Avaliação da atividade lisossomal de células de cérebro e fígado de gerbis (Meriones unguiculatus) infectados “in vitro” com Neospora caninum

• Autor(a) principal: Santos, Alanna Rachel Andrade dos
• Data de Publicação: 2010
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
• Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2257
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::PARASITOLOGIA; Infecção; Neosporose; Protozoário; Atividade lisossomal; Infection; Neosporosis; Protozoan; Lysosomal activity

Neospora caninum é um protozoário coccídio agente causador da neosporose, uma parasitose de ocorrência mundial caracterizada por causar abortamento e alterações neonatais. Este parasito apresenta bovinos, caprinos e bubalinos como seus hospedeiros intermediários, enquanto cães e coiotes são descritos como seus hospedeiros definitivos. Considerando que N. caninum é um parasito intracelular obrigatório acredita-se que a infecção por este protozoário possa interferir na atividade das organelas das células infectadas, dentre essas organelas destacam-se os lisossomos, centro de degradação primária da célula. Devido a isso, o presente trabalho objetiva analisar o nível de enzimas catalíticas, as fosfatases ácidas, presentes no interior dos lisossomos do cérebro e fígado de 20 gerbis (Meriones Unguiculatus), sendo 10 infectados experimentalmente e 10 controles. Os animais foram infectados por via subcutânea com 5x105 taquizoítos da cepa NC-Bahia e eutanasiados por deslocamento cervical. A fraçãolisossomial foi obtida por meio de centrifugações fracionadas e refrigeradas. As fosfatases ácidas presentes no interior dos lisossomos de cérebro e fígado dos gerbis foram dosadas com o uso de kit comercial. Os animais controles apresentaram para cérebro uma atividade de fosfatase ácida de 34,3 ± 5,7 UI/mL; enquanto os animais infectados apresentaram taxas de 26,9 ± 3,7 UI/mL. Já a média da atividade fosfatásica ácida das cμélulas de fígado para os animais controles foi de 28,3 ± 2,5 UI/g de proteínas totais/mL e de 8,7 ± 6,8 UI/μg de proteínas totais/mL para os animais infectados. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que a maior estabilidade lisossômica encontrada no grupo infectado, provavelmente corresponde a um mecanismo de defesa do parasito ao ataque das enzimas hidrolíticas ácidas contidas nos lisossomos primários.