Insomnia epidemic: Kopenawa and the forgetfulness equivocity: .
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Griot : Revista de Filosofia |
Texto Completo: | http://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/2310 |
Resumo: | Friedrich Nietzsche said that transcendence and the negation of life, both proper of the autophagy of the West’s reactive nihilism, were product of an excess of memory, embodied in resentment and “vengeful soul”. On the other hand, to the Yanomami shaman Davi Kopenawa, indigenous leader and author of The Falling Sky together with the anthropologist Bruce Albert, the forgetfulness of the White people (nape pë) is responsible for their own decay — a decay that carries all non-White people with itself in a dizzying environmental and pandemic cataclysm of earthly scales; this is what Kopenawa and the Yanomami people call “falling sky”. In this paper, one intends to deal with this equivocal and perspectivist sense of oblivion, as one sees in it a crucial philosophical question: how to understand the double crossing between oblivion and memory when one quits the Western philosophical discourse and goes on to the sayings of a Yanomami thinker? Was there an equivocation of oblivion at stake, in the sense that forgetfulness is always different depending on its direction? |
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Insomnia epidemic: Kopenawa and the forgetfulness equivocity: .Epidemia da insônia: Kopenawa e a equivocidade do esquecimentoEpidemia da insônia: Kopenawa e a equivocidade do esquecimentoEpidemia da insônia: Kopenawa e a equivocidade do esquecimento: .Anthropocene; Memory; Perspectivism; Plague; Cosmopolitics; Yanomami.AntropocenoMemoriaPerspectivismoPestePoliticaYanomamiAnthropoceneMemoirePerspectivismePestePolitiqueYanomamiAntropoceno; Memória; Perspectivismo; Peste; Cosmopolítica; Yanomami.Friedrich Nietzsche said that transcendence and the negation of life, both proper of the autophagy of the West’s reactive nihilism, were product of an excess of memory, embodied in resentment and “vengeful soul”. On the other hand, to the Yanomami shaman Davi Kopenawa, indigenous leader and author of The Falling Sky together with the anthropologist Bruce Albert, the forgetfulness of the White people (nape pë) is responsible for their own decay — a decay that carries all non-White people with itself in a dizzying environmental and pandemic cataclysm of earthly scales; this is what Kopenawa and the Yanomami people call “falling sky”. In this paper, one intends to deal with this equivocal and perspectivist sense of oblivion, as one sees in it a crucial philosophical question: how to understand the double crossing between oblivion and memory when one quits the Western philosophical discourse and goes on to the sayings of a Yanomami thinker? Was there an equivocation of oblivion at stake, in the sense that forgetfulness is always different depending on its direction?Friedrich Nietzsche dizia que a transcendência e a negação da vida, próprias do niilismo reativo que caracteriza a autofagia do Ocidente, eram subprodutos do excesso de memória, plasmado em ressentimento e “espírito de vingança”. Por outro lado, o xamã yanomami Davi Kopenawa, liderança indígena e autor, junto ao antropólogo Bruce Albert, do livro A queda do céu, responsabiliza o esquecimento dos brancos (napë pë) por sua própria derrocada — derrocada que leva todos os povos não-brancos consigo, em um vertiginoso cataclisma ambiental e pandêmico de dimensões planetárias que Kopenawa e os Yanomami chamam de “queda do céu”. Neste artigo, pretendemos lidar com essa equivocidade perspectiva do olvido, vislumbrando nela uma questão filosófica crucial: como compreender esse duplo cruzamento entre olvido e memória, quando saímos do discurso filosófico ocidental e partimos para o discurso de um pensador yanomami? Haveria em jogo, aqui, uma equivocidade do olvido, no sentido em que o esquecimento é outro, a depender de sua direção?Friedrich Nietzsche dizia que a transcendência e a negação da vida, próprias do niilismo reativo que caracteriza a autofagia do Ocidente, eram subprodutos do excesso de memória, plasmado em ressentimento e “espírito de vingança”. Por outro lado, o xamã yanomami Davi Kopenawa, liderança indígena e autor, junto ao antropólogo Bruce Albert, do livro A queda do céu, responsabiliza o esquecimento dos brancos (napë pë) por sua própria derrocada — derrocada que leva todos os povos não-brancos consigo, em um vertiginoso cataclisma ambiental e pandêmico de dimensões planetárias que Kopenawa e os Yanomami chamam de “queda do céu”. Neste artigo, pretendemos lidar com essa equivocidade perspectiva do olvido, vislumbrando nela uma questão filosófica crucial: como compreender esse duplo cruzamento entre olvido e memória, quando saímos do discurso filosófico ocidental e partimos para o discurso de um pensador yanomami? Haveria em jogo, aqui, uma equivocidade do olvido, no sentido em que o esquecimento é outro, a depender de sua direção?Friedrich Nietzsche dizia que a transcendência e a negação da vida, próprias do niilismo reativo que caracteriza a autofagia do Ocidente, eram subprodutos do excesso de memória, plasmado em ressentimento e “espírito de vingança”. Por outro lado, o xamã yanomami Davi Kopenawa, liderança indígena e autor, junto ao antropólogo Bruce Albert, do livro A queda do céu, responsabiliza o esquecimento dos brancos (napë pë) por sua própria derrocada — derrocada que leva todos os povos não-brancos consigo, em um vertiginoso cataclisma ambiental e pandêmico de dimensões planetárias que Kopenawa e os Yanomami chamam de “queda do céu”. Neste artigo, pretendemos lidar com essa equivocidade perspectiva do olvido, vislumbrando nela uma questão filosófica crucial: como compreender esse duplo cruzamento entre olvido e memória, quando saímos do discurso filosófico ocidental e partimos para o discurso de um pensador yanomami? Haveria em jogo, aqui, uma equivocidade do olvido, no sentido em que o esquecimento é outro, a depender de sua direção?Universidade Federal do Recôncavo da Bahia2021-06-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer-ReviewedEvaluados por los paresAvaliados pelos paresapplication/pdfhttp://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/231010.31977/grirfi.v21i2.2310Griot : Revista de Filosofia; v. 21 n. 2 (2021); 199-2202178-1036reponame:Griot : Revista de Filosofiainstname:Universidade Federal do Recôncavo na Bahia (UFRB)instacron:UFRBporhttp://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/2310/1332Copyright (c) 2021 Maurício Fernando Pittahttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPitta, Maurício Fernando2021-06-12T15:23:42Zoai:seer.www.ufrb.edu.br:article/2310Revistahttp://www.ufrb.edu.br/griot/PUBhttp://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/oai||griotrevista@gmail.com2178-10362178-1036opendoar:2021-06-12T15:23:42Griot : Revista de Filosofia - Universidade Federal do Recôncavo na Bahia (UFRB)false |
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