Recomendações Atuais Para a Detecção da Nefropatia Diabética
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Clinical and Biomedical Research |
Texto Completo: | https://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/18113 |
Resumo: | A nefropatia diabética (ND) é uma importante complicação do diabetes melito (DM) e é a principal causa de insuficiência renal terminal. A ND é classificada em fases: normoalbuminúria, microalbuminúria e macroalbuminúria. Da fase de microalbuminúria, pode ocorrer regressão para a normoalbuminúria (30% casos) ou progressão para a macroalbuminúria, quando ocorre maior risco de evolução para a DRC terminal. A ND apresenta alta morbimortalidade CV que possivelmente seja mais significativa do que a evolução para a DRC terminal. O diagnóstico da ND é realizado através da medida da albumina na urina e pela avaliação da taxa de filtração glomerular (TFG). Recomenda-se a medida da albumina em amostra isolada de urina (primeira da manhã ou amostra casual), podendo-se medir o índice albumina-creatinina ou a concentração de albumina. Valores elevados de albuminúria devem ser confirmados em pelo menos 2 de 3 coletas de urina, em um intervalo de 3 a 6 meses. Na impossibilidade da medida da albuminúria, a medida de proteínas totais (proteinúria ≥430 mg/l em amostra ou >500 mg/24 h), pode ser utilizada para diagnóstico de fases mais avançadas de ND. Em pacientes com DM tipo 2 o rastreamento deve iniciar ao diagnóstico de DM, e nos pacientes com DM tipo 1 deve ser após os 10 anos de idade; logo após o início da puberdade; e quando a duração do DM for > 5 anos. Se negativo repetir anualmente; e, se positivo, recomenda-se a monitoração mais freqüente da albumina urinária. A estimativa da TFG é realizada através de fórmulas que empregam a creatinina sérica, ajustadas para idade, gênero e etnia. A equação CKD-EPI (Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration) parece ter melhor acurácia, sendo a equação de escolha. Em pacientes com DM seu desempenho pode ser limitado pela tendência a subestimar a TFG. Concluindo, a ND deve ser identificada o mais precocemente possível e para isto tanto os profissionais de saúde como os pacientes com DM devem ser enfaticamente conscientizados. |
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Recomendações Atuais Para a Detecção da Nefropatia DiabéticaNefropatia diabéticaDoença Renal CrônicaTaxa de filtração glomerularEndocrinologiaA nefropatia diabética (ND) é uma importante complicação do diabetes melito (DM) e é a principal causa de insuficiência renal terminal. A ND é classificada em fases: normoalbuminúria, microalbuminúria e macroalbuminúria. Da fase de microalbuminúria, pode ocorrer regressão para a normoalbuminúria (30% casos) ou progressão para a macroalbuminúria, quando ocorre maior risco de evolução para a DRC terminal. A ND apresenta alta morbimortalidade CV que possivelmente seja mais significativa do que a evolução para a DRC terminal. O diagnóstico da ND é realizado através da medida da albumina na urina e pela avaliação da taxa de filtração glomerular (TFG). Recomenda-se a medida da albumina em amostra isolada de urina (primeira da manhã ou amostra casual), podendo-se medir o índice albumina-creatinina ou a concentração de albumina. Valores elevados de albuminúria devem ser confirmados em pelo menos 2 de 3 coletas de urina, em um intervalo de 3 a 6 meses. Na impossibilidade da medida da albuminúria, a medida de proteínas totais (proteinúria ≥430 mg/l em amostra ou >500 mg/24 h), pode ser utilizada para diagnóstico de fases mais avançadas de ND. Em pacientes com DM tipo 2 o rastreamento deve iniciar ao diagnóstico de DM, e nos pacientes com DM tipo 1 deve ser após os 10 anos de idade; logo após o início da puberdade; e quando a duração do DM for > 5 anos. Se negativo repetir anualmente; e, se positivo, recomenda-se a monitoração mais freqüente da albumina urinária. A estimativa da TFG é realizada através de fórmulas que empregam a creatinina sérica, ajustadas para idade, gênero e etnia. A equação CKD-EPI (Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration) parece ter melhor acurácia, sendo a equação de escolha. Em pacientes com DM seu desempenho pode ser limitado pela tendência a subestimar a TFG. Concluindo, a ND deve ser identificada o mais precocemente possível e para isto tanto os profissionais de saúde como os pacientes com DM devem ser enfaticamente conscientizados.HCPA/FAMED/UFRGS2011-01-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer-reviewed ArticleAvaliados por Paresapplication/pdfhttps://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/18113Clinical & Biomedical Research; Vol. 30 No. 4 (2010): Especial Diabetes Melito: Revista HCPAClinical and Biomedical Research; v. 30 n. 4 (2010): Especial Diabetes Melito2357-9730reponame:Clinical and Biomedical Researchinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSporhttps://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/18113/10896Silveiro, Sandra PinhoSoares, Ariana AguiarZelmanovitz, Themisde Azevedo, Mirela Jobiminfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-01-16T17:42:03Zoai:seer.ufrgs.br:article/18113Revistahttps://www.seer.ufrgs.br/index.php/hcpaPUBhttps://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/oai||cbr@hcpa.edu.br2357-97302357-9730opendoar:2020-01-16T17:42:03Clinical and Biomedical Research - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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