pessoas do sexo masculino, com intervalo de idade de 30 a 43 anos, em Camará, e 43 a 56 anos em Caratateua e baixo grau de escolaridade. Os pescadores entrevistados apresentaram renda mensal média de R$ 597,70, em Camará e R$ 451,90 em Caratateua, sendo uma renda familiar inferior a um salário mínimo, 90% em Camará e 77% em Caratateua declararam a atividade pesqueira como a principal fonte de renda das comunidades, no entanto 84% dos entrevistados em Camará e 76% em Caratateua observaram mudança no volume de peixe capturado nos últimos 5 anos. Grande parte dos pescadores não permanecem no mar durante a noite, ou seja, voltam da pescaria no mesmo dia. O deslocamento até os pesqueiros ainda é realizada com utilização do conhecimento tradicional, sendo a tecnologia pouco utilizada por grande parte dos entrevistados, e por embarcações de madeira, com motor a propulsão. 78% dos pescadores entrevistados em Camará e 50% em Caratateua comercializam o pescado In natura, e em geral este pescado é vendido para atravessadores. A pescada gó (Macrodon ancylodon), é a espécie mais capturada em ambas as comunidades e o apetrecho mais comum é rede espera (emalhar).This study aimed to characterize the socioeconomic aspects of fishing activity and the form of marketing of fish in Camara communities in the municipality of Marapanim, and Caratateua in the municipality of Curuçá, State of Para. 90 questionnaires were applied in Caratateua community and 106 Camara questionnaires, which allowed diagnose that fishing activities in the communities studied are carried out predominantly by males, with age range 30-43 years in Camara, and 43 to 56 years in Caratateua, and low educational level, in both communities. The fishermen interviewed had average monthly income of R $ 597.70, in Camara and R $ 451.90 in Caratateua, with a household income below the minimum wage, 90% and 77% in Camara in Caratateua declared fishing activity as the main source income communities, however 84% of respondents in Camara and 76% in Caratateua observed change in the volume of fish caught in the last 5 years. Much of fishermen does not stay at sea overnight, that is, return the fishery on the same day. Travel to the fishing is still carried out with use of traditional knowledge, and technology rarely used by most of the respondents, and wooden boats, with motor propulsion. 78% of fishermen interviewed in Camara and 50% in Caratateua sell the fish in natura, and in general this fish is sold to middlemen. GO hake (Macrodon ancylodon) is the most abundant in both communities and the most common fixture is waiting network (gill).UFRA/Campus BelémSOUZA, Raimundo Aderson Lobão deSILVA JUNIOR, José Itabirici de Souza e2021-08-07T02:28:15Z2021-08-07T02:28:15Z2015-02-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVA JUNIOR, José Itabirici de Souza e. Perfil socioeconômico das comunidades de pescadores de Camará e Caratateua, nordeste do estado do Pará. Orientador: Raimundo Aderson Lobão de Souza. 2015. 82 f. Dissertação (Mestrado em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2015CDD: 639.2098115repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1315Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United Stateshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRAinstname:Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)instacron:UFRA2021-08-07T02:28:15Zoai:repositorio.ufra.edu.br:123456789/1315Repositório Institucionalhttp://repositorio.ufra.edu.br/jspui/PUBhttp://repositorio.ufra.edu.br/oai/requestrepositorio@ufra.edu.br || riufra2018@gmail.comopendoar:2021-08-07T02:28:15Repositório Institucional da UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)false |
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A pesca na região amazônica apresenta enorme destaque por suas peculiaridades e é intensamente realizada nos municípios litorâneos do Estado do Pará. O presente trabalho visou caracterizar os aspectos socioeconômicos, a atividade pesqueira e a forma de comercialização do pescado nas comunidades de Camará no município de Marapanim, e Caratateua, no município de Curuçá, Estado do Pará. Foram realizadas 90 entrevistas em Caratateua e 106 em Camará, e serviram para constatar que a atividade pesqueira no município é realizada predominantemente por pessoas do sexo masculino, com intervalo de idade de 30 a 43 anos, em Camará, e 43 a 56 anos em Caratateua e baixo grau de escolaridade. Os pescadores entrevistados apresentaram renda mensal média de R$ 597,70, em Camará e R$ 451,90 em Caratateua, sendo uma renda familiar inferior a um salário mínimo, 90% em Camará e 77% em Caratateua declararam a atividade pesqueira como a principal fonte de renda das comunidades, no entanto 84% dos entrevistados em Camará e 76% em Caratateua observaram mudança no volume de peixe capturado nos últimos 5 anos. Grande parte dos pescadores não permanecem no mar durante a noite, ou seja, voltam da pescaria no mesmo dia. O deslocamento até os pesqueiros ainda é realizada com utilização do conhecimento tradicional, sendo a tecnologia pouco utilizada por grande parte dos entrevistados, e por embarcações de madeira, com motor a propulsão. 78% dos pescadores entrevistados em Camará e 50% em Caratateua comercializam o pescado In natura, e em geral este pescado é vendido para atravessadores. A pescada gó (Macrodon ancylodon), é a espécie mais capturada em ambas as comunidades e o apetrecho mais comum é rede espera (emalhar). |
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