Uso de medicamentos potencialmente inapropriados em instituições de longa permanência para idosos: revisão integrativa

• Autor(a) principal: Argolo, Rosiléia Silva
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
• Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2039
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM; Idoso; Medicamento; Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI); Elderly; Medicine; Long Stay Institutions for the Elderly (LSIE)

Objetivo: Analisar a prevalência do uso de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI) em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). Introdução: Os idosos são vulneráveis aos problemas relacionados aos medicamentos, principalmente devido às alterações farmacodinâmicas efarmacocinéticas, próprias do envelhecimento. Nesse sentido, destacam-se os MPI para idosos que, apesar de serem associados aos desfechos negativos, continuam sendo prescritos e utilizados sem cautela em ILPIs. Método: Revisão integrativa da literatura foi usada para obter artigos de bases de dados online relevantes, tendo como pergunta norteadora: “Qual a prevalência do uso de medicamentos potencialmente inapropriados para idosos em Instituições de Longa Permanência?”. O processo de busca e seleção dos estudos seguiu as recomendações PRISMA 2020. Os critérios de elegibilidade foram estudos observacionais e experimentais, nos idiomas inglês e português, realizados nos últimos 10 anos com pacientes idosos ≥ 60 anos e estudos de prevalência de uso de MPI em idosos residentes em ILPIs. Resultados: A amostra final foi composta por 11 artigos, dos quais, seis (54,54%) foram publicados no Brasil, dois (18,18%) na Malásia e um na Austrália, Irlanda e Espanha, respectivamente. O principal tipo de estudo foi o transversal com 10 (90,90%) artigos, publicados entre 2012 e 2019, sendo predominante o ano de 2012 (36,36%). A média de prevalência de uso de MPI foi de 43,86% (7,8%-80%), destacando-se maior relação com o sexo feminino (58,5%) e a polifarmácia (58,7%). Discussão: Os resultados observados apontam alta e preocupante prevalência de MPI para idosos institucionalizados. É fundamental a proposição e implementação de estratégias que visem à diminuição do uso desses medicamentos. Destacaram-se as intervenções educativas, desprescrição e informatização dos sistemas de prescrição. Tais estratégias se mostraram efetivas e viáveis. A equipe de enfermagem, nesse sentido, se destaca por ser a última barreira antes do uso do medicamento. Portanto, a identificação de tais medicamentos e a discussão, junto ao prescritor e demais membros da equipe de saúde, torna-se de grande valia no processo de revisão da prescrição e diminuição do uso dos MPI. Conclusão: Os resultados deste estudo destacam a importância de sensibilizar os profissionais de saúde para o uso racional de medicamentos e maior segurança da farmacoterapia proposta para a população idosa. Implicações para a pesquisa, política e prática: Pesquisas futuras nesta temática são necessárias para reforçar a necessidade da diminuição das prescrições inadequadas e a importância do uso racional de medicamentos para residentes em ILPIs.