Mulheres amazônidas e sua relação com empresas de biocomésticos: entre novas ruralidades e velhas concepções de gênero.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALMEIDA, Ruth Helena Cristo
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRA
Texto Completo: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1004
Resumo: O objetivo geral do presente trabalho é discutir o papel das mulheres no Novo Rural Amazônico, decorrentes da relação comercial/parceria entre empresa de biocosméticos e comunidades rurais que cultivam a priprioca (Cyperus articulatus L.) no estado do Pará. A metodologia consistiu na análise da construção discursiva de três presidentes de associações que estão envolvidas no projeto e com base na análise de conteúdo contido nos relatórios institucionais anuais da empresa Natura. Fez-se uso também de questionário com os atores-chave nas comunidades que possuem relação com as empresas de biocosméticos, além da utilização de dados secundários, observação direta e fundamentação teórica através de uma extensa revisão da literatura que abordem o tema em questão de modo a proporcionar a construção de um arcabouço teórico para viabilizar a discussão do assunto. Os resultados demonstram que a empresa organizou-se internamente, através da construção de visão, metas e, em torno do desenvolvimento sustentável, porém verificou-se uma série de paradoxos entre o discurso da empresa e sua prática comercial, que em muitos momentos foi unilateral. Ocorreu, por parte da empresa, o fomento para a transformação de pessoa jurídica de organizações sociais já existentes nas comunidades. E, aliada a este apoio, as mulheres foram das comunidades foram incentivadas a concorrer, pois para a empresa as mesmas eram mais responsáveis, melhores na conciliação, mais organizadas entre outros estereótipos de gênero.
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