Caracterização fisionômica e avaliação do estágio de conservação/regeneração da vegetação natural da Serra da Jiboia

• Autor(a) principal: Sampaio Filho, Israel de Jesus
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
• Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2306
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::RECURSOS FLORESTAIS E ENGENHARIA FLORESTAL; Diagrama de perfil; Mata Atlântica (BA); Unidade de conservação; Profile diagram; Atlantic forest (BA); Conservation unit

As florestas são consideradas sistemas dinâmicos, que se alteram ao longo do tempo em resposta a perturbações de origem natural ou antrópica. A observação de diferenças na fisionomia, composição e estrutura dentro do continuo florestal embasa a teoria de que a floresta é considerada como um mosaico de manchas de diferentes idades. Para se entender a dinâmica das manchas de uma floresta é necessário fazer sua caracterização que compreende três aspectos: composição, estrutura e fisionomia. A fisionomia da vegetação pode inferir os traços dominantes de uma ou poucas formas de plantas. É neste contexto, que se observa diferentes tipos vegetacionais da Mata Atlântica, conferindo assim, uma determinada característica fisionômica, representando diversos padrões para a vegetação. Neste cenário, o Estado da Bahia apresenta no Recôncavo Sul Baiano, um importante remanescente de Mata Atlântica, ainda bem conservada, a Serra da Jiboia. Diante disso, o presente estudo objetivou descrever os diferentes padrões fisionômicos e determinar os estágios de conservação/regeneração da vegetação natural da Serra da Jiboia (SJ). O estudo foi realizado em 4 sítios na SJ que tem uma área de aproximadamente de 22.000 hectares e está localizada nos municípios de Castro Alves, Elísio Medrado, Santa Terezinha, São Miguel das Matas e Varzedo, no estado da Bahia. Para tanto foi utilizado um protocolo baseado na Resolução CONAMA 05/1994, para caracterização da Mata Atlântica no Estado da Bahia. Foram Lançados transectos de 50m, para a elaboração de um diagrama de perfil. Após a aplicação das metodologias propostas, o sítio I-Fazenda Cai Camarão, foi classificado como uma Floresta Secundária a em Estágio Médio de Regeneração (FSEMR), sítio II- Morro da Pioneira, foi classificado como uma Floresta Secundaria em Estágio Avançado de Regeneração (FSEAR), sítio III- Reserva Jequitibá (CPMVS), foi classificada como uma Floresta Estacional Semidecidual Primária (FESP), e o sítio IV-RPPN –Guariru, foi classificado como Floresta Ombrófila Densa Atlântica Primária (FODAP). Por meio da metodologia aplicada, percebeu-se que os diferentes padrões fisionômicos estudados possuem diferenças estruturais, resultando também em padrões diferenciados em relação à dinâmica espacial, principalmente a vertical. A interpretação dos resultados deste trabalho permite inferir a grande diversidade da estrutura das manchas que compõem o mosaico florestal da Serra da Jiboia, e que sua conservação pode permitir a regeneração natural da vegetação nativa, e que podem também ser utilizadas para aumento da conectividade entre manchas de diferentes idades, propiciando fluxo gênico e, conseqüentemente, o aumento da riqueza e diversidade local.