Gilberto Freyre e nossa “Modernidade Tropical”: entre a originalidade e o desvio
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Sociologias (Online) |
Texto Completo: | https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/42439 |
Resumo: | As questões que orientam o presente artigo são duas: em que medida Freyre coloca-se a tarefa de desconstruir um quadro de referência conceitual percebido como responsável pela perpetuação da imagem de incomensurabilidade entre aexperiência societal brasileira e aquela das “sociedades modernas civilizadas”? Qual lugar o ambiente físico tropical ocupa nesse projeto? Examino três hipóteses de trabalho: 1) Há em Freyre uma consciente tentativa de relativizar o protagonismo (epistemológico, normativo e estético-expressivo) exclusivo reivindicado por sociedades tradicionalmente tidas como modelares da modernidade; 2) O trópico foi, desde o princípio de sua obra, uma peça-chave nesse ambicioso projeto intelectual, graças a predicados tomados por singulares, catalisadores de uma experiência social tida por inovadora e irreprodutível pelas sociedades europeias hegemônicas; 3) A ambiciosa intenção freyreana de desestabilizar a centralidade epistemológica da “modernidade europeia” vê-se inadvertidamente frustrada namedida em que essa mesma experiência (e o tipo de sociabilidade imaginado como exclusivamente seu) é retomada como padrão de medida para se aferir a singularidade da modernidade no Brasil. |
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Gilberto Freyre e nossa “Modernidade Tropical”: entre a originalidade e o desvioModernidade no BrasilGilberto FreyreSociologia brasileiraAs questões que orientam o presente artigo são duas: em que medida Freyre coloca-se a tarefa de desconstruir um quadro de referência conceitual percebido como responsável pela perpetuação da imagem de incomensurabilidade entre aexperiência societal brasileira e aquela das “sociedades modernas civilizadas”? Qual lugar o ambiente físico tropical ocupa nesse projeto? Examino três hipóteses de trabalho: 1) Há em Freyre uma consciente tentativa de relativizar o protagonismo (epistemológico, normativo e estético-expressivo) exclusivo reivindicado por sociedades tradicionalmente tidas como modelares da modernidade; 2) O trópico foi, desde o princípio de sua obra, uma peça-chave nesse ambicioso projeto intelectual, graças a predicados tomados por singulares, catalisadores de uma experiência social tida por inovadora e irreprodutível pelas sociedades europeias hegemônicas; 3) A ambiciosa intenção freyreana de desestabilizar a centralidade epistemológica da “modernidade europeia” vê-se inadvertidamente frustrada namedida em que essa mesma experiência (e o tipo de sociabilidade imaginado como exclusivamente seu) é retomada como padrão de medida para se aferir a singularidade da modernidade no Brasil.Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul2013-09-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion"Avaliado pelos pares"application/pdfhttps://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/42439SOCIOLOGIAS; Vol. 15 No. 33 (2013): Axel Honneth e a Teoria do ReconhecimentoSOCIOLOGIAS; Vol. 15 Núm. 33 (2013): Axel Honneth e a Teoria do ReconhecimentoSociologias; v. 15 n. 33 (2013): Axel Honneth e a Teoria do Reconhecimento1807-03371517-4522reponame:Sociologias (Online)instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSporhttps://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/42439/26834Copyright (c) 2019 Sergio B. F. Tavolaroinfo:eu-repo/semantics/openAccessB. F. Tavolaro, Sergio2013-09-12T18:52:01Zoai:seer.ufrgs.br:article/42439Revistahttps://seer.ufrgs.br/sociologiasPUBhttps://seer.ufrgs.br/sociologias/oai||revsoc@ufrgs.br1807-03371517-4522opendoar:2013-09-12T18:52:01Sociologias (Online) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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