Aceitação de frutas amazônicas e não-amazônicas e comportamento alimentar de muçuã, Kinosternon scorpioides (Linnaeus, 1766), em cativeiro.
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1629 |
Resumo: | Os quelônios têm desempenhado, historicamente, um papel importante como recurso natural para alimentação humana na região Amazônica, entre eles destaca-se a espécie Kinosternon scorpioides, o muçuã. Este é um quelônio semi aquático de água doce encontrado nesta região e que possui hábito alimentar onívoro. Devido à carência de pesquisas sobre alimentação dessa espécie em cativeiro o presente trabalho teve como objetivo avaliar a aceitação e preferência de frutas por Kinosternon scorpioides, bem como descrever o comportamento alimentar do mesmo, em cativeiro. O estudo foi conduzido entre janeiro e junho de 2017, no Criadouro Científico do Projeto BioFauna/ISARH-UFRA. Foram utilizados 36 muçuãs, 18 na fase de engorda (400g – 500g) e 18 em fase de cria (50g – 100g), com peso inicial médio de 438g (±16,22g) e 84g (±16,11g). Os animais foram alojados, em caixas de polietileno de 56,5 cm X 39,0 cm X 19,0 cm com 60% da área alagada e 40% de área seca, com 3 animais por caixa. Para avaliação da preferência alimentar foram utilizados de frutas in natura, classificados em regionais e não regionais amazônicas (não necessariamente consumidos na natureza em vida livre): cupuaçu (Theobroma grandiflorum), pupunha (Bactris gasipaes Kunth), taperebá (Spondias mombin L.), bacuri (Platonia insignis Mart.) e ingá (Inga edulis); acerola (Malpighia emarginata), goiaba (Psidium guajava), carambola (Averrhoa carambola), tomate (Solanum lycopersicum), manga (Mangifera indica L), melão (Cucumis melo L.), graviola (Annona muricata) e jambo (Syzygium jambos). Cada fruta foi oferecida em unidade de alimento/animal, durante o tempo de 50 minutos. O monitoramento da preferência alimentar foi feito com o auxílio de câmeras filmadoras.Pôde-se observar que os animais na fase de cria foram os que consumiram uma porcentagem maior de frutas regionais (48,89%), quando comparados com a fase de engorda que consumiram 46,67% das mesmas frutas. Dentre as frutas ofertadas, foi possível observar um maior consumo de pupunha, melão e manga por ambos os grupos. As frutas regionais amazônicas obtiveram grande aceitação no qual a pupunha teve maior destaque (88,89%) para a fase de engorda, contudo o melão (63,19%) foi o mais consumido pela cria. Durante o período experimental as etapas do comportamento alimentar observadas foram: olfação, forrageio, aproximação, apreensão, dilaceração e ingestão, porém os animais ainda apresentaram comportamentos classificados como imóvel e inquieto.Com os dados até agora obtidos, pôde-se observar que todas as frutas ofertadas foram aceitas por Kinosternon scorpioides em cativeiro, com exceção do bacuri (cria), acerola (cria) e do tomate (engorda), sendo a pupunha a fruta que obteve o maior índice de aceitação pelos animais por ambos os grupos. |
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Aceitação de frutas amazônicas e não-amazônicas e comportamento alimentar de muçuã, Kinosternon scorpioides (Linnaeus, 1766), em cativeiro.QuelôniosQueloniculturaMuçuãKinosternon scorpioidesFaunaChelonian cultureAnimais silvestresWild animalsOs quelônios têm desempenhado, historicamente, um papel importante como recurso natural para alimentação humana na região Amazônica, entre eles destaca-se a espécie Kinosternon scorpioides, o muçuã. Este é um quelônio semi aquático de água doce encontrado nesta região e que possui hábito alimentar onívoro. Devido à carência de pesquisas sobre alimentação dessa espécie em cativeiro o presente trabalho teve como objetivo avaliar a aceitação e preferência de frutas por Kinosternon scorpioides, bem como descrever o comportamento alimentar do mesmo, em cativeiro. O estudo foi conduzido entre janeiro e junho de 2017, no Criadouro Científico do Projeto BioFauna/ISARH-UFRA. Foram utilizados 36 muçuãs, 18 na fase de engorda (400g – 500g) e 18 em fase de cria (50g – 100g), com peso inicial médio de 438g (±16,22g) e 84g (±16,11g). Os animais foram alojados, em caixas de polietileno de 56,5 cm X 39,0 cm X 19,0 cm com 60% da área alagada e 40% de área seca, com 3 animais por caixa. Para avaliação da preferência alimentar foram utilizados de frutas in natura, classificados em regionais e não regionais amazônicas (não necessariamente consumidos na natureza em vida livre): cupuaçu (Theobroma grandiflorum), pupunha (Bactris gasipaes Kunth), taperebá (Spondias mombin L.), bacuri (Platonia insignis Mart.) e ingá (Inga edulis); acerola (Malpighia emarginata), goiaba (Psidium guajava), carambola (Averrhoa carambola), tomate (Solanum lycopersicum), manga (Mangifera indica L), melão (Cucumis melo L.), graviola (Annona muricata) e jambo (Syzygium jambos). Cada fruta foi oferecida em unidade de alimento/animal, durante o tempo de 50 minutos. O monitoramento da preferência alimentar foi feito com o auxílio de câmeras filmadoras.Pôde-se observar que os animais na fase de cria foram os que consumiram uma porcentagem maior de frutas regionais (48,89%), quando comparados com a fase de engorda que consumiram 46,67% das mesmas frutas. Dentre as frutas ofertadas, foi possível observar um maior consumo de pupunha, melão e manga por ambos os grupos. As frutas regionais amazônicas obtiveram grande aceitação no qual a pupunha teve maior destaque (88,89%) para a fase de engorda, contudo o melão (63,19%) foi o mais consumido pela cria. Durante o período experimental as etapas do comportamento alimentar observadas foram: olfação, forrageio, aproximação, apreensão, dilaceração e ingestão, porém os animais ainda apresentaram comportamentos classificados como imóvel e inquieto.Com os dados até agora obtidos, pôde-se observar que todas as frutas ofertadas foram aceitas por Kinosternon scorpioides em cativeiro, com exceção do bacuri (cria), acerola (cria) e do tomate (engorda), sendo a pupunha a fruta que obteve o maior índice de aceitação pelos animais por ambos os grupos.Historically, chelonians have been playing an important role as a natural resource for human feeding in the Amazon region, among them, the Kinosternon scorpioides species, also known as scorpion mud turtle, stands out. This is an omnivorous semi aquatic chelonian, found in freshwater rivers in the Amazon region. Due to the lack of research regarding the feeding aspects of this species held in captivity, the main purpose of this study is to evaluate the acceptance and preference of fruits by the Kinosternon scorpioides, and to describe its feeding behavior when held in captivity. The study was developed between january and june of 2017, at the Scientific Breeding Site of the BioFauna/ISARH-UFRA Projec, Belém, Pará, under the authorization of the Animal Use Ethics Committee (UFRA) Nº 23084.001637/2017-92. There were used 36 scorpion mud turtles, 18 on the growing phase (400g – 500g) and 18 on the breeding phase (50g – 100g), with average initial weight of 438g (±16,22g) and 84g (±16,11g). The animals were housed in polyethylene boxes of 56,5 cm x 39,0 cm x 19,0 cm with 60% of wet area and 40% of dry area, with 3 animals in each box. To evaluate the food preference there were used fruits pulpsin natura, classified by regional and non-regional (not necessarily consumed in nature in free life): cupuaçu (Theobroma grandiflorum), pupunha (Bactris gasipaes Kunth), taperebá(Spondias mombin L.), bacuri (Platonia insignis Mart) e ingá (Inga edulis); acerola (Malpighia emarginata), guava (Psidium guajava), star fruit (Averrhoa carambola), tomato (Solanum lycopersicum), mango (Mangifera indica L), melon(Cucumis melo L.), graviola (Annona muricata) e jambo (Syzygium jambos). Each fruit was offered in food/animal unit, during the time of 50 minutes. The food preference monitoring was done with the aid of waterproof camcorders, which were installed at a fixed location above the animals' enclosure. It was observed that the animals in the breeding group consumed a greater percentage of regional fruits (48,89%), when compared to the growing group that consumed 46,67% of the same fruits. Among the fruits offered, it was possible to observe a higher consumption of pupunh a, melon and mango, by both groups. The amazonian regional fruits had great acceptance by the animals where the pupunha got more prominence (88,89%) between the growing group, and the melon between the breeding group (63,19%). During the experimental period, the phases of the feeding behavior observed in the animals were: olfaction, foraging, approximation, apprehension, dilaceration and ingestion, but some animals also presented behaviors of immobile and restless. With the data obtained so far, it was observed that all the fruits offered were accepted by Kinosternon scorpioides in captivity, except for bacuri (breeding), acerola (breeding) and tomato (growing), the pupunha being the fruit that obtained the highest rate of acceptance by animals by both groups.UFRA - Campus Belémhttp://lattes.cnpq.br/6212116457825976PALHA, Maria das Dores CorreiaSILVA, Alanna do Socorro Lima dahttp://lattes.cnpq.br/8220754096999776https://orcid.org/0000-0003-2568-4288SILVA, Deyse Daiane Gonçalves da2022-06-03T19:32:37Z2022-06-03T19:32:37Z2018-02-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVA, Deyse Daiane Gonçalves da. Aceitação de frutas amazônicas e não-amazônicas e comportamento alimentar de muçuã, Kinosternon scorpioides (Linnaeus, 1766), em cativeiro. Orientadora: Maria das Dores Correia Palha. 2018. 52 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Produção Animal na Amazônia/Saúde e Meio Ambiente) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2018. Disponível em: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1629. Acesso em: .http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1629Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United Stateshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRAinstname:Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)instacron:UFRA2022-06-03T19:35:50Zoai:repositorio.ufra.edu.br:123456789/1629Repositório Institucionalhttp://repositorio.ufra.edu.br/jspui/PUBhttp://repositorio.ufra.edu.br/oai/requestrepositorio@ufra.edu.br || riufra2018@gmail.comopendoar:2022-06-03T19:35:50Repositório Institucional da UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)false |
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Os quelônios têm desempenhado, historicamente, um papel importante como recurso natural para alimentação humana na região Amazônica, entre eles destaca-se a espécie Kinosternon scorpioides, o muçuã. Este é um quelônio semi aquático de água doce encontrado nesta região e que possui hábito alimentar onívoro. Devido à carência de pesquisas sobre alimentação dessa espécie em cativeiro o presente trabalho teve como objetivo avaliar a aceitação e preferência de frutas por Kinosternon scorpioides, bem como descrever o comportamento alimentar do mesmo, em cativeiro. O estudo foi conduzido entre janeiro e junho de 2017, no Criadouro Científico do Projeto BioFauna/ISARH-UFRA. Foram utilizados 36 muçuãs, 18 na fase de engorda (400g – 500g) e 18 em fase de cria (50g – 100g), com peso inicial médio de 438g (±16,22g) e 84g (±16,11g). Os animais foram alojados, em caixas de polietileno de 56,5 cm X 39,0 cm X 19,0 cm com 60% da área alagada e 40% de área seca, com 3 animais por caixa. Para avaliação da preferência alimentar foram utilizados de frutas in natura, classificados em regionais e não regionais amazônicas (não necessariamente consumidos na natureza em vida livre): cupuaçu (Theobroma grandiflorum), pupunha (Bactris gasipaes Kunth), taperebá (Spondias mombin L.), bacuri (Platonia insignis Mart.) e ingá (Inga edulis); acerola (Malpighia emarginata), goiaba (Psidium guajava), carambola (Averrhoa carambola), tomate (Solanum lycopersicum), manga (Mangifera indica L), melão (Cucumis melo L.), graviola (Annona muricata) e jambo (Syzygium jambos). Cada fruta foi oferecida em unidade de alimento/animal, durante o tempo de 50 minutos. O monitoramento da preferência alimentar foi feito com o auxílio de câmeras filmadoras.Pôde-se observar que os animais na fase de cria foram os que consumiram uma porcentagem maior de frutas regionais (48,89%), quando comparados com a fase de engorda que consumiram 46,67% das mesmas frutas. Dentre as frutas ofertadas, foi possível observar um maior consumo de pupunha, melão e manga por ambos os grupos. As frutas regionais amazônicas obtiveram grande aceitação no qual a pupunha teve maior destaque (88,89%) para a fase de engorda, contudo o melão (63,19%) foi o mais consumido pela cria. Durante o período experimental as etapas do comportamento alimentar observadas foram: olfação, forrageio, aproximação, apreensão, dilaceração e ingestão, porém os animais ainda apresentaram comportamentos classificados como imóvel e inquieto.Com os dados até agora obtidos, pôde-se observar que todas as frutas ofertadas foram aceitas por Kinosternon scorpioides em cativeiro, com exceção do bacuri (cria), acerola (cria) e do tomate (engorda), sendo a pupunha a fruta que obteve o maior índice de aceitação pelos animais por ambos os grupos. |
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