Alterações fisiológicas e metabólicas evidenciam a sensibilidade do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) a altas temperaturas.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SANTOS, Rodolfo Inácio Nunes
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRA
Texto Completo: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1157
Resumo: O açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) é uma palmeira nativa da Amazônia e de grande interesse econômico no Brasil e no mundo. O Brasil é o maior produtor mundial do fruto de açaí,sendo o estado do Pará o maior produtor nacional. Essa produção era destina ao consumo local, porém a conquista de novos mercados e o aumento nas exportações estimulou a expansão dos plantios comerciais em terra firme. As crescentes emissões de gases relacionados ao efeito estufa deverão influenciar o aumento da temperatura e o estresse térmico leva a uma série de alterações fisiológicas, bioquímicas nas plantas. Nesse sentido a sensibilidade do açaizeiro ao estresse térmico está relacionada a perda progressiva da atividade da Rubisco em função do tempo de exposição das plantas ao estresse e suas consequências na fisisologia da planta. Além disso a busca de materiais tolerantes a esse tipo de estresse se torna primordial para contornar os efeitos negativos ocasionados pelo mesmo. Nesse contexto a variedade BRS-PA, que apresenta maior tolerância ao déficit hídrico que materiais não melhorados ou nativos, também apresenta maior tolerância ao estresse térmico. Para testar essas hipóteses, dois experimentos independentes foram conduzidos com os objetivos de avaliar a magnitude das alterações fisiológicas diretamente relacionadas ao metabolismo fotossintético em função de diferentes tempos de exposição das plantas ao estresse térmico e avaliar o comportamento fisiológico e bioquímicos de dois materiais vegetais de açaizeiro submetidos (material vegetal nativo, Wt; e var. BRS-PA) à alta temperatura. O açaizeiro é extremamente sensível ao estresse térmico, tanto em sua magnitude como quando comparando-se dois materiais vegetais (Wt e BRS-PA ) apresentando danos expressivos no seu aparato fotossintético, a nível de trocas gasosas e estabilidade do fotossistema II, quando submetido a um estresse de 40 °C, ocasionando alterações oxidativas e metabólicas negativas, como reduções na atividade da Rubisco, aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (peroxidação lipídica) e diminuição de metabólitos primários (amido, glicose e sacarose). No entanto a variedade BRS-PA apresentou menores danos relacionados ao status hídrico, alterações fisiológicas e estabilidade do PSII.
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Nesse sentido a sensibilidade do açaizeiro ao estresse térmico está relacionada a perda progressiva da atividade da Rubisco em função do tempo de exposição das plantas ao estresse e suas consequências na fisisologia da planta. Além disso a busca de materiais tolerantes a esse tipo de estresse se torna primordial para contornar os efeitos negativos ocasionados pelo mesmo. Nesse contexto a variedade BRS-PA, que apresenta maior tolerância ao déficit hídrico que materiais não melhorados ou nativos, também apresenta maior tolerância ao estresse térmico. Para testar essas hipóteses, dois experimentos independentes foram conduzidos com os objetivos de avaliar a magnitude das alterações fisiológicas diretamente relacionadas ao metabolismo fotossintético em função de diferentes tempos de exposição das plantas ao estresse térmico e avaliar o comportamento fisiológico e bioquímicos de dois materiais vegetais de açaizeiro submetidos (material vegetal nativo, Wt; e var. BRS-PA) à alta temperatura. O açaizeiro é extremamente sensível ao estresse térmico, tanto em sua magnitude como quando comparando-se dois materiais vegetais (Wt e BRS-PA ) apresentando danos expressivos no seu aparato fotossintético, a nível de trocas gasosas e estabilidade do fotossistema II, quando submetido a um estresse de 40 °C, ocasionando alterações oxidativas e metabólicas negativas, como reduções na atividade da Rubisco, aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (peroxidação lipídica) e diminuição de metabólitos primários (amido, glicose e sacarose). No entanto a variedade BRS-PA apresentou menores danos relacionados ao status hídrico, alterações fisiológicas e estabilidade do PSII.The açaí palm (Euterpe oleracea Mart.) Is a palm native to the Amazon and of great economic interest in Brazil and in the world. Brazil is the world's largest producer of açaí fruit, the state of Pará being the largest national producer. This production was destined for local consumption, but the conquest of new markets and the increase in exports stimulated the expansion of commercial plantations on land. Increasing greenhouse gas emissions are expected to influence temperature rise and thermal stress leads to a series of physiological and biochemical changes in plants. In this sense the sensitivity of açaiseiro to thermal stress is related to the progressive loss of Rubisco activity as a function of the time of exposure of the plants to stress and its consequences in plant physisology. In addition, the search for materials that are tolerant to this type of work becomes essential to overcome the negative effects caused by it. In this context, the BRSPA variety, which presents greater tolerance to water deficit than unimproved or native materials, also presents greater tolerance to thermal stress. To test these hypotheses, two independent experiments were conducted with the objective of evaluating the magnitude of the physiological changes directly related to the photosynthetic metabolism as a function of the different times of exposure of the plants to thermal stress and to evaluate the physiological and biochemical behavior of two plant materials of açaizeiro (native plant material, Wt; and var BRS-PA) at high temperature. The açaizeiro is extremely sensitive to thermal stress, both in its magnitude and when comparing two plant materials (Wt and BRS-PA) presenting significant damage in its photosynthetic apparatus, in terms of gas exchange and photosystem IIstability, when submitted to a stress of 40 ° C, causing negative oxidative and metabolic alterations, such as reductions in Rubisco activity, increase in the production of reactive oxygen species (lipid peroxidation) and decrease of primary metabolites (starch, glucose and sucrose). However, the BRS-PA variety presented lower damages related to water status, physiological changes and PSIIstability.UFRA/Campus Belémhttp://lattes.cnpq.br/4768379087600737PINHEIRO, Hugo AlvesSILVESTRE, Walter Vellasco Duartehttp://lattes.cnpq.br/0450053479016561SANTOS, Rodolfo Inácio Nunes2021-01-28T17:01:24Z2021-01-28T17:01:24Z2021-01-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfSANTOS, Rodolfo Inácio Nunes. Alterações fisiológicas e metabólicas evidenciam a sensibilidade do açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) a altas temperaturas. 2021. 72 f. Dissertação (Doutorado em Agronomia) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2019. Disponível em:http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1157porreponame:Repositório Institucional da UFRAinstname:Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)instacron:UFRAinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-01-28T18:25:59Zoai:repositorio.ufra.edu.br:123456789/1157Repositório Institucionalhttp://repositorio.ufra.edu.br/jspui/PUBhttp://repositorio.ufra.edu.br/oai/requestrepositorio@ufra.edu.br || riufra2018@gmail.comopendoar:2021-01-28T18:25:59Repositório Institucional da UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)false
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