Ecofisiologia, crescimento e bioquímica de Clusia grandiflora Splitg, submetidas a anoxia.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1781 |
Resumo: | A inundação do solo promove um dos estresses abióticos mais frequentes, a que são submetidas algumas plantas, e que podem interferir na qualidade dos ecossistemas, como a floresta Amazônica que sobrevive a partir de seu próprio material orgânico, e seu delicado equilíbrio é extremamente sensível a quaisquer interferências. Clusia grandiflora Splitz. é uma espécie arbórea ereta pioneira perene, de ocorrência principalmente no bioma restinga na Amazônia. O objetivo desse trabalho foi determinar alguns dos mecanismos ecofisiológicos e bioquímicos de tolerância ao estresse por alagamento no solo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) localizada em Belém- Pará, de janeiro a julho de 2014, quando foram utilizadas mudas de Clusia grandiflora Splitz. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com esquematização 2 x 5 x 5: duas condições hídricas - controle “C” e alagamento das raízes “A" x cinco períodos de avaliação - 0, 7, 14, 21 e 28 dias x 5 repetições controle e alagado, totalizando 50 unidades. As plantas alagadas foram envolvidas por um vaso de maior volume, mantidas com lamina d’água de 5 cm do coleto. Os dados foram submetidos a analise de variância (ANOVA), as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5%, os gráficos elaborados pelo programa Sigma Plot 12.5. O potencial hídrico do antemanhã (ψam), potencial hídrico do xilema foliar (ψx), conteúdo relativo de água (CRA), condutividade hidráulica (KL), e défict de pressão de vapor folha-ar (DPVf-a) reduziram conforme foi aumentando o tempo de estresse nas plantas; fotossíntese (A), condutância estomática (GS), transpiração (E) e resistência estomática (Rs) apresentaram diminuição nas plantas estressadas, apresentando reduções mais pronunciadas no 21º e no 28º dia. Houve significativo decréscimo de crescimento em altura (HC), numero de folhas (NR), comprimento de raízes (CR), área foliar (AF) no alagamento, e decréscimo não significativo nos diâmetros dos caules, por outro lado, ocorreu significativo aumento de comprimento de raízes adventícias (CRa), diâmetro das raízes adventícias (DRa) e formação de lenticelas hipertróficas (ALh) nas plantas alagadas. As massas secas da raiz (MSR), do caule (MSC), das folhas (MSF) e total (MST) apresentaram redução nas plantas alagadas. O alagamento induziu o aumento nas concentrações de amônio (CAL), sacarose (SA), prolina (PRO) e glicina betaína (GB), assim como nos teores de aminoácidos solúveis totais (AST), carboidratos solúveis totais (CST), tanto nas folhas, quanto nas raízes, por outro lado provocou redução nas concentrações de nitrato (CN), da glutamina sintetase (GS), das concetrações de amido (CA), e das proteínas solúveis totais (PST) nos tecidos foliares e das raízes. As plantas alagadas apresentaram correlação significativa direta e indireta entre as variáveis fisiológicas e variáveis bioquímicas, e entre as variáveis bioquímicas entre si. Os indicadores de crescimento, biomassa, fisiológicos e bioquímicos observados se mostraram eficientes para avaliar o estado geral e metabólico das plantas. O acúmulo de AST, PRO, GB, LDH, ADH, SA e CST nas folha e na raiz, e a translocação de CA da folha para raiz resultantes da intensidade do alagamento contribuíram para o ajustamento metabólico da planta, todavia, não foram capazes de impedir a redução na produção de massa seca. Todas as plantas sobreviveram ao experimento, no entanto, as estressadas provavelmente supriram a falta de oxigênio das raízes pela formação de raízes adventícias, lenticelas hipertróficas, e rachaduras caulinares. C gradiflora se mostrou promissora para ser utilizada como planta pioneira no reflorestamento de áreas degradadas. |
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Ecofisiologia, crescimento e bioquímica de Clusia grandiflora Splitg, submetidas a anoxia.Clusia grandiflora SplitgAnoxiaEstresse hídricoClusia grandiflora Splitg - EcofisiologiaClusia grandiflora Splitg - CrescimentoClusia grandiflora Splitg - BioquímicaA inundação do solo promove um dos estresses abióticos mais frequentes, a que são submetidas algumas plantas, e que podem interferir na qualidade dos ecossistemas, como a floresta Amazônica que sobrevive a partir de seu próprio material orgânico, e seu delicado equilíbrio é extremamente sensível a quaisquer interferências. Clusia grandiflora Splitz. é uma espécie arbórea ereta pioneira perene, de ocorrência principalmente no bioma restinga na Amazônia. O objetivo desse trabalho foi determinar alguns dos mecanismos ecofisiológicos e bioquímicos de tolerância ao estresse por alagamento no solo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) localizada em Belém- Pará, de janeiro a julho de 2014, quando foram utilizadas mudas de Clusia grandiflora Splitz. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com esquematização 2 x 5 x 5: duas condições hídricas - controle “C” e alagamento das raízes “A" x cinco períodos de avaliação - 0, 7, 14, 21 e 28 dias x 5 repetições controle e alagado, totalizando 50 unidades. As plantas alagadas foram envolvidas por um vaso de maior volume, mantidas com lamina d’água de 5 cm do coleto. Os dados foram submetidos a analise de variância (ANOVA), as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5%, os gráficos elaborados pelo programa Sigma Plot 12.5. O potencial hídrico do antemanhã (ψam), potencial hídrico do xilema foliar (ψx), conteúdo relativo de água (CRA), condutividade hidráulica (KL), e défict de pressão de vapor folha-ar (DPVf-a) reduziram conforme foi aumentando o tempo de estresse nas plantas; fotossíntese (A), condutância estomática (GS), transpiração (E) e resistência estomática (Rs) apresentaram diminuição nas plantas estressadas, apresentando reduções mais pronunciadas no 21º e no 28º dia. Houve significativo decréscimo de crescimento em altura (HC), numero de folhas (NR), comprimento de raízes (CR), área foliar (AF) no alagamento, e decréscimo não significativo nos diâmetros dos caules, por outro lado, ocorreu significativo aumento de comprimento de raízes adventícias (CRa), diâmetro das raízes adventícias (DRa) e formação de lenticelas hipertróficas (ALh) nas plantas alagadas. As massas secas da raiz (MSR), do caule (MSC), das folhas (MSF) e total (MST) apresentaram redução nas plantas alagadas. O alagamento induziu o aumento nas concentrações de amônio (CAL), sacarose (SA), prolina (PRO) e glicina betaína (GB), assim como nos teores de aminoácidos solúveis totais (AST), carboidratos solúveis totais (CST), tanto nas folhas, quanto nas raízes, por outro lado provocou redução nas concentrações de nitrato (CN), da glutamina sintetase (GS), das concetrações de amido (CA), e das proteínas solúveis totais (PST) nos tecidos foliares e das raízes. As plantas alagadas apresentaram correlação significativa direta e indireta entre as variáveis fisiológicas e variáveis bioquímicas, e entre as variáveis bioquímicas entre si. Os indicadores de crescimento, biomassa, fisiológicos e bioquímicos observados se mostraram eficientes para avaliar o estado geral e metabólico das plantas. O acúmulo de AST, PRO, GB, LDH, ADH, SA e CST nas folha e na raiz, e a translocação de CA da folha para raiz resultantes da intensidade do alagamento contribuíram para o ajustamento metabólico da planta, todavia, não foram capazes de impedir a redução na produção de massa seca. Todas as plantas sobreviveram ao experimento, no entanto, as estressadas provavelmente supriram a falta de oxigênio das raízes pela formação de raízes adventícias, lenticelas hipertróficas, e rachaduras caulinares. C gradiflora se mostrou promissora para ser utilizada como planta pioneira no reflorestamento de áreas degradadas.Flooding soil promotes one of the most frequent abiotic stresses to which they are subjected some plants, and that can interfere with quality of ecosystems such as the Amazon forest that survives from their own organic material, and its delicate balance is extremely sensitive to any interference. Clusia grandiflora Splitz. is an erect perennial pioneer tree species, occurring mainly in the Amazon biome sandbank. The aim of this study was to determine some of the ecophysiological and biochemical mechanisms of stress tolerance by water flooding the ground. The experiment was conducted in a greenhouse at the Federal Rural University of Amazonia (UFRA) located in Belem-Para, from January to July 2014, when seedlings were used in Clusia grandiflora Splitz. The experimental design was completely randomized layout with 2 x 5 x 5: two water conditions - control "C" and the root flooding "A" x five evaluation periods - 0, 7, 14, 21 and 28 days x 5 reps and control flooded, totaling 50 units. The flooded plants were surrounded by a higher volume vessel, maintained with a water depth of 5 cm from the collect. Data were submitted to analysis of variance (ANOVA), the averages compared by Tukey test at level of 5%, the graphics produced by Sigma Plot 12.5 program. The water potential of the predawn (ψam), the foliar xylem water potential (ψx), relative water content (CRA), hydraulic conductivity (KL), and pressure Deficit vapor (DPVf-a) air sheet was reduced as increasing the stress time in the plants, photosynthesis (A), stomatal conductance (GS), transpiration (E) and stomatal resistance (Rs) showed a decrease in stressed plants, with reductions more pronounced in the 21st and 28th day. There was a significant decrease in growth height (HC), sheet number (NR), root length (CR), leaf area (AF) in flooding, not significant decrease in diameter of stalks, moreover, a significant increase length of adventitious roots (CR), diameter of adventitious roots (DRÎ) and formation of hypertrophic lenticels (ALH) in flooded plants. Dried pasta root (MSR), stem (MSC), leaves (MSF) and total (MST) decreased in flooded plants. Flooding induced increase in ammonium concentration (CAL), sucrose (SA), proline (Pro) and glycine betaine (GB) and in total soluble amino acid levels (AST), soluble carbohydrates (CST), both in leaves, as in the roots on the other hand caused a reduction in nitrate (CN), glutamine synthetase (GS), the starch concetrações (CA), and total soluble proteins (PST) in the leaves and roots. The flooded plants had direct and indirect significant correlation between physiological and biochemical variables, and biochemical variables between each other. Growth indicators, biomass, physiological and biochemical observed were efficient to evaluate the overall condition and metabolism of plants. The accumulation of AST, PRO, GB, LDH, ADH, AS and CST in leaf and root, and root translocation of the AC-to-sheet resulting from flooding intensity contributed to the adjustment of Metabolic plant, however, were unable to prevent the reduction in dry matter production. All plants survived the experiment, however, the stressed probably lack of oxygen supplied the roots of the formation of adventitious roots, hypertrophic lenticels, and stem cracking. C Gradiflora it showed promising for use as a pioneer plant in the reforestation of degraded areas.UFRA/Campus Belémhttp://lattes.cnpq.br/6657344512169584SANTOS FILHO, Benedito Gomes dosOLIVEIRA NETO, Candido Ferreira dehttp://lattes.cnpq.br/0327663489224028https://orcid.org/0000-0002-6070-0549FERREIRA, Alexandre de Moraes2022-12-01T18:27:48Z2022-12-01T18:27:48Z2015-08-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFERREIRA, Alexandre de Moraes. Ecofisiologia, crescimento e bioquímica de Clusia grandiflora Splitg, submetidas a anoxia. Orientador: Dr. Benedito Gomes Filho. 2015. 114 f. Tese (Doutorado em Ciências Agrárias) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1781. Acesso em: .CDD 634.95http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1781Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United Stateshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRAinstname:Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)instacron:UFRA2022-12-01T18:43:41Zoai:repositorio.ufra.edu.br:123456789/1781Repositório Institucionalhttp://repositorio.ufra.edu.br/jspui/PUBhttp://repositorio.ufra.edu.br/oai/requestrepositorio@ufra.edu.br || riufra2018@gmail.comopendoar:2022-12-01T18:43:41Repositório Institucional da UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)false |
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