Estudo da comunidade de formigas (Hymenoptera: Formicidae) em um fragmento de Mata Atlântica na Serra da Jiboia, Bahia

• Autor(a) principal: Almeida Júnior, Railson Alves Correia de
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRB
• Texto Completo: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/123456789/2314
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERAL; Biodiversidade; Formigas; Myrmicinae; Mata Atlântica (BA); Serra da Jiboia (BA); Bahia; Biodiversity; Ants; Myrmicinae; Atlantic Forest (BA); Serra da Jiboia (BA); Bahia

A Mata Atlântica constitui um bioma considerado como um dos 25 hotspots em diversidade, sendo explorada desde o período colonial com a problemática da devastação. O estudo da biodiversidade possui extrema importância na caracterização e compreensão do funcionamento de ecossistemas. A Serra da Jiboia (BA) é um remanescente de Mata Atlântica localizada entre os municípios de Castro Alves, Santa Terezinha, São Miguel das Matas, Elísio Medrado e Varzedo (BA), e assim como outros fragmentos do bioma sofrem forte degradação antrópica. A classe Insecta tem sua importância reconhecida de forma bastante recorrente em estudos de caracterização de ecossistemas, uma vez que corresponde à maior parte da biodiversidade do planeta. A família Formicidae, responsáveis por diversos papeis num ecossistema e com distribuição cosmopolita, tem grande valia em estudos sobre ecossistemas.Este trabalho objetivou identificar e estudar a diversidade da família Formicidae em um fragmento de Mata Atlântica na Serra da Jiboia, Bahia. Foram realizadas coletas passivas em 6 fragmentos da Serra da Jiboia (Reserva Jequitibá, Pioneira, Baixa de Areia, Baixa Grande, RPPN Guariru e Fazenda Pancada), utilizando-se 50 armadilhas do tipo pitfall distribuídas aleatoriamente na área entre os períodos de abril à agosto de 2015. Foram utilizadas iscas em 40 unidades (10 unidades de melaço de cana misturado com água destilada e álcool na proporção 1:2:1, 10 unidades com sardinha, 10 com aveia e 10 com banana) e 10 unidades sem isca, contendo apenas mistura de água, álcool e gotas de detergente, para a quebra da tensão superficial. O material coletado foi recolhido das armadilhas depois de 48 e de 96 horas de permanência no local, totalizando um esforço amostral de 600 armadilhas no total, sendo 100 por ponto. Após as coletas, o material foi transportado para o Laboratório de Ecologia e Taxonomia de Insetos (LETI/CCAAB), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, onde foram triados e identificados ao menor nível taxonômico possível. Foram encontrados 12.390 indivíduos da família Formicidae, distribuídos em 8 subfamílias e 40 morfoespécies, sendo Myrmicinae a subfamília mais diversa, o gênero Camponotus o mais diverso e Solenopsis o mais abundante. Os índices de Shannon e Equitabilidade obtidos foram H’ = 1,785 e J = 0,4840. A mirmecofauna da Serra da Jiboia apresentou similaridade com a riqueza mais comumente encontrada em florestas neotropicais, com representantes dos grupos mais encontrados em estudos deste tipo.