A voz sobrevivente
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos do IL (Online) |
Texto Completo: | https://seer.ufrgs.br/index.php/cadernosdoil/article/view/127990 |
Resumo: | O derradeiro capítulo de Macunaíma não vem numerado como os anteriores e seu título foge ao caráter ilustrativo dos demais: apenas “Epílogo”. Epílogo nomeia precisamente essa palavra-a-mais, essa persistência derradeira da linguagem ― da voz ― ali onde ela está prestes a calar, onde, em alguma medida, ela já é silêncio. Supera-se, assim, a barreira de provisório silenciamento demarcado pela última frase do livro: “Tem mais não”. Podemos dizer, portanto, que, relido a partir do seu epílogo, Macunaíma nos convida a perguntarmos: o que resta depois do não? O que tem, ainda, quando se diz que não tem mais nada? Estas são as questões que buscaremos responder em diálogo com as observações críticas e teóricas de Ettore Finazzi-Agrò. |
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O derradeiro capítulo de Macunaíma não vem numerado como os anteriores e seu título foge ao caráter ilustrativo dos demais: apenas “Epílogo”. Epílogo nomeia precisamente essa palavra-a-mais, essa persistência derradeira da linguagem ― da voz ― ali onde ela está prestes a calar, onde, em alguma medida, ela já é silêncio. Supera-se, assim, a barreira de provisório silenciamento demarcado pela última frase do livro: “Tem mais não”. Podemos dizer, portanto, que, relido a partir do seu epílogo, Macunaíma nos convida a perguntarmos: o que resta depois do não? O que tem, ainda, quando se diz que não tem mais nada? Estas são as questões que buscaremos responder em diálogo com as observações críticas e teóricas de Ettore Finazzi-Agrò. |
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