Fracionamento químico e bioacessibilidade de elementos potencialmente tóxicos em área de mineração artesanal de ouro na Amazônia.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PEREIRA, Wendel Valter da Silveira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRA
Resumo: Ministério da Educação, Universidade Federal Rural da Amazônia e Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas.
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spelling Fracionamento químico e bioacessibilidade de elementos potencialmente tóxicos em área de mineração artesanal de ouro na Amazônia.Fracionamento químico - Resíduos de mineraçãoElementos Potencialmente Tóxicos (EPTs)Biodisponibilidade de metaisSerra Pelada - Resíduos de mineraçãoExtração sequencial - MetaisMinistério da Educação, Universidade Federal Rural da Amazônia e Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas.A mina artesanal de Serra Pelada foi descoberta no início da década de 80, quando atraiu trabalhadores de diversas partes do mundo para a exploração de ouro. Atualmente, as pilhas de resíduos de mineração estão depositadas de maneira desprotegida na superfície do solo, podendo colocar a saúde da população em risco pela exposição a elementos potencialmente tóxicos (EPTs), especialmente considerando que a exploração mineral pode ter alterado a mobilidade, a biodisponibilidade e a bioacessibilidade de EPTs na região, o que ainda não foi estudado. Os objetivos foram realizar o fracionamento químico de bário (Ba), cromo (Cr), cobre (Cu), níquel (Ni), chumbo (Pb) e zinco (Zn) e determinar a bioacessibilidade destes elementos em solos e resíduos de mineração da área de influência da mina de Serra Pelada, Brasil. Foram coletadas 10 amostras de resíduos de mineração, 10 em áreas urbanas, 5 em áreas de agricultura e 2 em áreas de vegetação nativa. Foi realizada a caracterização química, física e mineralógica das amostras. As concentrações pseudototais foram extraídas por digestão ácida em forno de micro-ondas. O fracionamento químico foi obtido pelo protocolo BCR (Bureau Community of Reference) de extração sequencial, a bioacessibilidade oral foi obtida pelo método SBET (Simple Bioaccessibility Extraction Test) e a bioacessibilidade pulmonar foi obtida através da solução de Gamble. As concentrações foram quantificadas por espectroscopia de absorção atômica de chama e submetidas a análise estatística descritiva. Os resultados indicaram contaminação por Ba, Cu e Ni, principalmente para o Ba na área de mineração. O fracionamento químico revelou o predomínio dos elementos na forma residual. No entanto, o Ba está em altas concentrações em formas de maior mobilidade (trocável + redutível + oxidável), variando de 166,36 a 1379,58 mg kg-1. Independente da área, Cr e Cu são mais bioacessíveis por via oral na fase intestinal e o Zn na fase gástrica. Ba, Cr e Zn não são bioacessíveis via pulmonar, enquanto Cu, Ni e Pb são bioacessíveis por inalação. Os elementos estudados merecem atenção não apenas devido às altas concentrações pseudototais (que indicam risco potencial), mas também pelas concentrações em formas de alta mobilidade e frações bioacessíveis.The Serra Pelada artisanal mine was discovered in the early 1980s, when it attracted workers from around the world to explore gold. Currently, mining waste piles are deposited unprotected on the soil surface, which may put the population's health at risk from exposure to potentially toxic elements (PTEs), especially considering that mineral exploration may have altered the mobility, bioavailability and bioaccessibility of PTEs in the region, which has not yet been studied. The objectives were to perform the chemical fractionation of barium (Ba), chromium (Cr), copper (Cu), nickel (Ni), lead (Pb), and zinc (Zn), and to determine the bioaccessibility of these elements in soils and mining wastes from the influence area of the Serra Pelada mine, Brazil. Twenty-seven samples were collected: 10 in mining areas, 10 in urban areas, 5 in agriculture areas, and 2 in forest areas. Chemical, physical, and mineralogical characterizations of the samples were carried out. Pseudototal concentrations were extracted by acid digestion in a microwave oven. Chemical fractionation was obtained using the BCR (Bureau Community of Reference) protocol for sequential extraction, oral bioaccessibility was obtained using the SBET (Simple Bioaccessibility Extraction Test) method, and lung bioaccessibility was obtained using Gamble’s solution. The concentrations were quantified by flame atomic absorption spectroscopy and subjected to descriptive statistical analysis. The results indicated contamination by Ba, Cu, and Ni, mainly for Ba in the mining area. The chemical fractionation revealed the predominance of the elements in the residual form. However, Ba is in high concentrations in greater mobility forms (exchangeable + reducible + oxidable), ranging from 166.36 to 1379.58 mg kg-1. Regardless of the area, Cr and Cu are more oral bioaccessible in the intestinal phase and Zn in the gastric phase. Ba, Cr, and Zn are not lung bioaccessible, while Cu, Ni, and Pb are bioaccessible by inhalation. The studied elements deserve attention not only due to the high pseudototal concentrations (which indicate potential risk), but also the concentrations in high mobility forms and bioaccessible fractions.UFRA - Campus BelémFERNANDES, Antonio RodriguesPEREIRA, Wendel Valter da Silveira2021-02-22T04:39:21Z2021-02-22T04:39:21Z2020-02-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPEREIRA, Wendel Valter da Silveira. Fracionamento químico e bioacessibilidade de elementos potencialmente tóxicos em área de mineração artesanal de ouro na Amazônia. Orientador: Antonio Rodrigues Fernandes. 2020. 55 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2020.CDD 628.55repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1166Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United Stateshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRAinstname:Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)instacron:UFRA2021-02-22T04:39:21Zoai:repositorio.ufra.edu.br:123456789/1166Repositório Institucionalhttp://repositorio.ufra.edu.br/jspui/PUBhttp://repositorio.ufra.edu.br/oai/requestrepositorio@ufra.edu.br || riufra2018@gmail.comopendoar:2021-02-22T04:39:21Repositório Institucional da UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)false
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