Políticas públicas para a produção de fibras vegetais e a indústria de aniagem no Amazonas

• Autor(a) principal: Araújo, Karine da Silva
• Data de Publicação: 2017
• Outros Autores: Pereira, Henrique dos Santos
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista de Ciências Agrárias (Belém. Online)
• Texto Completo: https://ajaes.ufra.edu.br/index.php/ajaes/article/view/2321

O Amazonas é o principal estado brasileiro produtor de fibras de juta (Corchorus capsularis L.) e malva (Urena lobata L.) que servem de insumo para a indústria regional de aniagem. Essa atividade econômica teve seu apogeu na década de 1960, e começou a dar sinais de declínio na década de 1980, devido à perda de competitividade do seu principal produto industrial – a sacaria – para as fibras sintéticas. Mais recentemente, devido ao crescente interesse por alternativas de desenvolvimento sustentável, as atividades econômicas de base orgânica que promovam a conciliação entre a conservação do ambiente e a utilização econômica sustentada dos recursos naturais começam a ser mais valorizadas. No entanto, materiais renováveis, como as fibras naturais de juta e malva vêm perdendo participação nos mercados. Os fatores internos e externos que limitam a cadeia produtiva dessas fibras e as oportunidades e ameaças ao setor foram analisados a partir da percepção dos diferentes grupos de interesses dessa atividade. A efetividade das principais políticas públicas de fomento ao setor foi analisada tomando-se como base seus resultados práticos no último decênio. Os resultados obtidos neste estudo apontam que a falta de inovação tecnológica e a instabilidade das políticas setoriais aliadas à ausência de planejamento público estratégico são parcialmente responsáveis pelos prejuízos acumulados pelos produtores agrícolas e indústrias locais. Para corrigir as falhas de governança das políticas públicas de modo que estas proporcionem de fato o soerguimento desta cadeia produtiva, medidas estruturais corretivas e ações coordenadas entre agricultores, indústrias e os poderes públicos são necessárias.