Frequência alimentar na produção de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum) em tanques-rede.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, Aldry Lorran da Silva
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRA
Texto Completo: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1512
Resumo: Pesquisas na área de manejo alimentar de peixes com espécies nativas vem sendo realizadas na Amazônia no intuito de desenvolver um pacote tecnológico para melhorar os índices de produção. O tambaqui Colossoma macropomum é nativo da região Amazônica e muito apreciado pela população e a sua criação em cativeiro vem sendo cada vez mais estudada. Os resultados mostram que a espécie apresenta bons índices zootécnicos em ambientes de confinamento, boa resistência ao manejo e boa aceitação de dietas formuladas. O manejo alimentar do C. macropomum é um atributo fundamental para sua produção, uma vez que, está relacionado a uma fatia considerável dos custos de produção na piscicultura. O período e horário de alimentação e a frequência alimentar são fatores importantes que estão ligados diretamente com a biologia e comportamento das espécies, dessa forma, estudos que visam estabelecer a melhor frequência e períodos e horários de alimentação devem ser realizados para otimizar a alimentação das espécies. O estudo teve como objetivo avaliar o uso de diferentes frequências e horários de alimentação no desempenho produtivo e parâmetros sanguíneos de juvenis de C. macropomum. O experimento teve duração de 60 dias e foi realizado em tanques-rede de 0,5x 0,5x0,7 (largura, comprimento e altura), na densidade inicial de 30 peixes/tanque. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com seis tratamentos e três repetições: T1M: uma refeição por dia, às 8h da manhã; T1B: uma refeição por dia, às 16h; T2A: duas refeições por dia, às 8 e 14h; T2B: duas refeições por dia, às 8 e 16h; T3: três refeições por dia, às 8, 12 e 16h; e, T4: quatro refeições por dia, às 8, 10, 14 e 16h. Ao final do experimento, a sobrevivência foi semelhante entre os tratamentos e o aumento na frequência de alimentação levou a um aumento no consumo, nos índices de desempenho e nos parâmetros sanguíneos glicose, triglicerídeos e colesterol. Os peixes alimentados com uma refeição pela tarde apresentaram melhor desempenho do que os alimentados uma única vez pela manhã. Dessa forma, conclui-se que a frequência e o período de alimentação alteram o desempenho e os parâmetros sanguíneos analisados neste estudo em juvenis de C. macropomum criados em tanques-rede. Recomenda-se a frequência alimentar de duas (8 e 16h) a três refeições para um melhor desempenho e, se o manejo escolhido for de uma refeição, essa deve ser realizada no período da tarde.
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O período e horário de alimentação e a frequência alimentar são fatores importantes que estão ligados diretamente com a biologia e comportamento das espécies, dessa forma, estudos que visam estabelecer a melhor frequência e períodos e horários de alimentação devem ser realizados para otimizar a alimentação das espécies. O estudo teve como objetivo avaliar o uso de diferentes frequências e horários de alimentação no desempenho produtivo e parâmetros sanguíneos de juvenis de C. macropomum. O experimento teve duração de 60 dias e foi realizado em tanques-rede de 0,5x 0,5x0,7 (largura, comprimento e altura), na densidade inicial de 30 peixes/tanque. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com seis tratamentos e três repetições: T1M: uma refeição por dia, às 8h da manhã; T1B: uma refeição por dia, às 16h; T2A: duas refeições por dia, às 8 e 14h; T2B: duas refeições por dia, às 8 e 16h; T3: três refeições por dia, às 8, 12 e 16h; e, T4: quatro refeições por dia, às 8, 10, 14 e 16h. Ao final do experimento, a sobrevivência foi semelhante entre os tratamentos e o aumento na frequência de alimentação levou a um aumento no consumo, nos índices de desempenho e nos parâmetros sanguíneos glicose, triglicerídeos e colesterol. Os peixes alimentados com uma refeição pela tarde apresentaram melhor desempenho do que os alimentados uma única vez pela manhã. Dessa forma, conclui-se que a frequência e o período de alimentação alteram o desempenho e os parâmetros sanguíneos analisados neste estudo em juvenis de C. macropomum criados em tanques-rede. Recomenda-se a frequência alimentar de duas (8 e 16h) a três refeições para um melhor desempenho e, se o manejo escolhido for de uma refeição, essa deve ser realizada no período da tarde.Research in the area of feed management of native fish species has been carried out with the aim of developing a technological package to improve aquaculture. The tambaqui Colossoma macropomum is native to the Amazon region and is highly appreciated by the population and its breeding in captivity has been increasingly studied. The results show that the species presents good performance in confined environments, good resistance to management and good acceptance of formulated diets. The feed management of C. macropomum is a fundamental attribute for its production, since it is related to a considerable portion of the production costs in fish farming. The period and time of feeding and feeding frequency are important factors that are directly linked to the biology and behavior of the species, therefore, studies aimed at establishing the best frequency and periods and times of feeding should be carried out to optimize the feeding of the species. The study aimed to evaluate the use of different frequencies and feeding times to evaluate the performance and blood parameters in C. macropomum juveniles. The experiment lasted 60 days and was carried out in 0.5x 0.5x0.7 m cages (width, length and height), at an initial density of 30 fish/tank. The experimental design was completely randomized, with six treatments and three replications: T1M: one meal a day, at 8h; T1B: one meal a day, at 14h; T2A: two meals a day, at 8 and 14h; T2B: two meals a day, at 8 and 16h; T3: three meals a day, at 8, 12 am and 16h; and, T4: four meals a day, at 8, 10, 14 and 16h. At the end of the experiment, survival was similar between treatments and the increase in feeding frequency led to an increase in consumption, performance and blood parameters glucose, triglycerides and cholesterol. Fish fed one meal in the afternoon performed better than those fed only once in the morning. The frequency and period of feeding change the performance and blood parameters analyzed in this study in C. macropomum juveniles reared in cages. Feeding frequency at two (8 and 16h) to three meals is recommended for better performance and, if the chosen management is one meal, this should be done in the afternoon (16h).UFRA/Campus Belémhttp://lattes.cnpq.br/1986643293139767TAKATA, RodrigoLUZ, Ronald Kennedyhttp://lattes.cnpq.br/9450460842293932Nuno Filipe Alves Correia de Melohttp://lattes.cnpq.br/4989238044542736https://orcid.org/0000-0002-1021-5772https://orcid.org/0000-0003-4163-4133SOUZA, Aldry Lorran da Silva2022-02-10T22:02:07Z2022-02-10T22:02:07Z2021-02-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSOUZA, Aldry Lorran da Silva. Frequência alimentar na produção de juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum) em tanques-rede. Orientador: Rodrigo Takata. 2021. 53 f. Dissertação (Mestrado em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais) - Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2021. Disponível em: http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1512. Acesso em: .CDD - 639.31http://repositorio.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1512Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 United Stateshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRAinstname:Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)instacron:UFRA2022-02-19T01:06:02Zoai:repositorio.ufra.edu.br:123456789/1512Repositório Institucionalhttp://repositorio.ufra.edu.br/jspui/PUBhttp://repositorio.ufra.edu.br/oai/requestrepositorio@ufra.edu.br || riufra2018@gmail.comopendoar:2022-02-19T01:06:02Repositório Institucional da UFRA - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)false
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