Produção in vitro de embriões bovinos de doadoras zebuínas (Bos indicus) e taurinas (Bos taurus)

• Autor(a) principal: Guimarães, Anita Soares Barbosa
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
• Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2122
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::MEDICINA VETERINARIA::REPRODUCAO ANIMAL; Biotécnicas da reprodução; Doadoras; Ovum Pick-Up (OPU); Cultivo in vitro; Biotechniques of reproduction; Donors; Ovum Pick-Up (OPU); In vitro culture

Teve-se como objetivo avaliar o efeito raça sobre a produção in vitro de embriões bovinos a partir de doadoras de origem zebuína e taurina. Os complexos cumulus oócitos (COC’s) foram obtidos de 167 doadoras Bos taurus e 161 Bos indicus, por meio de Ovum pick-up, em meio tampão fosfato salino à 36°C acrescido de heparina, e classificados em Grau I, II, III e desnudos quanto à qualidade morfológica, envasados em palhetas com meio de maturação e encaminhados ao laboratório. Foram maturados em incubadora entre 22 e 24h em meio de maturação e encaminhados à fertilização entre 18 e 22h. Os zigotos foram transferidos para meio de cultivo, permanecendo durante sete dias. Concluído o cultivo in vitro, os embriões foram classificados em mórula (MO), blastocisto inicial (BI), blastocisto (BL) e blastocisto expandido (BX) e envasados em palhetas contendo meio de cultivo, encaminhados em transportadora com atmosfera 5% de CO2, 5% de O2 a 36°C, para transferência em receptoras devidamente sincronizadas. Após 30 e 45 dias da inovulação, realizou-se o diagnóstico de gestação. Os dados foram avaliados pelo teste Shapiro-Wilk, não atendendo critérios de normalidade, foram submetidos ao teste Mann-Whitney, considerando nível de significância menor que 0,05. Os animais Bos indicus apresentaram maior produção oocitária (n=2556), com 15,9 oócitos/doadora em comparação aos Bos taurus (n=1903), com 11,4 oócitos/doadora (P=0,008). Houve diferença para qualidade morfológica dos COC’s (689 e 444 em GI, P<0,0001; 681 e 509 em GIII, P=0,010), com superioridade da raça zebuína. Não houve diferença entre os grupamentos para grau II (1101 zebuínas e 889 taurinas, P=0,110) e desnudos (85 zebuínas e 61 taurinas, P=0,311). Quanto à produção de embriões, houve diferença nas porcentagens obtidas de MO (0,44% zebuínas e 6,42% taurinas, P=0,017), BL (14,18% zebuínas e 3,74% taurinas, P<0,0001) e BX (81,43% zebuínas e 75,13% taurinas, P<0,0001). Não foi observado diferença para BI (3,96% zebuínas e 14,71% taurinas) (P=0,149). Não houve diferença em relação a taxa de prenhez (50,4% zebuínas e 44,5% taurinas) (P>0,05). Os animais Bos indicus apresentaram maior recuperação oocitária e maior número de oócitos viáveis em comparação às vacas Bos taurus, como também, maior produção de embriões viáveis.