A política cultural antinegritude do Museu Histórico Nacional – MHN: criação do MHN e a exposição internacional do centenário de Independência do Brasil (1822 – 1922)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Paulo Ricardo Bosque dos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/1702
Resumo: O presente trabalho busca investigar o surgimento e desdobramentos de um dos mais influentes equipamentos culturais do Brasil, o Museu Histórico Nacional (MHN) e sua primeira exposição, a Exposição Internacional do Centenário de Independência do Brasil, a maior e mais ambiciosa exposição brasileira da história do país. Discorrendo sobre ambos ao tange sobre estudos de raça/etnia/desigualdades (quanto crítica social e histórica). O MHN foi, como tantos outros museus (com ênfase aos de dimensão nacional), concebido como ferramenta da hoje denominada Política Cultural e da Política da Memória. O período histórico compreende o início da República (1889), com ênfase na fundação do museu no ano de 1922 e a Exposição Internacional do Centenário de Independência do Brasil (1922-1923) se debruçando até o fim do Estado Novo (1946), mais conhecida como Era Vargas. O estudo tem por objetivo investigar como o MHN refletiu significativamente a formulação da identidade nacional brasileira no que se refere ao apagamento existencial da participação do povo negro (tanto quanto coletividade sociocultural e quanto resistência aos processos coloniais) desse exercício de contar a história da formação dessa nação. A elite intelectual decretou quanto agenda de urgência a reprodução dos processos históricos ocorridos ao longo dos séculos da constituição dos estado-nações europeus, de tal maneira a buscar executá-los de artificial e em poucas décadas no Brasil. Acreditavam a elite intelectual e a elite política,serem capazes de fazer o país sair da condição de ex-colônia inexpressiva no cenário internacional para se equiparar a uma potência europeia ‘tropical’. A mentalidade nacionalista brasileira definiu como de suma importância a preservação da cultura material dos povos que originaram a população deste território, e o local de salvaguarda dessa memória meticulosamente selecionada, e logo, não fidedigna de mostrar ambos os lados dos conflitos históricos internos, são os grandes museus. Quanto a área da museologia, o estudo direcionase à Comunicação Museológica e da Teoria Museológica. O método científico empregado predominante é o indutivo, através da reflexão analítica das exposições e acervos, dialogando bibliografia e contexto geopolítico, documentos que fazem referência direta a criação e desenvolvimento da instituição MHN e a construção de seus acervos, além de registros fotográficos. Caminhando através da teoria e da reflexão crítica sobre uma ótica racializada.
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spelling 2022-11-16T18:00:08Z2022-11-16T18:00:08Z2018-03-28REIS, Paulo Ricardo Bosque dos. A política cultural antinegritude do Museu Histórico Nacional – Mhn: criação do Mhn e a exposição internacional do centenário de Independência do Brasil (1822 – 1922). 99 p. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Museologia) - Centro de Artes, Humanidades e Letras, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cachoeira, 2018.http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/1702O presente trabalho busca investigar o surgimento e desdobramentos de um dos mais influentes equipamentos culturais do Brasil, o Museu Histórico Nacional (MHN) e sua primeira exposição, a Exposição Internacional do Centenário de Independência do Brasil, a maior e mais ambiciosa exposição brasileira da história do país. Discorrendo sobre ambos ao tange sobre estudos de raça/etnia/desigualdades (quanto crítica social e histórica). O MHN foi, como tantos outros museus (com ênfase aos de dimensão nacional), concebido como ferramenta da hoje denominada Política Cultural e da Política da Memória. O período histórico compreende o início da República (1889), com ênfase na fundação do museu no ano de 1922 e a Exposição Internacional do Centenário de Independência do Brasil (1922-1923) se debruçando até o fim do Estado Novo (1946), mais conhecida como Era Vargas. O estudo tem por objetivo investigar como o MHN refletiu significativamente a formulação da identidade nacional brasileira no que se refere ao apagamento existencial da participação do povo negro (tanto quanto coletividade sociocultural e quanto resistência aos processos coloniais) desse exercício de contar a história da formação dessa nação. A elite intelectual decretou quanto agenda de urgência a reprodução dos processos históricos ocorridos ao longo dos séculos da constituição dos estado-nações europeus, de tal maneira a buscar executá-los de artificial e em poucas décadas no Brasil. Acreditavam a elite intelectual e a elite política,serem capazes de fazer o país sair da condição de ex-colônia inexpressiva no cenário internacional para se equiparar a uma potência europeia ‘tropical’. A mentalidade nacionalista brasileira definiu como de suma importância a preservação da cultura material dos povos que originaram a população deste território, e o local de salvaguarda dessa memória meticulosamente selecionada, e logo, não fidedigna de mostrar ambos os lados dos conflitos históricos internos, são os grandes museus. Quanto a área da museologia, o estudo direcionase à Comunicação Museológica e da Teoria Museológica. O método científico empregado predominante é o indutivo, através da reflexão analítica das exposições e acervos, dialogando bibliografia e contexto geopolítico, documentos que fazem referência direta a criação e desenvolvimento da instituição MHN e a construção de seus acervos, além de registros fotográficos. Caminhando através da teoria e da reflexão crítica sobre uma ótica racializada.The present work seeks to investigate the emergence and unfolding of one of the most influential cultural facilities in Brazil, the National Historical Museum (MHN) and its first exhibition, the International Exhibition of the Centenary of Independence of Brazil, the largest and most ambitious Brazilian exhibition in the country's history. Talking about both touches on studies of race/ethnicity/inequalities (in terms of social and historical criticism). The MNH was, like so many other museums (with emphasis on national ones), conceived as a tool of what is now called Cultural Policy and Memory Policy. The period history comprises the beginning of the Republic (1889), with emphasis on the foundation of the museum in the year of 1922 and the International Exhibition of the Centenary of Independence of Brazil (1922-1923) until the end of the Estado Novo (1946), better known as the Vargas Era. The study aims to investigate how the MHN significantly reflected the formulation of the Brazilian national identity with regard to the existential erasure of the participation of the black people (both as a sociocultural collectivity and as a resistance to the processes colonial) of this exercise of telling the history of the formation of that nation. the intellectual elite decreed the urgency of reproducing the historical processes that took place throughout centuries of the constitution of European nation-states, in such a way as to seek to execute them of artificial and in a few decades in Brazil. The intellectual elite and the political elite believed, to be able to make the country leave the condition of an unimpressive ex-colony in the international competition to match a 'tropical' European power. the nationalist mentality Brazilian society defined the preservation of the material culture of the peoples that originated the population of this territory, and the place where this memory is safeguarded meticulously selected, and therefore unreliable in showing both sides of the conflict internal histories, are the great museums. As for the museology area, the study is directed to Museological Communication and Museological Theory. The scientific method used predominant is the inductive, through the analytical reflection of the exhibitions and collections, dialoguing bibliography and geopolitical context, documents that make direct reference to the creation and development of the MHN institution and the construction of its collections, in addition to photographic. Walking through theory and critical reflection on a racialized perspective.porUniversidade Federal do Recôncavo da BahiaUFRBBrasilCAHL - Centro de Artes, Humanidades e LetrasCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::MUSEOLOGIARacial criticismMuseological theoryInternational exposureBrazilian museologyCentenary of Independence of BrazilCrítica racialTeoria museológicaMuseologia brasileiraExposição internacionalCentenário de Independência do BrasilA política cultural antinegritude do Museu Histórico Nacional – MHN: criação do MHN e a exposição internacional do centenário de Independência do Brasil (1822 – 1922)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisBachareladoSantos, Patrícia Verônica Pereira dosPêpe, Suzane Tavares de PinhoBarros, Ronaldo Crispim SenaReis, Paulo Ricardo Bosque dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRBinstname:Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)instacron:UFRBORIGINALPolitica_Cultural_Antinegritude_TCC_2018.pdfPolitica_Cultural_Antinegritude_TCC_2018.pdfapplication/pdf1332605http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1702/1/Politica_Cultural_Antinegritude_TCC_2018.pdf5f9d119197fccbca930ef071b079e455MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81930http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1702/2/license.txt17dd64d7a271c2bbd8e88fd80624d4a1MD52123456789/17022022-11-16 15:00:09.001oai:ri.ufrb.edu.br:123456789/1702TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVU5JVkVSU0lEQURFIEZFREVSQUwgRE8gUkVDw5ROQ0FWTyBEQSBCQUhJQQoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChhdXRvcihhKSBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcykgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSZWPDtG5jYXZvIGRhIEJhaGlhIChSSVVGUkIpIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBlIGlycmV2b2fDoXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSwgcXVhbmRvIGNhYsOtdmVsLCBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvIGUgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBkbyBSSVVGUkIuCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBlc3RlIGFycXVpdm8gw6kgYSB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvIGVtIHN1cG9ydGUgZGlnaXRhbCwgY29uZmlybWFkYSBwZWxvIG9yaWVudGFkb3IoYSkgbWVkaWFudGUgYXNzaW5hdHVyYSBhYmFpeG8sIGFwcm92YWRhIGFww7NzIGEgcmVhbGl6YcOnw6NvIGRlIGRlZmVzYSBww7pibGljYSwgZSwgcXVhbmRvIGZvciBvIGNhc28sIGFww7NzIGFzIGNvcnJlw6fDtWVzIHN1Z2VyaWRhcyBwZWxhIGJhbmNhLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgb3JpZ2luYWwsIG7Do28gaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgcGVzc29hIGUgcXVlIGNvbnRlbmRvIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXRlbmhhIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyByZWZlcmlkb3MgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBVRlJCIG9zIHRlcm1vcyByZXF1ZXJpZG9zIHBvciBlc3TDoSBsaWNlbsOnYS4KClZvY8OqIGFmaXJtYSBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHByb2R1w6fDo28gY2llbnTDrWZpY2EgZSBhY2Fkw6ptaWNhIHByZXNlcnZhIG9zIGRpcmVpdG9zIGRvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBlLCBkZXNzYSBmb3JtYSwgbsOjbyBpbXBsaWNhIGVtIHRyYW5zZmVyw6puY2lhIGRvcyBzZXVzIGRpcmVpdG9zIHNvYnJlIG8gdHJhYmFsaG8gcGFyYSBhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCkNBU08gTyBET0NVTUVOVE8gT1JBIERFUE9TSVRBRE8gVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZSQiBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIG91IGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZG8gZG9jdW1lbnRvIGUsIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufrb.edu.br/oai/requestnutin.cidoc@proplan.ufrb.edu.bropendoar:27582022-11-16T18:00:09Repositório Institucional da UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)false
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