Trabalho do adolescente: efeitos sobre a saúde e desempenho escolar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Araujo, Jessica Silva de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2037
Resumo: O trabalho infantil se configura um problema muito frequente no país, há décadas é praticado e muitas vezes negligenciado, porém, ele pode causar danos tanto à saúde quanto o desempenho escolar de crianças e adolescentes. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar o impacto do trabalho na saúde e no desempenho escolar de adolescentes. Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo transversal com 44 estudantes de 14 a 19 anos de duas escolas públicas do município de Santo Antonio de Jesus - BA. O instrumento de coleta de dados foi um questionário estruturado. A prevalência de trabalho adolescente foi estimada em 36,4%. A maioria dos adolescentes é do sexo feminino tanto entre os trabalhadores (75%) como entre os não trabalhadores (71,4%). A faixa etária predominante foi 14 – 16 anos, 68,8% entre os que trabalham e 82,1% entre os que apenas estudam. 87,5% dos adolescentes que trabalham estavam cursando o ensino fundamental II contra 92,9% dos não trabalhadores. A maioria dos estudantes se autodeclarou como pretos e pardos tanto entre os trabalhadores (75,1%) quanto entre os não trabalhadores (60,7%). 56,3% dos trabalhadores e 54,5% dos não trabalhadores, relataram renda familiar entre 1 a 2 salários mínimos. A ajuda econômica aos pais foi principal motivo apontado para a entrada no mercado de trabalho (50%). O comércio e os serviços domésticos são as atividades econômicas mais exercidas, ambas com 37,5%. Com ao desempenho escolar, adolescentes que trabalham em geral faltam mais às aulas (37,5%), chegam atrasados com maior frequência (37,5%), sentem mais sono durante a aula (18%) possuem maior índice de reprovação (75%) e abandono escolar (12,5%). A maioria dos entrevistados de ambos os grupo trabalhadores e não trabalhadores consideraram o estado de saúde mediano, 62,5% e 60,7%, respectivamente. Os problemas de saúde autoreferidos pelos estudantes foram lombalgia, nervosismo, sonolência, insônia, irritação nos olhos, palpitações, fraqueza e acidentes de trabalho. Em todos os casos os problemas de saúde foram mais freqüentes entre os adolescentes que trabalhavam. Conclui-se que o trabalho precoce está associado negativamente ao desempenho escolar e a saúde dos adolescentes, sugere-se novas pesquisas, fortalecimento de políticas públicas e uma maior fiscalização pelos órgãos competentes e uma ações multiprofissionais no intuito de erradicar o trabalho de crianças e adolescentes.
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A prevalência de trabalho adolescente foi estimada em 36,4%. A maioria dos adolescentes é do sexo feminino tanto entre os trabalhadores (75%) como entre os não trabalhadores (71,4%). A faixa etária predominante foi 14 – 16 anos, 68,8% entre os que trabalham e 82,1% entre os que apenas estudam. 87,5% dos adolescentes que trabalham estavam cursando o ensino fundamental II contra 92,9% dos não trabalhadores. A maioria dos estudantes se autodeclarou como pretos e pardos tanto entre os trabalhadores (75,1%) quanto entre os não trabalhadores (60,7%). 56,3% dos trabalhadores e 54,5% dos não trabalhadores, relataram renda familiar entre 1 a 2 salários mínimos. A ajuda econômica aos pais foi principal motivo apontado para a entrada no mercado de trabalho (50%). O comércio e os serviços domésticos são as atividades econômicas mais exercidas, ambas com 37,5%. Com ao desempenho escolar, adolescentes que trabalham em geral faltam mais às aulas (37,5%), chegam atrasados com maior frequência (37,5%), sentem mais sono durante a aula (18%) possuem maior índice de reprovação (75%) e abandono escolar (12,5%). A maioria dos entrevistados de ambos os grupo trabalhadores e não trabalhadores consideraram o estado de saúde mediano, 62,5% e 60,7%, respectivamente. Os problemas de saúde autoreferidos pelos estudantes foram lombalgia, nervosismo, sonolência, insônia, irritação nos olhos, palpitações, fraqueza e acidentes de trabalho. Em todos os casos os problemas de saúde foram mais freqüentes entre os adolescentes que trabalhavam. Conclui-se que o trabalho precoce está associado negativamente ao desempenho escolar e a saúde dos adolescentes, sugere-se novas pesquisas, fortalecimento de políticas públicas e uma maior fiscalização pelos órgãos competentes e uma ações multiprofissionais no intuito de erradicar o trabalho de crianças e adolescentes.Child labor is a very frequent problem sets in the country, is practiced for decades and often overlooked, but it can cause damage to both the health and the academic performance of children and adolescents. Thus, the aim of this study was to evaluate the impact of work on health and school performance of teenagers. An epidemiological cross-sectional study with 44 students from 14 to 19 years was conducted in two public schools in Santo Antonio de Jesus - BA. The instrument for data collection was a structured questionnaire divided into four blocks applied by trained students. The ethical and legal aspects of this study are based on Resolution 466/12. For entry and data analysis was employed using SPSS (Social Package for Social Sciences) for Windows Version 20 Key findings in the survey were: 16 students worked (36.4%) and 28 were not employed (63.6 %); the majority of respondents are female both among workers (75%) and among non-workers (71.4%); the predominant age group was 14-16 years, and 68.8% among those who work and those who study only 82.1%. Regarding education 87.5% of respondents were working in elementary school II against 92.9% of non-workers. Most student workers considered afrodescendant both among workers (75.1%) and among non workers (60.7%) and 56.3% among workers and 54.5% among non-workers reported that family income corresponds between 1-2 minimum wages. Among students who work 50.0% states that works to help parents. It was noted that trade and domestic services are the working groups most exercised, both with 37.5%. Regarding adolescent school performance working in general missing more school (37.5%) are late more often (37.5%), feel more sleep during class (18%) have a higher failure rate (75 %) and school leavers (12.5%). The majority of respondents from both groups, workers and non-workers considered the state median health, 62.5% and 60.7%, respectively. Health problems referred the students were back pain, nervousness, somnolence, insomnia, eye irritation, palpitations, weakness and accidents. In all cases the problems are more common among adolescents who work. We conclude that early work is negatively associated with school performance and adolescent health, suggest new research, strengthening of public policies and greater oversight by the relevant agencies and multidisciplinary actions in order to eradicate the work of children and adolescents.porUniversidade Federal do Recôncavo da BahiaUFRBBrasilCCS - Centro de Ciências da SaúdeCNPQ::CIENCIAS DA SAUDECNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEMCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM::ENFERMAGEM PEDIATRICAChild laborAdolescentHealthEducationPublic policySanto Antônio de Jesus (BA)Trabalho infantilAdolescenteSáudeEducaçãoPolítica públicaSanto Antônio de Jesus (BA)Trabalho do adolescente: efeitos sobre a saúde e desempenho escolarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisBachareladoHelioterio, Margarete CostaSousa, Flavia Nogueira e Ferreira deBarbara, Josele de Farias Rodrigues SantaAraujo, Jessica Silva deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRBinstname:Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)instacron:UFRBORIGINALTrabalho_Adolescente_Efeitos_TCC_2014.pdfTrabalho_Adolescente_Efeitos_TCC_2014.pdfapplication/pdf1001114http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2037/1/Trabalho_Adolescente_Efeitos_TCC_2014.pdf50e81bfc1133f44a74e9614521a554ceMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81930http://ri.ufrb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/2037/2/license.txt17dd64d7a271c2bbd8e88fd80624d4a1MD52123456789/20372023-02-03 17:55:41.942oai:ri.ufrb.edu.br:123456789/2037TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVU5JVkVSU0lEQURFIEZFREVSQUwgRE8gUkVDw5ROQ0FWTyBEQSBCQUhJQQoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChhdXRvcihhKSBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcykgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSZWPDtG5jYXZvIGRhIEJhaGlhIChSSVVGUkIpIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBlIGlycmV2b2fDoXZlbCBkZSByZXByb2R1emlyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSwgcXVhbmRvIGNhYsOtdmVsLCBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvIGUgcXVlIGNvbmhlY2UgZSBhY2VpdGEgYXMgRGlyZXRyaXplcyBkbyBSSVVGUkIuCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBlc3RlIGFycXVpdm8gw6kgYSB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvIGVtIHN1cG9ydGUgZGlnaXRhbCwgY29uZmlybWFkYSBwZWxvIG9yaWVudGFkb3IoYSkgbWVkaWFudGUgYXNzaW5hdHVyYSBhYmFpeG8sIGFwcm92YWRhIGFww7NzIGEgcmVhbGl6YcOnw6NvIGRlIGRlZmVzYSBww7pibGljYSwgZSwgcXVhbmRvIGZvciBvIGNhc28sIGFww7NzIGFzIGNvcnJlw6fDtWVzIHN1Z2VyaWRhcyBwZWxhIGJhbmNhLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgb3JpZ2luYWwsIG7Do28gaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgcGVzc29hIGUgcXVlIGNvbnRlbmRvIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXRlbmhhIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLCBvYnRldmUgYXV0b3JpemHDp8OjbyBwcsOpdmlhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyByZWZlcmlkb3MgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBVRlJCIG9zIHRlcm1vcyByZXF1ZXJpZG9zIHBvciBlc3TDoSBsaWNlbsOnYS4KClZvY8OqIGFmaXJtYSBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHByb2R1w6fDo28gY2llbnTDrWZpY2EgZSBhY2Fkw6ptaWNhIHByZXNlcnZhIG9zIGRpcmVpdG9zIGRvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBlLCBkZXNzYSBmb3JtYSwgbsOjbyBpbXBsaWNhIGVtIHRyYW5zZmVyw6puY2lhIGRvcyBzZXVzIGRpcmVpdG9zIHNvYnJlIG8gdHJhYmFsaG8gcGFyYSBhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCkNBU08gTyBET0NVTUVOVE8gT1JBIERFUE9TSVRBRE8gVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZSQiBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIG91IGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZG8gZG9jdW1lbnRvIGUsIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufrb.edu.br/oai/requestnutin.cidoc@proplan.ufrb.edu.bropendoar:27582023-02-03T20:55:41Repositório Institucional da UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)false
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