A experiência de autogestão dos trabalhadores agrários de Nova Ronda Alta e o seu significado para o Movimento dos Sem-Terra
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim Gaúcho de Geografia (Online) |
Texto Completo: | https://seer.ufrgs.br/index.php/bgg/article/view/37969 |
Resumo: | O exercício da autonomia pelos membros da Associação de Agricultores de Nova Ronda Alta - município de Ronda Alta, situado na porção do Planalto Meridional do Brasil que ocupa o norte do Estado do Rio Grande do Sul - é, obviamente, limitado pelo reduzido alcance das alternativas que esses trabalhadores podem realizar na busca de condições que lhes favoreçam na produção e comercialização de suas mercadorias, cerceados que estão pelas regras do crédito governamental e pelo controle oligopolístico do mercado de produtos agrícolas. Ainda assim, a condição de trabalhadores que são coletivamente proprietários de seus meios de produção (terra, máquinas, ferramentas, animais de tração e insumos) e que, através de sua forte coesão social, deliberam no interior da esfera de alternativas que lhes são possíveis realizar, garante para essa comunidade um nível material de existência substancialmente superior ao da maioria dos trabalhadores pequenos proprietários de terras, que acabam por serem levados à proletarização, ou, memo conservando a propriedade de seus escassos meios de produção, a um estado de quase indigência, através de sua subordinação ao cirçuito agro-industrial.Contudo, nao será tomando-a isoladamente que essa experiência revelará seu significado aara o desenvolvimento potencial da contradição entre a busca da autonomia pelo trabalho e as relações capitalistas de produção, mas, sim, considerando seu envolvimento por um processo maior: pelo Movimento dos Sem- Terra, que, entre parte de seus agentes, encontra na experiência de Nova Ronda Alta elementos orientadores para propostas de organização sobre as terras que conquistam em sua luta pela Reforma Agrária. Através dessa via, a ampliação da experiência que se pretende autogestionária poderá redefinir a margem de ações possíveis para os trabalhadores agrários no desenvolvimento daquela contradição.O exame tão somente preliminar dessa possibilidade constitui o objetivo deste artigo. |
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