Rotifera na bacia hidrográfica do Rio Una, Valença, baixo sul da Bahia

• Autor(a) principal: Mendes, Ian Baraúna
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
• Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2377
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERAL; Plâncton; Limnologia; Comunidade; Valença (BA); Plankton; Limnology; Community; Valença (BA)

O Filo Rotifera engloba um grupo de invertebrados pseudocelomados com tamanho entre 100 e 1000μm. Seu corpo é dividido em cabeça, tronco e pé terminal. Possuem uma faringe muscular mais um conjunto de peças duras - mástax - e uma coroa ciliar para auxílio na locomoção e ingestão de alimentos, características que os distinguem dos demais grupos de animais. O estudo foi desenvolvido no município de Valença-BA, em quatro pontos de coletas, identificados como Baixo Sul (BS), sob coordenadas geográficas 13° 17’ 07.6” S e 039° 04' 40.1" W. O material biológico foi coletado através de rede (plâncton) cilíndrica-cônica, 64μm de malha de abertura, fixado em formol 4% e sua identificação realizada através de consulta a bibliografia específica e observação em microscópio Olympus CX31. Os dados referentes as variáveis abióticas foram coletados com sonda multiparâmetro modelo HANNA 9828. O objetivo deste trabalho foi gerar informações sobre alguns atributos ecológicos da comunidade de Rotifera na bacia hidrográfica do rio Una. Foram registrados 57 táxons, 56 distribuídos em 10 Famílias pertencentes a Classe Monogononta, com maior representatividade para Lecanidae e Brachionidae e 1 táxon pertencente a Classe Digononta, Ordem Bdelloidea. Lecane bulla (86,5%), Lecane lunaris (61,5%) e Trichotria tetractis (57,7%) foram as espécies mais frequentes nas amostras. As maiores riquezas foram observadas nos pontos BS3 (29 táxons) e BS1 (28 táxons) localizados na região serrana, zona rural do município de Valença. As Famílias mais abundantes foram Lecanidae (19.157 org./m3), Brachionidae (2.725 org./m3), Trichotriidae (2.346 org./m3) e Euchlanidae (2.314 org./m3). Lecane bulla (10.212 org./m3), Lecane lunaris (4.265 org./m3), Trichotria tetractis (1.505 org./m3) e Lecane luna (1.382 org./m3) registraram as maiores abundâncias nas amostras coletadas. Os dados obtidos para a dinâmica temporal mostraram maiores valores para o mês de abril/2011 (5.000 org./m3), menores para setembro/2011 (1.167 org./m3) e agosto/2011 (1.365 org./m3). Os dados referentes a dinâmica espacial registraram maiores valores para o BS4 (22.589 org./m3), enquanto no BS5 os menores (6.027 org./m3). O maior valor observado para a diversidade foi 2,45 Bits. ind.-1 no BS3 (abril/2011). A equitabilidade demonstrou distribuição homogênea das espécies durante o período estudado. Para os dados abióticos, a temperatura da água variou de 20,99°C no ponto BS1, agosto/2010 a 28,3°C no ponto BS5, em dezembro/2010. O pH alternou entre 9,19 (março/2011) a 6,18 (abril/2011), ambos no BS1. O oxigênio dissolvido (ppm) entre 2,55 (fevereiro/2011) no ponto BS1 e 6,62 (novembro/2010) no ponto BS4. A condutividade elétrica entre 18,13 μS/cm (setembro/2011) no ponto BS1 a 7306,39 μS/cm no ponto BS5 (setembro/2011). A salinidade entre 0,01 (BS1, BS3 e BS4) a 4,15 (setembro/2011) no ponto BS5. Assim, observa-se uma correlação entre as variáveis abióticas e os atributos da comunidade analisados durante o período estudado, com predomínio de Lecanidae e Brachionidae em termos de riqueza e abundância dos pontos estudados na bacia hidrográfica do rio Una Ademais, o ponto BS4 possui a maior densidade populacional.