Morbidade e Mortalidade no Fechamento de Estomias: Revisão de Dez Anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferri, João Victor Vecchi
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: da Silva, Gabriel Lazzarotto, Mallmann, Ignácio Osório, Moreira, Luis Fernando
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Clinical and Biomedical Research
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/98055
Resumo: Objetivo: o fechamento de ostomias, embora rotineiramente performado, ainda não pode ser considerado um procedimento simples. Nós reportamos, desta forma, a morbidade, mortalidade e fatores de riscos associados a este procedimento em um período de dez anos. Métodos: revisão retrospectiva de 252 prontuários (149 homens;103 mulheres), com uma média de 56 anos de idade (18 a 89 anos), que foram submetidos a fechamento de ostomia, com análise de complicações clínicas e cirúrgicas, características relacionadas ao estoma, entre outros. Admissão em UTI, complicações precoces (até 30 dias) (classificação de Clavien-Dindo), e tardias, além de morte, foram analisados. Os testes T de Student, ANOVA, Qui-Quadrado de Pearson, exato de Fischer e de Mann-Whitney foram utilizados para análise paramétrica e não-paramétrica. Resultados: tumores colorretais (64%) e diverticulite (10%) foram as principais causas para confecção de ostoma. 112 (44,4%) dos pacientes tiveram pelo menos uma complicação cirúrgica. As complicações precoces foram infecção de ferida operatória (13,0%), fistula e deiscência anastomótica/intestinal (9,0%), abscessos de cavidade ou parede abdominais (8,3%); tardiamente houveram 36 casos de hérnia incisional (14,2%) e uma estenose intestinal (0,3%). Comorbidades levaram a 10% maior probabilidade de ter uma ou mais complicações cirúrgicas, e todas as cinco mortes ocorreram nestes pacientes (2%). Estomas de intestino grosso, maior tempo operatório e admissão em UTI estiveram significamente relacionados a aumento da morbidade. Concluímos que pacientes com comorbidades e ostomias de intestino grosso tiveram mais risco de complicações no fechamento de ostomias. Cuidados pré e perioperatórios, e melhor seleção de pacientes são importantes na redução da morbimortalidade.
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