Além da “Monocultura Institucional”: instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativo
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Sociologias (Online) |
Texto Completo: | https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/5869 |
Resumo: | A teoria econômica moderna foi além do “fundamentalismo do capital”. Nas palavras de Hoff e Stiglitz (2001, p. 389), “o desenvolvimento não é mais visto primariamente como um processo de acúmulo de capital, mas antes como um processo de mudança organizacional”. Essa percepção possibilitou uma “virada institucional” na teoria do desenvolvimento ao enfatizar o papel de idéias e das instituições enquanto determinantes das possibilidades para o acúmulo de capital, ao invés do oposto. Tanto a “nova teoria do crescimento” quanto o “novo institucionalismo” de Douglass North são exemplos dessa virada institucional. Infelizmente, a “virada institucional” tem sido utilizada de modo perverso por formadores de políticas globais. A visão globalmente dominante é a de que, por serem as instituições tão importantes, por conseguinte, um planejamento institucional baseado em versões idealizadas de instituições anglo-americanas deve ser uniformemente imposto aos países ao Sul do globo para que se desenvolvam. De forma não surpreendente, essa visão falhou na prática. Perspectivas alternativas propostas por Rodrik e Sen defendem que o desenvolvimento tem poucas possibilidades de ter êxito a menos que a mudança institucional esteja alicerçada na tomada de decisões local. Essa é a visão explorada neste trabalho. O estado de Kerala na Índia e a cidade de Porto Alegre no Brasil são utilizados como casos concretos. |
id |
UFRGS-10_673037e35304b47751bc2b70a19f005f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:seer.ufrgs.br:article/5869 |
network_acronym_str |
UFRGS-10 |
network_name_str |
Sociologias (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Além da “Monocultura Institucional”: instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativoteoria do crescimento econômicodesenvolvimentoinstituiçõesdemocraciaglobalizaçãocapacidadesKeralaPorto AlegreA teoria econômica moderna foi além do “fundamentalismo do capital”. Nas palavras de Hoff e Stiglitz (2001, p. 389), “o desenvolvimento não é mais visto primariamente como um processo de acúmulo de capital, mas antes como um processo de mudança organizacional”. Essa percepção possibilitou uma “virada institucional” na teoria do desenvolvimento ao enfatizar o papel de idéias e das instituições enquanto determinantes das possibilidades para o acúmulo de capital, ao invés do oposto. Tanto a “nova teoria do crescimento” quanto o “novo institucionalismo” de Douglass North são exemplos dessa virada institucional. Infelizmente, a “virada institucional” tem sido utilizada de modo perverso por formadores de políticas globais. A visão globalmente dominante é a de que, por serem as instituições tão importantes, por conseguinte, um planejamento institucional baseado em versões idealizadas de instituições anglo-americanas deve ser uniformemente imposto aos países ao Sul do globo para que se desenvolvam. De forma não surpreendente, essa visão falhou na prática. Perspectivas alternativas propostas por Rodrik e Sen defendem que o desenvolvimento tem poucas possibilidades de ter êxito a menos que a mudança institucional esteja alicerçada na tomada de decisões local. Essa é a visão explorada neste trabalho. O estado de Kerala na Índia e a cidade de Porto Alegre no Brasil são utilizados como casos concretos.Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul2008-12-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion"Avaliado pelos pares"application/pdfhttps://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/5869SOCIOLOGIAS; No. 9 (2003): Teoria SociológicaSOCIOLOGIAS; Núm. 9 (2003): Teoria SociológicaSociologias; n. 9 (2003): Teoria Sociológica1807-03371517-4522reponame:Sociologias (Online)instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSporhttps://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/5869/3464Copyright (c) 2019 Comissão Editorial Sociologias, Peter Evansinfo:eu-repo/semantics/openAccessSociologias, Comissão EditorialEvans, Peter2008-12-08T02:00:00Zoai:seer.ufrgs.br:article/5869Revistahttps://seer.ufrgs.br/sociologiasPUBhttps://seer.ufrgs.br/sociologias/oai||revsoc@ufrgs.br1807-03371517-4522opendoar:2008-12-08T02:00Sociologias (Online) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Além da “Monocultura Institucional”: instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativo |
title |
Além da “Monocultura Institucional”: instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativo |
spellingShingle |
Além da “Monocultura Institucional”: instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativo Sociologias, Comissão Editorial teoria do crescimento econômico desenvolvimento instituições democracia globalização capacidades Kerala Porto Alegre |
title_short |
Além da “Monocultura Institucional”: instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativo |
title_full |
Além da “Monocultura Institucional”: instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativo |
title_fullStr |
Além da “Monocultura Institucional”: instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativo |
title_full_unstemmed |
Além da “Monocultura Institucional”: instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativo |
title_sort |
Além da “Monocultura Institucional”: instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativo |
author |
Sociologias, Comissão Editorial |
author_facet |
Sociologias, Comissão Editorial Evans, Peter |
author_role |
author |
author2 |
Evans, Peter |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sociologias, Comissão Editorial Evans, Peter |
dc.subject.por.fl_str_mv |
teoria do crescimento econômico desenvolvimento instituições democracia globalização capacidades Kerala Porto Alegre |
topic |
teoria do crescimento econômico desenvolvimento instituições democracia globalização capacidades Kerala Porto Alegre |
description |
A teoria econômica moderna foi além do “fundamentalismo do capital”. Nas palavras de Hoff e Stiglitz (2001, p. 389), “o desenvolvimento não é mais visto primariamente como um processo de acúmulo de capital, mas antes como um processo de mudança organizacional”. Essa percepção possibilitou uma “virada institucional” na teoria do desenvolvimento ao enfatizar o papel de idéias e das instituições enquanto determinantes das possibilidades para o acúmulo de capital, ao invés do oposto. Tanto a “nova teoria do crescimento” quanto o “novo institucionalismo” de Douglass North são exemplos dessa virada institucional. Infelizmente, a “virada institucional” tem sido utilizada de modo perverso por formadores de políticas globais. A visão globalmente dominante é a de que, por serem as instituições tão importantes, por conseguinte, um planejamento institucional baseado em versões idealizadas de instituições anglo-americanas deve ser uniformemente imposto aos países ao Sul do globo para que se desenvolvam. De forma não surpreendente, essa visão falhou na prática. Perspectivas alternativas propostas por Rodrik e Sen defendem que o desenvolvimento tem poucas possibilidades de ter êxito a menos que a mudança institucional esteja alicerçada na tomada de decisões local. Essa é a visão explorada neste trabalho. O estado de Kerala na Índia e a cidade de Porto Alegre no Brasil são utilizados como casos concretos. |
publishDate |
2008 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2008-12-08 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion "Avaliado pelos pares" |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/5869 |
url |
https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/5869 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/5869/3464 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Comissão Editorial Sociologias, Peter Evans info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Comissão Editorial Sociologias, Peter Evans |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
publisher.none.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
dc.source.none.fl_str_mv |
SOCIOLOGIAS; No. 9 (2003): Teoria Sociológica SOCIOLOGIAS; Núm. 9 (2003): Teoria Sociológica Sociologias; n. 9 (2003): Teoria Sociológica 1807-0337 1517-4522 reponame:Sociologias (Online) instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Sociologias (Online) |
collection |
Sociologias (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Sociologias (Online) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revsoc@ufrgs.br |
_version_ |
1799766139780202496 |