O que há de complexo no mundo complexo? Niklas Luhmann e a Teoria dos Sistemas Sociais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sociologias, Comissão Editorial
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Neves, Clarissa Eckert Baeta, Neves, Fabrício Monteiro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Sociologias (Online)
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/5569
Resumo: Este artigo discute a compreensão que Niklas Luhmann tem de complexidade, sua função na teoria e os diferentes modos de sua utilização. Parte-se da mudança paradigmática que ocorreu no campo da Ciência em geral, com a ruptura do modelo newtoniano. No século XX, o paradigma da ordem, da simetria, da regularidade, da regulação do intelecto às coisas, entra em crise. A partir de novas formulações da Física, da Química, etc. ergue-se um novo universo sobre bases radicalmente opostas às da Ciência moderna. Há a reabilitação do caos, da irreversibilidade processual, do indeterminismo, do observador e da complexidade. Este novo ambiente conceitual serviu de substrato para a reflexão teórica de Niklas Luhmann. Através da Teoria dos Sistemas Sociais, ele propõe a redução da complexidade do mundo. Sistemas sociais têm como função a redução da complexidade pela sua diferença com relação ao entorno. Ao reduzir complexidade, por outro lado, ele também constrói sua própria complexidade. Luhmann define complexidade quando já não é possível que cada elemento se relacione em qualquer momento com todos os demais. Complexidade obriga a seleção, que significa contingência e risco. Luhmann aprofunda o conceito de complexidade ao introduzir a figura do observador e da distinção complexidade como unidade de uma multiplicidade. Luhmann trata ainda do limite de conexões de relações, do fator tempo, da auto-referência das operações e da representação da complexidade na forma de sentido. Por fim, o artigo trata da complexidade no sistema da ciência, o modo como este reduz complexidade interna e externa, segundo uma base operativa própria.
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