Efeito da Chlorella sp. na dieta de larvas de paulistinha (Danio rerio)

• Autor(a) principal: Falcão, Luna Tatiana Góis Neris
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
• Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2472
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS; Peixes ornamentais; Microalgas; Alimentação; Ornamental fish; Microalgae; Food

O paulistinha (Danio rerio) é um peixe tropical de água doce, de hábito alimentar onívoro, nativo dos rios do sul da Ásia. Os suplementos podem melhorar a eficiência da ração e aumentar o crescimento e sobrevivência dos peixes cultivados. A Chlorella sp., uma alga verde de distribuição cosmopolita, presente principalmente no fitoplâncton de lagos e lagoas, considerada excelente fonte de proteínas, com concentrações favoráveis de carotenóides, polissacarídeos, vitaminas e minerais, tem sido utilizada na aquicultura como suplementação alimentar em dietas para diversas espécies de animais aquáticos. O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito da Chlorella como suplemento alimentar no crescimento e sobrevivência de larvas do paulistinha. Para obtenção das larvas, as matrizes foram reproduzidas em gaiolas na proporção de 3 fêmeas : 1 macho. Foram mantidas em fotoperíodo de 14 h claro/10 h escuro, sob aeração constante. O experimento teve duração de 21 dias a partir do terceiro dia pós-eclosão, quando as larvas iniciaram a alimentação exógena. Foram utilizadas 144 larvas distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado com três tratamentos e quatro repetições, sendo T1 – ração, T2 – 75% ração + 25% Chlorella e T3 - 50% ração + 50% Chlorella. A concentração do alimento por aquário/dia foi: T1 – 14 mg de ração; T2 – 10,5 mg de ração e 3,5 mg de Chlorella e T3 - 7 de ração e 7 mg de Chlorella, distribuídas em três períodos (10, 14 e 17h). As unidades experimentais utilizadas foram aquários de 2L com 1,8 L de água filtrada. Foi realizado o monitoramento da qualidade de água: temperatura (27 ± 3oC), oxigênio dissolvido (6,65 ± 1,15 mg/L) e pH (6,9 ± 0,1). As trocas diárias de 70 % do volume de água do cultivo favoreceram a permanência de uma concentração de oxigênio considerada aceitável para a espécie. O T3 (25 % de Chlorella) e o T1 (ração) apresentaram as maiores (75%) e menores (66,66%) porcentagens de sobrevivência, respectivamente. O crescimento das larvas foi mais elevado no T1, com diferença significativa (p<0,05) em relação ao tratamento T2 (50% de Chlorella). Desta maneira, a Chlorella foi eficiente na suplementação da ração para a sobrevivência dos peixes, visto que a ração comercial utilizada no presente experimento é uma ração protéica de qualidade e pobre em vegetais.